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Vol3_Meio_Biótico - Philip M. Fearnside - Inpa

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longo da maior parte do interflúvio Madeira-Purus, portanto, extrapolar a área do trecho deestudo deste EIA/RIMA.Diversos autores têm discutido sobre as áreas de endemismo na Amazônia (Haffer1978, 1985, 1987; Haffer e Prance, 2001; Cracraft, 1985; Silva et al., 2002), e atualmentesão reconhecidas oito áreas de endemismo de vertebrados terrestres no bioma. O rioMadeira delimita duas dessas áreas: Inambari (margem esquerda) e Rondônia (margemdireita). Embora essas áreas de endemismo compartilhem características ecológicassimilares, suas biotas são agrupadas idependentemente. Dessa forma, é preciso que cadauma delas sejam consideradas únicas para o planejamento de estratégias de conservação(Silva et al., 2005). Ainda, Ayres et al. (2005), após uma análise das unidades deconservação existentes e da riqueza de espécies encontradas em cada região, classificarama ecorregião das bacias do Madeira e Purus como como Nível II, ou seja, de alta prioridadede conservação em escala regional.Alguns trabalhos realizados com táxons específicos na região do rio Madeirarevelaram significativa diferença na composição genética de espécies que habitam margensopostas do rio. O trabalho de Eler (2007), por exemplo, mostrou a partir de dadoscromossômicos que na região do médio rio Madeira ocorrem duas espécies do gêneroProechimys (P. gardneri na margem esquerda e P. cf. longicaudatus na margem direita) eque dentre os indivíduos da margem direita são encontrados dois citótipos distintos.Padrões semelhantes de divergência genética e ecológica entre indivíduos demargens opostas do rio Madeira são observados em estudos com aves (M. Cohn-Haft, emcomunicação pessoal). Estes dados revelam a importância de se incluir abordagensgenéticas em estudos de diversidade e biogeografia de mamíferos na região do rio Madeira,a fim de possibilitar uma melhor estimativa da diversidade, entender a relação filogenéticaentre os indivíduos e ainda permitir uma melhor compreensão dos processos ecológicos queenvolvem a fauna. Tais informações são consideradas fundamentais para a elaboração demedidas de conservação da fauna e seu habitat.Os dados científicos disponíveis já sugerem que a conservação dessa região deveser tratada com extrema cautela, ações de conservação não podem ficar restritas à uma dasmargens e, mesmo em um interflúvio, existe grande heterogeneidade de ambientes,portanto, essas ações devem abranger a maior representatividade de hábitats possível.Levando em conta o estado atual de conhecimento sobre a fauna de roedores emarsupiais na região do rio Madeira, da Silva et al. (2007) recomendam a continuidade dosestudos de campo em roedores e marsupiais ora iniciados, com a padronização e ampliaçãodo esforço de amostragem em diferentes habitats. Sugerem também a ampliação dasamostragens visando o estudo sistematizado de outros grupos de mamíferos, tais comoprimatas, por exemplo. É ressaltado pelos autores ainda a necessidade da realização de319

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