LIBRAS
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2.2.2<br />
CONTEÚDO 2.<br />
REFLEXÕES SOBRE A PRÁXIS PEDAGÓGICA E A MEDIAÇÃO NA<br />
LINGUAGEM ESCRITA<br />
“Eu realmente não acredito que consigamos criar vidas artificiais. Mas, depois de<br />
haver atingido a lua e de ter pousado uma ou duas naves em Marte, eu vejo que essa minha<br />
descrença significa muito pouco. Mas os computadores são totalmente diferentes dos<br />
crebros, cuja função não é primariamente a de computar, mas a de guiar e equilibrar um<br />
organismo e ajudá-lo a continuar vivo. É por está razão que o primeiro passo da natureza<br />
em direção a uma mente inteligente foi a criação da vida, e eu acho que se nos pudéssemos<br />
criar artificialmente uma mente inteligente deveríamos seguir o mesmo caminho”<br />
Fonte: Carta de um surdo (p. 261-20).<br />
Foi num congresso em Milão em 1880 que um grupo não muito numeroso de educadores<br />
ouvintes impôs a superioridade da língua oral sobre a língua de sinais. O importante não<br />
era a comunicação em si, mas a necessidade de tornar os surdos parecidos com os ouvintes.<br />
Atualmente, devido à resistência da comunidade surda, o oralismo perde espaço para<br />
outras formas de buscar o fortalecimento da identidade das pessoas surdas. A partir daí, educadores<br />
comprometidos em apoiar o desenvolvimento intelectual, psicossocial e cognitivo dos<br />
surdos, começam a defender a luta para reconhecer a Língua Brasileira de Sinais como sendo a<br />
língua materna do surdo.<br />
Nunca o conhecimento e a aprendizagem foram tão valorizados como atualmente. Esta<br />
é uma clara indicação de que já vivemos na sociedade do conhecimento. E, portanto, os seus<br />
processos de aquisição assumirão papel de destaque, de primeiro plano, exigindo o repensar<br />
dos processos educacionais, em especial daqueles que estão diretamente relacionados à escola.<br />
No momento em que a civilização moderna passa por diversas mudanças, no plano econômico,<br />
educacional e social, a escola é uma das instituições que possibilita ao homem do<br />
nosso tempo, interferi nesse processo, agilizando etapas para construir um novo modelo de<br />
desenvolvimento social, no qual a ampla maioria da população tem acesso ao conhecimento,<br />
necessário à sua qualidade de vida e à realização de ideais de ética, solidariedade e humanismo.<br />
A velocidade das mudanças que ocorrem na sociedade torna impossível pensar se a escola<br />
dará conta de prover todo o conhecimento de que um profissional necessita. A escola será<br />
um – entre muitos outros – dos ambientes e, que será possível adquirir conhecimento. Para<br />
tanto, ela terá que incorporar os mais recentes resultados das pesquisas sobre aprendizagem e<br />
assumir conhecimento, desenvolvendo, assim, competências e habilidades para poder continuar<br />
a aprender ao longo da vida.<br />
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