LIBRAS
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O intérprete:<br />
Deve ser uma pessoa de confiança na sua interpretação e no sigilo – Fidelidade;<br />
Não deixar que a sua moral e religião interfiram na interpretação;<br />
Em caso de erro na interpretação, é preciso corrigir imediatamente;<br />
Ser bilingue ( Domínio da Língua Portuguesa e da <strong>LIBRAS</strong>);<br />
Ter histórico profissional de confiabilidade;<br />
Capacidade de admitir suas limitações quando não se sentir capaz;<br />
Equilibrio durante a interpretação;<br />
Formação educacional;<br />
Conhecimentos da ética e da responsabilidade da profissão;<br />
Participante da Comunidade surda, sendo reconhecido por ela;<br />
Ser capaz de trabalhar em equipe e de apoiar os outros intérpretes;<br />
Estudo constante da Língua de Sinais.<br />
Cultura e comunidade surda<br />
O linguísta Stokoe um escocês que vivia e trabalhava nos Estados Unidos. Em 1955, ele<br />
se tornou professor do Departamento de Inglês do Gallaudet College, hoje conhecida como<br />
Gallaudet University. Nessa época, ele não sabia nada de ASL. Ele teve de aprender alguns<br />
sinais, que ele usava ao mesmo tempo em que dava suas aulas em inglês, como a maioria dos<br />
outros professores. Nessa época, nem na Gallaudet havia aulas de ASL (Língua de Sinais Americana)<br />
pelo simples fato de que ninguém, nem mesmo os surdos, consideravam a sinalização<br />
como parte de uma língua autônoma. Stokoe não demorou a perceber que existia uma diferença<br />
entre a sinalização que ocorria quando um surdo se comunicava com outro, e a que ele<br />
usava como acompanhamento de palavras em inglês, durante suas aulas. A partir daí, ele começou<br />
a observar cuidadosamente a sinalização usada pelos surdos e demonstrou que aquela<br />
sinalização era uma língua autônoma, que seguia uma gramática própria. Assim descreveu a<br />
gramática dessa língua, e que deu início a uma revolução nos estudos linguísticos, mostrando<br />
o todo o mundo que as línguas de sinais são línguas naturais. A partir dessa descoberta as comunidades<br />
surdas se fortaleceram na sociedade mais segura para relacionar as diferença entre<br />
cultura e identidade surda.<br />
Foi estabelecido pela linguista surda Carol Padden, a diferença entre comunidade e<br />
cultura:<br />
A comunidade é um sistema social geral, no qual um grupo de pessoas vivem juntas,<br />
compartilham metas comuns e certas responsabilidades umas com as outras, trabalhando<br />
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