Desporto&Esport - ed 10

É curioso verificar que quando
olhamos para os presidentes dos
clubes europeus, em particular, mas
em geral para a grande maioria dos
clubes mundiais, só são do conhecimento
público os “casos de polícia”
(tirando honrosas exceções), ou os
“casos mais mediáticos”, pois, todos
os outros acabam por lidar com
os seus clubes como “verdadeiras
empresas”, traduzidas em Sociedades
Anónimas Desportivas – SAD.
Cada vez mais se reconhece que a
dimensão económico-financeira de
um clube, que se traduz nas SAD´s,
são o motor das dinâmicas “emocionais”
dessas organizações. Por
conseguinte, presidir a um clube
de futebol é presidir ou gerir uma
“empresa”, onde o controlo dos custos
deve ser preocupação permanente
(evitando-se casos de falência, como
vão ocasionalmente ocorrendo!),
associado às preocupações relativas
às receitas e à melhor forma de as
obter. Talvez por isso, alguns clubes
tenham assumido, de há uns anos a
esta parte, que uma das suas principais
fontes de receita, deve ser a
sua própria formação de jogadores
(repare-se, normalmente um clube
de referência possui cerca de 20 a
30 jovens atletas, que reúnem condições
para passar para a equipa
principal, quase ao mesmo tempo.
Naturalmente, que nem todos o conseguem,
logo, há que potenciar todos
os restantes, através da “venda”).
Assim, e em jeito de síntese, para se
“dirigir um clube de futebol” deve-se
possuir, acima de tudo, um “espírito
de missão de serviço público” associado
à capacidade de compreender
as suas próprias limitações de gestor,
pois, não devemos ser emocionais,
descurando a componente da
racionalidade económico-financeira,
porque caso contrário, o futuro pode
ficar comprometido, para todos, até
para os “mais emotivos”.
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