Desporto&Esport - ed 10
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A percentagem de novas contratações<br />
é ainda mais elevada<br />
na europa central, que renova<br />
quase metade da equipa em<br />
cada nova época, numa média<br />
por clube de 48,5%. Os clubes<br />
do sul da europa não ficam<br />
muito atrás com 45,5%. As percentagens<br />
diminuem consideravelmente<br />
quando analisados os<br />
números dos clubes do Norte da<br />
Europa e na Europa Ocidental,<br />
com 31,2% e 35,9%, respetivamente.<br />
Portugal está no pódio da<br />
instabilidade, e apenas somo<br />
ultrapassados pelo Chipre<br />
e Bulgária, e temos uma<br />
média de variação de novos<br />
jogadores de 50,4%. Temos<br />
3 clubes no top 50 dos que<br />
mais trocam jogadores por<br />
época (Boavista, Académica e<br />
Moreirense) e nenhum clube<br />
português figura nos 50<br />
planteis mais estáveis na<br />
europa.<br />
Qual é o impacto desportivo<br />
desta nova tendência<br />
para os clubes europeus?<br />
Desastrosa… a instabilidade<br />
nos planteis leva a derrotas<br />
sistemáticas, a piores classificações<br />
e mesmo à descida<br />
dos clubes, em que a troca de<br />
jogadores em cada época é mais<br />
acentuada<br />
As equipas mais bem classificadas,<br />
recrutaram em média<br />
apenas 38,5% de novos futebolistas<br />
para os seus planteis,<br />
enquanto as equipas que ocuparam<br />
os lugares do fundo da<br />
tabela, o percentual de novos<br />
jogadores foi de 43,8%.<br />
As equipas mais bem classificadas,<br />
recrutaram em média apenas<br />
38,5% de novos futebolistas<br />
para os seus planteis, enquanto<br />
as equipas que ocuparam os<br />
lugares do fundo da tabela, o<br />
percentual de novos jogadores<br />
foi de 43,8%.<br />
Esta análise mostra que a<br />
“sobre-actividade” no mercado<br />
de transferências não só não<br />
oferece nenhuma vantagem<br />
econômica, mas também tem<br />
um impacto negativo dentro das<br />
quatro linhas.<br />
Os números são ainda mais<br />
cruéis. 34, 3% das equipas,<br />
que entre 2009 e 2013, tiveram<br />
mais de 15 novos jogadores não<br />
jogaram na primeira divisão no<br />
ano seguinte. Uma probabilidade<br />
duas vezes maior que os<br />
clubes que assinaram entre 11<br />
a 15 novos atletas (17%), e três<br />
vezes maior que as equipas que<br />
contrataram menos de <strong>10</strong> futebolistas<br />
(<strong>10</strong>,6%).<br />
Entre 2009/<strong>10</strong> e 2014/15, os<br />
jogadores de finalistas da<br />
Liga dos Campeões estavam,<br />
em média, na equipe há 3,8<br />
anos. Este valor cai, para<br />
3,0 anos para os restantes<br />
clubes que participam na<br />
competição e apenas 2,3 anos<br />
para os clubes que não se<br />
conseguiram qualificar para<br />
a fase final da maior prova<br />
europeia.<br />
Por estes números, entendemos<br />
facilmente, que a estabilidade<br />
dá aos clubes uma vantagem<br />
competitiva<br />
sobre as equipes<br />
rivais, seja em a<br />
nível desportivo<br />
(melhores resultados<br />
a médio<br />
e longo prazo)<br />
ou no carácter<br />
económico (lançar<br />
carreiras de jogadores<br />
formados pelos<br />
clubes e gerando receitas<br />
através da sua transferência).<br />
A estabilidade dos planteis é<br />
um fator tão decisivo para o<br />
futebol jogado pelas equipas<br />
que já são muitas as vozes, que<br />
As equipas mais<br />
bem classificadas,<br />
recrutaram em média<br />
apenas 38,5% de<br />
novos futebolistas<br />
por época<br />
afirmam que para eliminar<br />
as más praticas de muitos<br />
gestores desportivos, e para<br />
promover a formação de atletas<br />
e aumentar a competitividade<br />
dos campeonatos, a introdução de<br />
uma norma na UEFA que limitasse<br />
o número de transferências por<br />
época, seria oportuna, senão mesmo<br />
necessária, dada a “loucura” do mercado<br />
nos últimos anos.<br />
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