Desporto&Esport - ed 10
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O técnico escocês também<br />
avisa que a amostra de jogos<br />
nos grandes torneios é sempre<br />
muito pequena e como tal,<br />
extremamente enganadora. O<br />
médio dinamarquês John Jensen<br />
é disso o melhor exemplo.<br />
Campeão da europa em 92 e<br />
ainda faturou na final, quando a<br />
Dinamarca surpreendeu e levou<br />
para casa a taça, de um torneio<br />
que a principio nem se tinha<br />
classificado. Ele transferiu-se<br />
para o Arsenal. Foi apresentado<br />
com elevadas expetativas, e<br />
foi dito à imprensa que estava<br />
ali “um médio com faro para<br />
o golo”. Mas, se as expetativas<br />
eram grandes a desilusão<br />
foi bem maior. Nos quatro<br />
anos que esteve nos Gunners.<br />
Marcou à média de um golo por<br />
época, e acabou por se tornar<br />
na chacota dos adeptos, que<br />
após a sua saída estamparam<br />
nas suas T-shirts: “Eu estava lá<br />
quando John Jensen marcou”.<br />
Estas contratações encaixam<br />
no que o livro Moneyball (que<br />
revolucionou o Basebol nos<br />
EUA) chama “tendência para<br />
ser excessivamente influenciado<br />
pelo desempenho mais recente<br />
de um indivíduo: o que ele fez<br />
da última partida não é necessariamente<br />
o que ele irá fazer a<br />
seguir”.<br />
Para piorar, existe sempre o<br />
país que está “na moda”. Se é<br />
certo que o Brasil e Argentina<br />
são duas nações que nunca<br />
saem do primeiro lugar de<br />
scouting, outras existem, que de<br />
tempos a tempos, todos os holofotes<br />
estão sobre elas e despertam<br />
a atenção dos clubes e os<br />
seus preços sobem em flecha.<br />
Nesta lista já estiveram<br />
os franceses e os<br />
alemães, os holandeses<br />
dominaram<br />
os anos noventa<br />
- Giovanni van<br />
Bronckhorst<br />
passou dos<br />
Rangers para o<br />
Arsenal, e quando<br />
não rendeu nos<br />
Gunners, foi para…<br />
o Barcelona. Fosse ele<br />
de qualquer outra nacionalidade,<br />
iria de volta para<br />
um clube de segunda linha.<br />
Como Alex Bellos escreveu em<br />
“Futebol: O Brasil em campo”:<br />
“É triste dizer, mas é muito<br />
Nenhum<br />
dirigente usa o<br />
seu próprio dinheiro. Se a<br />
contratação falhar..<br />
Não há risco! Só o<br />
clube perde.<br />
facil, por exemplo, vender<br />
um brasileiro sem qualidade<br />
do que um mexicano brilhante.<br />
O brasileiro chega<br />
através da imagem de felicidade,<br />
de festa e de carnaval.<br />
Independentemente do seu<br />
talento, é muito s<strong>ed</strong>utor para um<br />
clube ter um brasileiro na sua equipa”.<br />
Existem também características<br />
físicas individuais dos atletas que<br />
acabam por ter uma preponderância<br />
superior que às suas capacidades<br />
futebolísticas.<br />
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