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opção. — Fitou Laredo nos olhos por um longo momento, antes de concluir: — Você ama minha irmã, não<br />
é?<br />
— Meu amor por Savannah não tem nada a ver com o empréstimo que pedi. Não tenho praticamente<br />
nada para levar a um casamento. Nada que seja meu, que eu tenha trabalhado para conseguir. Não posso<br />
dar a Savannah o que ela está acostumada a ter, nem o que ela merece. Não vou pedir a ela que abra mão<br />
de tudo o que tem aqui. Quanto à sociedade, não tenho a menor condição de pagar por uma parte de<br />
Yellow Rose. Portanto, sua oferta é de caridade, pura e simples. Sou um homem que trabalha pelo que<br />
quer ter. Não aceito caridade. — Após tal desabafo, a raiva de Laredo pareceu ter se dissipado e, depois<br />
de respirar fundo, ele perguntou: — Está disposto a me fazer o empréstimo?<br />
— Sim, se é o que você quer, mas...<br />
— É o que eu quero.<br />
— Está bem — Grady concordou e estendeu a mão para Laredo.<br />
Pela primeira vez, acreditou na sinceridade do outro e aceitou o fato de que a irmã havia escolhido<br />
um homem merecedor de seu amor. Um homem que Grady respeitava. Um homem que ele julgara mal.<br />
Laredo apertou-lhe a mão, sem conseguir esconder a profunda tristeza no olhar.<br />
— Tem certeza de que é isso o que você quer? — Grady insistiu.<br />
— Sim, tenho certeza.<br />
Laredo afastou-se com a mesma urgência com que havia se aproximado.<br />
Grady observou-o partir, desejando poder fazer alguma coisa. Porém, sabia que nem Savannah, nem<br />
Laredo, apreciariam sua interferência em suas vidas. Aquele era um problema dos dois e eles teriam de<br />
resolvê-lo por si mesmos... ou não.<br />
Por mais que lamentasse por ambos, não havia nada que Grady pudesse fazer.<br />
Laredo olhou para o número da casinha térrea, situada em um bairro sossegado e verificou o<br />
endereço escrito no pedaço de papel em sua mão. Estava prestes a cometer o maior ato de covardia de<br />
toda a sua vida, mas não tinha alternativa.<br />
Saiu da caminhonete e caminhou até a porta da casa, carregando uma caixa debaixo do braço. Após<br />
um breve momento de hesitação, tocou a campainha. Maggie Daniels abriu a porta e, no mesmo instante,<br />
seus olhos se iluminaram de alegria.<br />
— Olá, Laredo!<br />
Caroline não demonstrou o mesmo prazer.<br />
— O que está fazendo aqui? — perguntou a queima-roupa.<br />
Ele tirou o chapéu.<br />
— Preciso lhe pedir um favor.<br />
A amiga de Savannah não o convidou a entrar, mas Laredo não se importou, pois queria partir<br />
imediatamente. Como dissera a Grady, quanto antes saísse da vida de Savannah, melhor.<br />
— Entre — Caroline finalmente convidou.