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PME Magazine - Edição 5 - Julho 2017

António Saraiva, presidente da CIP, é a figura de destaque da 5.ª edição da PME Magazine, que marca o primeiro aniversário da empresa. Leia na íntegra aqui.

António Saraiva, presidente da CIP, é a figura de destaque da 5.ª edição da PME Magazine, que marca o primeiro aniversário da empresa. Leia na íntegra aqui.

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<strong>PME</strong> Mag. – As empresas portuguesas estão,<br />

então, preparadas para a indústria 4.0 e suas<br />

consequências?<br />

F.F. – A grande maioria está consciente de que<br />

tem de entrar nisso, não sabe é muito bem de que<br />

forma, nem quais são as consequências disso. No<br />

tecido empresarial, as grandes empresas estão<br />

mais do que cientes e preparadas, no entanto, a<br />

maior parte do tecido empresarial português são<br />

<strong>PME</strong> e aí ainda há um trabalho muito grande a<br />

fazer, mas depende muito da capacidade das TI de<br />

ajudar nestes processos.<br />

<strong>PME</strong> Mag. – Quantas pessoas trabalham<br />

na Primavera BSS e qual o serviço para o qual<br />

são mais solicitados?<br />

F.F. – Somos 280. O nosso core é o<br />

desenvolvimento de soluções de gestão, que vão<br />

desde o ERP, a solução de gestão base –<br />

faturação, contabilidade, recursos humanos…<br />

Temos outras soluções em áreas mais<br />

especializadas, como a da manutenção, logística e<br />

gestão de armazéns, temos soluções mais<br />

verticais para o retalho e construção. Também<br />

estamos a trabalhar nos modelos híbridos, em que<br />

aparecem soluções na cloud a integrar com o ERP,<br />

pois temos muitos milhares de clientes de há<br />

muitos anos – são 40 mil clientes em todas as<br />

geografias que estamos presentes. O nosso<br />

percurso tem sido acompanhando a tecnologia e<br />

desenvolvendo soluções à luz das novas<br />

tecnologias. Fizemos o lançamento de um produto<br />

100% cloud, o Jasmin, que é a génese daquilo que<br />

vai ser o ERP todo na cloud. Temos três áreas, em<br />

termos faturação: a área do produto, do<br />

licenciamento e contratos associados ao<br />

licenciamento; consultoria e formação.<br />

Nitidamente, a grande fatia está no produto, são<br />

mais de 50% [de faturação].<br />

<strong>PME</strong> Mag. – Como é ser uma mulher<br />

trabalhadora no mundo das TI?<br />

F.F. – Confesso que nunca me passou pela<br />

cabeça vir para o mundo das TI [risos]. Sou<br />

licenciada em Economia e vim para as TI por mero<br />

acaso. Comecei por trabalhar na Luso-atlântica,<br />

uma empresa de aluguer de longa duração, do<br />

Banco Português do Atlântico, e depois, fui para<br />

a antiga Infologia, agora é a SAGE. Ao fim de uns<br />

JULHO <strong>2017</strong><br />

WWW.<strong>PME</strong>MAGAZINE.COM<br />

anos fui convidada para ir para a Primavera BSS.<br />

Estive sempre ligada às TI, mas não com uma<br />

vertente tecnológica. Passei por áreas<br />

comerciais, de marketing, gestão, a certa altura<br />

estive no planeamento do que era o programa de<br />

canal para todos os países. A partir daí, aquilo que<br />

gosto é de trabalhar com pessoas, numa empresa<br />

em que trabalhamos muito em equipa, não temos<br />

uma cultura individualista. Por outro lado, é uma<br />

empresa que, ao trabalhar com canal, – temos<br />

cerca de 170 parceiros diretos – é um trabalho de<br />

relação. Mais de 50% do nosso canal está<br />

connosco há mais de dez anos e cerca de 20% ou<br />

30% está connosco há mais de 18 anos. É isso que<br />

me atrai. Podemos ter os melhores produtos do<br />

mundo, mas se não tivermos relação com as<br />

pessoas não conseguimos nada.<br />

<strong>PME</strong> Mag. – Que balanço faz do primeiro ano<br />

como diretora-geral para Portugal, S. Tomé e<br />

Príncipe, Cabo Verde e Guiné-Bissau?<br />

F.F. – 2016 tive um ano de aprendizagem, porque<br />

abarquei áreas com as quais nunca tinha<br />

trabalhado. A novidade foi trabalhar com<br />

equipas de consultoria, foi um momento de muita<br />

aprendizagem e ainda hoje está a ser. 2016 foi um<br />

ano de pensar como é que queríamos que a equipa<br />

funcionasse, em <strong>2017</strong> estamos mais estabilizados,<br />

há ainda muito trabalho a fazer com o mercado,<br />

com os parceiros, onde é que se pode trabalhar<br />

mais... Este ano temos de trabalhar para fora,<br />

introduzir modelos novos. A tecnologia evolui, mas<br />

é preciso evoluir tudo o resto. <strong>2017</strong> é o ano para<br />

isso.<br />

<strong>PME</strong> Mag. – Alguma novidade em cima da<br />

mesa?<br />

F.F. – Estamos a trabalhar num modelo de<br />

simplificação de modelos comerciais, regras<br />

comerciais, ter tudo mais transparente, mais<br />

simples. Uma empresa com 23 anos precisa de<br />

repensar culturalmente muitas das coisas que<br />

criou. Estamos a trabalhar nisso e é um processo<br />

que abrange todas as áreas da empresa. Porque a<br />

simplificação leva a uma coisa de que nós somos<br />

muito defensores, a transparência: quem nos<br />

compra tem de saber exatamente o que está a<br />

comprar, quanto está a pagar, o que vai ter.<br />

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