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edição de 6 de junho de 2016

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MErcado<br />

Fórum <strong>de</strong> Marketing Empresarial<br />

<strong>de</strong>staca soluções para a crise<br />

Encontro será entre os dias 2 e 4 <strong>de</strong> setembro, com proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>bater<br />

como a geração <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias po<strong>de</strong> unir marcas a seus consumidores<br />

Paulo Macedo<br />

Parceria que une o Grupo Doria,<br />

a Editora Referência e<br />

o curador <strong>de</strong> conteúdo Adonis<br />

Alonso, o Fórum <strong>de</strong> Marketing<br />

Empresarial <strong>de</strong>ste ano já mobiliza<br />

li<strong>de</strong>ranças do mercado.<br />

Agendado para ser realizado<br />

entre os dias 2 e 4 <strong>de</strong> setembro<br />

no Sofitel Guarujá Jequitimar,<br />

na região litorânea <strong>de</strong> São Paulo,<br />

com a expectativa <strong>de</strong> reunir<br />

300 li<strong>de</strong>ranças <strong>de</strong> marcas, produtos<br />

e serviços, o tema central<br />

será Gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias enfrentam<br />

a crise unindo marcas e consumidores.<br />

A condução do evento<br />

ficará sob a responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Luiz Fernando Furlan, que é<br />

chairman do Li<strong>de</strong> (Grupo <strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>res<br />

Empresariais) e vai substituir<br />

João Doria <strong>de</strong>vido à sua<br />

condição <strong>de</strong> pré-candidato do<br />

PSDB à Prefeitura <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Empresário e ex-ministro,<br />

Furlan é um estudioso do comportamento<br />

do consumidor.<br />

Mesmo com o cenário econômico<br />

adverso, que subtraiu parte<br />

do tíquete da chamada nova<br />

classe média brasileira, ele vê<br />

evolução no comportamento<br />

<strong>de</strong> consumo no país. O divisor<br />

<strong>de</strong> águas é a disposição <strong>de</strong> experimentar<br />

novas opções e <strong>de</strong>safiar<br />

marcas tradicionais que<br />

se acomodam.<br />

“Há novas marcas cujos produtos<br />

são quase <strong>de</strong>scartáveis,<br />

mas que aten<strong>de</strong>m o interesse<br />

dos consumidores. Esse po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> escolha é característico <strong>de</strong><br />

uma classe média que viveu<br />

momentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> transformação<br />

no passado recente e é<br />

a mais afetada pela crise. Mas,<br />

apesar dos problemas, principalmente<br />

<strong>de</strong>semprego e elevação<br />

<strong>de</strong> preços, ela adquiriu<br />

novos hábitos. A tubaína volta<br />

à mesa, mas, quando houver<br />

normalização, o refrigerante <strong>de</strong><br />

marca retorna à sua cesta”, observa<br />

Furlan, com a experiência<br />

<strong>de</strong> ser integrante do conselho<br />

<strong>de</strong> empresas como BRF (Sadia e<br />

Furlan: “Segmento sênior abre novas oportunida<strong>de</strong>s para as empresas”<br />

“Os seniOres<br />

sãO mais<br />

criteriOsOs nas<br />

suas escOlhas<br />

e também têm<br />

segmentaçãO, mas<br />

acreditO que<br />

O marketing<br />

ainda nãO dá<br />

<strong>de</strong>vidO valOr<br />

a essa classe”<br />

Divulgação<br />

Perdigão) e Vivo, por exemplo.<br />

A segmentação, que, segundo<br />

Furlan, trouxe maior sofisticação<br />

à ativida<strong>de</strong> mercadológica,<br />

precisa ser cada vez mais<br />

estudada. Ele tem olhos para<br />

fenômenos como os millennials<br />

e as gerações Z e Y, mas recomenda<br />

atenção com o que chama<br />

<strong>de</strong> segmento sênior. “Muita<br />

gente chama <strong>de</strong> terceira ida<strong>de</strong>,<br />

mas não é bem assim. Normalmente<br />

são pessoas com tíquete<br />

<strong>de</strong>finido, mesmo que pequeno,<br />

mas que têm uma importância<br />

enorme no ambiente <strong>de</strong> con-<br />

sumo. As novíssimas gerações<br />

são diferentes: já nasceram plugadas,<br />

mas po<strong>de</strong>m nos ensinar<br />

muitas coisas. Os seniores são<br />

mais criteriosos nas suas escolhas<br />

e também têm segmentação,<br />

mas acredito que o marketing<br />

ainda não dá <strong>de</strong>vido valor<br />

a essa classe”, enfatiza Furlan.<br />

Conhecedor do mercado <strong>de</strong><br />

alimentos, Furlan acredita que<br />

o discurso da saudabilida<strong>de</strong> impacta<br />

o consumo <strong>de</strong> produtos<br />

<strong>de</strong> algumas indústrias, como<br />

fast food e refrigerantes. O investimento<br />

<strong>de</strong> algumas marcas<br />

em sucos e água sinaliza que<br />

buscam novas opções. “As pessoas<br />

evoluem e vivem mais.<br />

Ter saú<strong>de</strong> é essencial para essa<br />

expectativa se materializar. E<br />

isso não vale apenas para os<br />

seniores: as novas gerações<br />

estão muito influenciadas por<br />

essas práticas”, <strong>de</strong>staca Furlan<br />

ressaltando, ainda, o surgimento<br />

<strong>de</strong> clubes <strong>de</strong> compras, com<br />

preço e qualida<strong>de</strong>, como os <strong>de</strong><br />

vinho, por exemplo. “Conheci<br />

outro dia o chamado chef table.<br />

As pessoas vão fazer uma<br />

refeição com um gran<strong>de</strong> cozinheiro<br />

e ajudam no preparo da<br />

refeição. Muita gente opta pelo<br />

arroz <strong>de</strong> menor preço, cuja economia<br />

representa alguns centavos,<br />

mas não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> manter<br />

indulgências como a compra <strong>de</strong><br />

um óleo <strong>de</strong> oliva”.<br />

Um dos elementos que Furlan<br />

reconhece como pragmáticos<br />

para a recuperação da<br />

economia é um trabalho <strong>de</strong><br />

imagem da marca Brasil. “O<br />

mercado compra credibilida<strong>de</strong>.<br />

Uma marca que se <strong>de</strong>teriora<br />

é ignorada. Recentemente o<br />

Brasil figurava como economia<br />

emergente e tinha espaço. Hoje<br />

mais <strong>de</strong> 70% do noticiário internacional<br />

sobre o país é negativo.<br />

Temos <strong>de</strong> trabalhar para<br />

recuperar o timing. O passo-a-<br />

-passo é ficar atento às oportunida<strong>de</strong>s,<br />

mas, para isso, é necessário<br />

estar bem preparado<br />

e, sobretudo, ter coragem com<br />

mais ousadia”, ele finaliza.<br />

8 6 <strong>de</strong> <strong>junho</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark

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