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edição de 12 de dezembro de 2016

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PERSPECTIVaS 2017<br />

Expectativas para o próximo ano<br />

ainda são incertas para entida<strong>de</strong>s<br />

Órgãos que regulamentam ações do mercado tentam apren<strong>de</strong>r com<br />

<strong>2016</strong> e evitam fazer previsões sobre o que acontecerá a partir <strong>de</strong> janeiro<br />

Cristiane Marsola<br />

Este ano está sendo apontado<br />

por muitos como um<br />

espaço <strong>de</strong> tempo a ser esquecido.<br />

Mesmo com a esperança<br />

<strong>de</strong> que a economia melhore<br />

em breve, parte do mercado<br />

está sem segurança para traçar<br />

expectativas para 2017.<br />

“O mercado publicitário<br />

está diretamente ligado ao<br />

cenário macroeconômico.<br />

Em consequência disso, as<br />

perspectivas para 2017 ainda<br />

são muito incertas. Entretanto,<br />

a publicida<strong>de</strong> é um investimento<br />

e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperação<br />

econômica é um dos setores<br />

a perceber mudanças mais<br />

cedo”, explica Pedro Silva,<br />

presi<strong>de</strong>nte do IVC (Instituto<br />

Verificador <strong>de</strong> Comunicação).<br />

O ano que está se encerrando<br />

po<strong>de</strong> não ter sido dos<br />

melhores, mas sempre é possível<br />

apren<strong>de</strong>r com as experiências.<br />

“O ano <strong>de</strong> <strong>2016</strong> foi <strong>de</strong><br />

recessão e este impacto foi direto<br />

no mercado publicitário.<br />

Nestes períodos, há que haver<br />

um balanço entre sobrevivência<br />

e investimento em novos<br />

produtos e serviços. No IVC,<br />

sentimos o impacto da economia,<br />

mas investimos bastante<br />

em novos produtos e inovações”,<br />

afirma Silva.<br />

No próximo ano, a entida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ve dar continuida<strong>de</strong> a<br />

projetos já iniciados, como,<br />

por exemplo, a parceria internacional<br />

do IVC com o AAM<br />

(Alliance for Audited Media),<br />

nos Estados Unidos. “Esta<br />

parceria estará levando nossa<br />

solução tecnológica para mais<br />

países, sendo um confirmado<br />

e três em fase <strong>de</strong> testes. Desenvolvemos<br />

também a auditoria<br />

<strong>de</strong> OOH, que no próximo<br />

ano <strong>de</strong>ve ser exportada para<br />

outros países da mesma maneira<br />

que nossa tecnologia digital”,<br />

comemora Silva.<br />

Pedro Silva, do IVC: “Nestes períodos, há que haver um balanço entre sobrevivência e investimento em novos produtos e serviços”<br />

Alguns executivos <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s<br />

que regularizam o setor,<br />

no entanto, preferiram nem<br />

se manifestar sobre o próximo<br />

ano, já que a crise política<br />

e econômica que assola o país<br />

torna bem difícil o exercício <strong>de</strong><br />

futurologia básico. É o caso do<br />

Cenp (Conselho Executivo das<br />

Normas-Padrão) e do Conar<br />

(Conselho Nacional <strong>de</strong> Autorregulamentação<br />

Publicitária).<br />

Para mostrar que mesmo em<br />

tempos difíceis o melhor é arregaçar<br />

as mangas e continuar<br />

trabalhando, o Conar fez um<br />

levantamento das ações <strong>de</strong>ste<br />

ano. Até o fim <strong>de</strong> novembro,<br />

foram realizadas 91 sessões<br />

<strong>de</strong> julgamento do Conselho<br />

<strong>de</strong> Ética, em São Paulo, Rio,<br />

Brasília, Porto Alegre e Recife,<br />

on<strong>de</strong> foram julgados 282 processos.<br />

Em 38,5% dos casos foi<br />

<strong>de</strong>cidido o arquivamento; em<br />

28,7%, pediram a alteração;<br />

18,7%, a sustentação e 14,1%,<br />

advertência.<br />

A maioria dos processos<br />

(64,8%) foi aberta por <strong>de</strong>núncia<br />

<strong>de</strong> consumidores; 20,4%<br />

por <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> empresas associadas<br />

e 10,9% por iniciativa<br />

do próprio Conar. A área que<br />

teve maior número <strong>de</strong> processos<br />

foi a <strong>de</strong> medicamentos,<br />

Alê Oliveira<br />

cosméticos e outros produtos<br />

e serviços para saú<strong>de</strong> (20,4%);<br />

seguida por alimentos, sucos<br />

e refrigerantes (14,8%); bebidas<br />

alcoólicas (10,6%) e veículos,<br />

peças e acessórios (9,9%).<br />

Os principais questionamentos<br />

às campanhas foram<br />

quanto: apresentação verda<strong>de</strong>ira<br />

(39,7%); respeitabilida<strong>de</strong><br />

(16,8%); cuidados com<br />

público infantil (9,6%) e responsabilida<strong>de</strong><br />

social (7,2%). A<br />

internet é o alvo mais comum<br />

das <strong>de</strong>núncias (47,9%), em seguida<br />

vem TV (26,8%), mídia<br />

exterior (9,9%) e embalagens<br />

(6%).<br />

42 <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark

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