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edição de 12 de dezembro de 2016

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PERSPECTIVaS 2017<br />

Rádio, TVs e revistas são sensíveis<br />

à economia e enfrentam <strong>de</strong>safios<br />

Entida<strong>de</strong>s setoriais contemplam tecnologia e serviços para abrir novas<br />

frentes <strong>de</strong> negócios, mesmo diante <strong>de</strong> um cenário macro pouco otimista<br />

Fotos: Divulgação<br />

José Roberto Antonik, da Abert, comenta o investimento <strong>de</strong> R$ 6,5 milhões para equipar 1.300 rádios associadas com aplicativos e a importância da migração para o FM<br />

Paulo Macedo<br />

Caudatários do <strong>de</strong>sempenho<br />

econômico, os veículos <strong>de</strong> comunicação<br />

reagem <strong>de</strong> forma sintomática<br />

aos percalços da economia.<br />

Além <strong>de</strong>sse dilema comum,<br />

têm o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> disputar as<br />

mesmas verbas dos anunciantes,<br />

que enxugaram orçamentos<br />

diante da crise, com soluções<br />

mais estratégicas. Também convivem<br />

com inovações tecnológicas<br />

que impactam formas <strong>de</strong> distribuição<br />

<strong>de</strong> conteúdo e hábitos<br />

<strong>de</strong> consumo. Para as TVs a cabo,<br />

por exemplo, a oferta do sistema<br />

VOD (ví<strong>de</strong>o on <strong>de</strong>mand) é uma<br />

alternativa para a concorrência<br />

dos canais por streaming (OTT<br />

- Over-The Top). O rádio AM ganha<br />

novo fôlego com o FM, que<br />

se beneficiará da faixa estendida.<br />

A medida vai permitir que<br />

1.439 pedidos <strong>de</strong> migração feitos<br />

à Anatel sejam atendidos com a<br />

liberação dos canais 5 e 6 usados<br />

pelas TVs <strong>de</strong> sinal analógico, que<br />

ficarão livres com a implantação<br />

“‘O cOnteúdO é<br />

rei’ é um mantra<br />

para as editOras,<br />

baseadO na<br />

credibilida<strong>de</strong>, na<br />

pesquisa dO fatO,<br />

na veracida<strong>de</strong>.<br />

neste mundO <strong>de</strong><br />

pós-verda<strong>de</strong>,<br />

jOrnalismO <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> é<br />

invencível”<br />

<strong>de</strong>finitiva do digital em 2017 nos<br />

principais mercados.<br />

Na avaliação <strong>de</strong> José Roberto<br />

Antonik, diretor-geral da Abert<br />

(Associação Brasileira das Emissoras<br />

<strong>de</strong> Rádio e Televisão), apesar<br />

do PIB negativo nos últimos<br />

dois anos, o prognóstico para<br />

2017 é otimista. “No caso do rádio,<br />

as emissoras menores não<br />

tiveram influência negativa <strong>de</strong>vido<br />

ao custo baixo <strong>de</strong> inserção.<br />

Em muitas cida<strong>de</strong>s um spot custa<br />

apenas R$ 50,00. É um sistema<br />

robusto com 4.651 emissoras<br />

com faturamento bruto <strong>de</strong> R$ 5<br />

bilhões. A possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> as<br />

rádios AM terem espaço no FM<br />

é um sinalizador <strong>de</strong> receitas melhores.<br />

Cem emissoras conseguiram<br />

a autorização e 300 já estão<br />

aptas”, diz Antonik.<br />

A Abert <strong>de</strong>senvolveu um aplicativo<br />

para compartilhar com<br />

emissoras associadas sem capacida<strong>de</strong><br />

financeira para realizar o<br />

investimento. Foram <strong>de</strong>stinados<br />

R$ 6,5 milhões para 1.300 emissoras.<br />

“A notícia ruim para o rádio<br />

é que os smatrtphones não<br />

estão vindo mais com a opção<br />

para sintonizar o meio. É preciso<br />

baixar aplicativos e nem sempre<br />

isso é muito fácil”.<br />

Para as TVs, o dirigente da<br />

Abert vê o ano <strong>de</strong> 2017 com boa<br />

perspectiva, mas com mais trabalho<br />

para capturar as verbas<br />

dos anunciantes. “Este ano,<br />

algumas emissoras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

porte tiveram queda substancial<br />

com tendência <strong>de</strong> permanência.<br />

A tecnologia vai possibilitar o<br />

ingresso em outras plataformas,<br />

mas exige investimento”, pon<strong>de</strong>ra<br />

Antonik.<br />

Oscar Simões, presi<strong>de</strong>nte da<br />

ABTA (Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Televisão por Assinatura), tem a<br />

expectativa <strong>de</strong> que a economia<br />

volte a crescer e consequentemente<br />

a base <strong>de</strong> assinantes, atualmente<br />

com cerca <strong>de</strong> 19 milhões.<br />

“A perspectiva positiva para o setor<br />

leva em conta o <strong>de</strong>sempenho<br />

da TV por assinatura em <strong>2016</strong>.<br />

Enquanto o PIB brasileiro caiu<br />

4% <strong>de</strong> janeiro a setembro, a base<br />

36 <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark

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