edição de 18 de dezembro de 2017
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etrospeCtiva <strong>2017</strong><br />
Crise serviu <strong>de</strong> combustível para<br />
manter as agências nos trilhos<br />
Algumas <strong>de</strong>las conquistaram contas e outras focaram nos problemas <strong>de</strong><br />
clientes. Por isso, a maioria fala que teve pouco tempo para se lamentar<br />
Claudia Penteado<br />
Oano <strong>de</strong> <strong>2017</strong> foi um <strong>de</strong>sses<br />
que ninguém vai esquecer.<br />
Mas não há lamentos. Aliás,<br />
essa é uma das características<br />
mais salutares da indústria da<br />
comunicação: há muito pouco<br />
mimimi a respeito <strong>de</strong> crises,<br />
especialmente porque é nelas,<br />
e possivelmente no auge <strong>de</strong>las,<br />
que a comunicação costuma<br />
mostrar o seu valor, e marcas e<br />
empresas conseguem realizar<br />
viradas importantes.<br />
A crise - palavra que dificilmente<br />
entra na rotina dos<br />
assuntos - serve, mesmo, é <strong>de</strong><br />
combustível para manter a engrenagem<br />
funcionando.<br />
“Não tivemos tempo nem<br />
vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos lamentar. Nossa<br />
preocupação era resolver os<br />
problemas e seguir em frente”,<br />
diz Luiz Sanches, sócio e<br />
diretor-geral <strong>de</strong> criação da AlmapBBDO,<br />
que afirma que a<br />
equipe chegou ao fim do ano<br />
cansada, mas realizada, <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> trabalhar muito, inclusive<br />
para novos clientes, como<br />
iFood, a área digital <strong>de</strong> Mars<br />
(M&M, Snickers, Whiskas e Pedigree)<br />
e outros que “renovaram<br />
votos”, como Volkswagen.<br />
Fugindo dos clichês <strong>de</strong> “um<br />
ano <strong>de</strong> muito trabalho”, João<br />
Livi, CEO da Talent Marcel,<br />
afirma que foi um ano <strong>de</strong> lidar<br />
com assuntos <strong>de</strong> maior complexida<strong>de</strong>,<br />
em que a agência<br />
foi mais <strong>de</strong>safiada a “resolver<br />
negócios”.<br />
“O governo, as autorida<strong>de</strong>s<br />
monetárias, os prestadores e<br />
<strong>de</strong>mandadores <strong>de</strong> serviços: todos<br />
pressionados, precisando<br />
entregar números, precisando<br />
cortar custos e, claro, ter sucesso.<br />
Foi um ano particularmente<br />
difícil, em que felizmente<br />
chegamos on<strong>de</strong> precisávamos<br />
chegar, mas que não vai <strong>de</strong>ixar<br />
sauda<strong>de</strong>s”, observa Livi, que<br />
comemora a consolidação <strong>de</strong><br />
novos processos <strong>de</strong> trabalho,<br />
Hugo Rodrigues, que assumiu a presidência da WMcCann<br />
integração <strong>de</strong> áreas, e a certeza<br />
<strong>de</strong> que daqui para frente virão<br />
mais mudanças.<br />
“Mudamos e já é hora <strong>de</strong> começar<br />
a mudar <strong>de</strong> novo, para<br />
nunca <strong>de</strong>ixar ninguém muito<br />
confortável ou criar um tipo <strong>de</strong><br />
‘é assim que nós fazemos’”.<br />
Em <strong>2017</strong> as agências essencialmente<br />
incorporaram a mudança<br />
como um estado permanente.<br />
Luiz Fernando Musa,<br />
presi<strong>de</strong>nte do grupo Ogilvy,<br />
afirma que o ano foi longo,<br />
mas ren<strong>de</strong>u trabalhos relevantes<br />
aos clientes, sendo assim já<br />
valeu. Ele gosta <strong>de</strong> lembrar da<br />
frase <strong>de</strong> David Ogilvy: “O que<br />
você mostra é mais importante<br />
do que o que você diz”.<br />
“O <strong>de</strong>safio é comum a todos<br />
- errar e acertar na velocida<strong>de</strong><br />
das mudanças que todos os<br />
negócios estão passando hoje,<br />
com toda inovação da tecnologia,<br />
e enten<strong>de</strong>r o impacto disso<br />
também nas pessoas e em nós<br />
mesmos. Costumo dizer que<br />
tudo que <strong>de</strong>u certo que fizemos<br />
“MudaMos e já é<br />
hora <strong>de</strong> coMeçar<br />
a Mudar <strong>de</strong> novo,<br />
para nunca <strong>de</strong>ixar<br />
ninguéM Muito<br />
confortável”<br />
Fotos: Alê Oliveira e Divulgação<br />
Luiz Sanches: “Equipe termina ano cansada, mas realizada”<br />
até aqui e nos colocou on<strong>de</strong> estamos<br />
é o que provavelmente<br />
nos matará amanhã. Estamos<br />
todos fora da zona <strong>de</strong> conforto.<br />
E adivinha o quê? Este é o novo<br />
mo<strong>de</strong>lo”, diz Musa, que no início<br />
<strong>de</strong>ste ano assumiu a presidência<br />
do Grupo Ogilvy Brasil.<br />
realizações<br />
Apesar <strong>de</strong> difícil, para muitas<br />
agências foi um ano positivo<br />
e <strong>de</strong> crescimento. Agência<br />
do ano no El Ojo <strong>de</strong> Iberoamerica,<br />
a Africa comemorou diversos<br />
prêmios importantes e<br />
Marcio Santoro, copresi<strong>de</strong>nte<br />
da agência, afirma que colocou<br />
mais <strong>de</strong> 150 campanhas no ar<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro. A agência lançou<br />
também o Pulse e o Africa<br />
Beat, áreas <strong>de</strong> business inteligence<br />
externa e interna. “Foi<br />
um ano <strong>de</strong>safiador, <strong>de</strong> muito<br />
trabalho, <strong>de</strong> entrega, <strong>de</strong> conquistas.<br />
Mas este foi o melhor<br />
ano da nossa história”, comemora<br />
Santoro.<br />
<strong>2017</strong> também foi bom para<br />
16 <strong>18</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2017</strong> - jornal propmark