Dezembro/2017 - Referência Florestal 192
Visitantes - Grupo Jota Comunicação
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OPINIÃO<br />
aproveitar melhor o recurso, pois de há muito tempo, o setor<br />
florestal de nativas sofre com o freio de mão puxado, quando<br />
necessita fechar ciclos técnico/administrativos com os diversos<br />
órgãos ambientais a que é subordinado...lamentável.<br />
Parafraseando o saudoso Raimar Aguiar, “o gerenciamento<br />
das florestas brasileiras tem sido ancorado num conceito<br />
mais próximo de religião do que de negócio, numa visão parecida<br />
com a Índia na adoração do boi ou da vaca”, levando à<br />
fome material de um produto reconhecidamente renovável,<br />
cujos efeitos colateriais fazem com que inúmeras empresas<br />
do país recorram à importação do produto madeira, dada<br />
medidas de preservação e não de conservação dos vastos<br />
recursos florestais brasileiros, paradoxal a quem detém a segunda<br />
maior floresta do mundo e, por falta de estabilidade<br />
legislativa, carência de investimentos tecnológicos, pouca<br />
lucidez dos tomadores de decisão, exacerbação de foco em<br />
comando e controle, desconhecimento do campo de batalha,<br />
extingue empresas sérias do processo produtivo, penalizadas<br />
por vezes em ousarem aproveitar melhor o recurso florestal<br />
madeireiro, nivelados por baixo, por cases de pouco conhecimento<br />
produtivo, numa visão surreal de que esse é o caminho<br />
para evitar ilegalidade na Amazônia.<br />
A manchete estampada da Revista <strong>Referência</strong> de que<br />
para o Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro, “a medida de redução<br />
do CRV para 35% é de extrema importância para combate<br />
ao desmatamento ilegal”, bem demonstra a máxima de que<br />
caso soubermos como se fazem certas leis e determinados<br />
embutidos, não respeitaríamos aquelas e não comeríamos<br />
estes .<br />
O aproveitamento do recurso está ligado dentre inúmeros<br />
fatores, à classe diametral, espécie em industrialização,<br />
medidas profiláticas da estocagem do produto, sanidade das<br />
toras no momento do processamento, variáveis que adicionadas<br />
à receita de produção em maior ou menor espessura,<br />
maior ou menor largura, maior ou menor comprimento; sabendo-se<br />
que a cada evento ocorre resíduos por cortes, destopos<br />
e eliminação dos defeitos naturais; consequentemente<br />
gerando parametrização extremamente complexa, evidenciando<br />
carência de realidade e embasamento científico ao se<br />
estabelecer CRV homogêneo para toda essa diversidade de<br />
fatores.<br />
Ante fatores expostos, não parece lógico e de bom senso<br />
aplicação de pré-estabelecimento do CRV em cadeias produtivas<br />
florestais/industriais, sendo urgente um choque de rea-<br />
DIFERENTES PRODUTOS,<br />
DIFERENTES PROCESSOS,<br />
SEM OU COM USO DO<br />
ALBURNO, DIMENSÕES<br />
VARIADAS<br />
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