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Dezembro/2017 - Referência Florestal 192

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ESPÉCIES, QUALIDADES,<br />

DIÂMETROS E<br />

CONSERVAÇÃO DIVERSAS<br />

lidade, simplificando o processo como um todo,controlando<br />

as empresas a partir de sistema transparente e “auto-declaratório”,<br />

com responsabilização conjunta do proprietário<br />

industrial e engenheiro responsável, este assumindo a responsabilidade<br />

técnica, tal qual em outras cadeias produtivas.<br />

É sabido que não existe melhor forma de combater a ilegalidade<br />

que aumentar a oferta de legalidade e já vai tarde<br />

premência de foco na desburocratização em liberar Planos<br />

de Manejo, fazendo com que ocorram no tempo adequado,<br />

posto que em havendo retardamento, além das mazelas temporais,<br />

as matérias-primas exploradas numa safra, acabam<br />

sendo transportadas na safra subsequente, trazendo como<br />

efeito colateral degradação do produto, aproveitamentos pífios<br />

e maior pressão sobre floresta futura.<br />

A falta de lógica na edição do CRV, longe de diminuir a ilegalidade,<br />

penaliza empresas que investem em planejamento<br />

com foco de minimizar riscos de degradação e, por vezes,não<br />

tendo acesso ou capital para bancar estudos com a profundidade<br />

requerida, transversalmente acabam por “validar ilegalmente”<br />

produções “legalmente obtidas”, abrindo espaço<br />

para espertos de plantão auferirem resultados crescentes<br />

por meios escusos de acobertamento da produção.<br />

A máxima de se controlar todas as fases da produção de<br />

florestas leva a deficiências fiscalizatórias de toda ordem,<br />

quer por falta de efetivo, quer por falta de expertise em todas<br />

as etapas do processo, quando importante seria concentrar-<br />

-se na área efetiva do manejo, dispendendo esforços para<br />

avaliar de forma inteligente e em tempo real a origem do<br />

recurso explorado, quer do manejo ou mesmo de áreas de<br />

conversão, com fiscalização in loco a partir de análises prévias<br />

que ensejem a checagem e aí,de fato punir a detrator<br />

ambiental, pois já é passada a hora de se separar o que é joio<br />

do trigo.<br />

Em feiras espalhadas pelo mundo é verificável o número<br />

crescente de empresas preocupadas com o progresso tecnológico,<br />

aperfeiçoando sua produção com técnicas atualizadas<br />

de cortar, beneficiar, industrializar o produto madeira, gerando<br />

riquezas necessárias ao consumo do planeta a partir de<br />

matéria prima oriunda de florestas remanescentes exploradas<br />

de forma sustentável.<br />

Diante dessa realidade, o Brasil, detentor dessa imensa<br />

riqueza florestal, queda-se impotente a uma participação pífia<br />

no bolo de fornecimento global do produto madeira, em<br />

um estado de tolice e ignorância, numa absurda abstinência<br />

<strong>Dezembro</strong> de <strong>2017</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

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