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PROJETO_DIGITAL_09-01-2018a

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Arquivo pessoal / Breno dos Santos<br />

A década de 1980 foi marcante, pois nela<br />

houve o start up de Carajás, com os projetos<br />

ferro e manganês; em Barcarena concluiu-se a<br />

implantação da Albras; e em Almeirim, o projeto<br />

de bauxita refratária. Deu-se também a nova<br />

corrida ao ouro na Amazônia, tendo como papel<br />

de destaque a produção garimpeira em Serra Pelada.<br />

Na década de 1990, o Pará ingressou no rol<br />

de estados produtores de ouro industrial, com<br />

o projeto Igarapé Bahia, em Carajás, executado<br />

pela Vale; e, na segunda metade da década, mais<br />

três projetos entraram em fase produção: alumina,<br />

em Barcarena; e dois de caulim na região do<br />

rio Capim, no município de Ipixuna do Pará.<br />

Em função do alto valor agregado, o ouro, até<br />

1990, dominou o valor da produção, alcançando o<br />

ápice em 1989, quando representou quase 70%<br />

do valor produzido no Pará. Isso se deveu, também,<br />

à valorização da onça do ouro (31,1g), que<br />

antes era fixada em US$ 35, todavia, em seguida<br />

teve seu valor desatrelado do dólar e, no período<br />

1971-80, alcançou US$ 190; todavia, somente em<br />

1980, devido aos conflitos Irã-Iraque, teve valor<br />

médio de US$ 612/onça. Entre 1981-90, sua média<br />

foi de US$ 397. Por outro lado, o minério de<br />

ferro, em 1985, quando iniciou a produção de Carajás,<br />

era cotado a US$ 18-20/tonelada.<br />

Primeiro levantamento aeromagnetométrico de Carajás<br />

Na década de 1990 ocorreu uma inversão,<br />

ou seja, o decréscimo da contribuição do ouro na<br />

balança comercial paraense e o avanço do minério<br />

de ferro. Em 1990, ambos eram equivalentes,<br />

enquanto que, em 1999, o minério de ferro representava<br />

duas vezes o valor do ouro, causado<br />

principalmente pelo acréscimo na produção do<br />

primeiro e a queda na produção do segundo.<br />

O minério de ferro que iniciou sua produção,<br />

em 1985, com 5 milhões de toneladas/ano,<br />

em 2<strong>01</strong>6, alcançou 150 milhões de toneladas. E<br />

Carajás, que precisou de 20 anos para alcançar<br />

seu primeiro bilhão de toneladas de minério de<br />

ferro, a partir de 2<strong>01</strong>9-2020, produzirá, a cada<br />

quatro anos 1 bilhão de toneladas.<br />

7º Anuário Mineral do Pará | 2<strong>01</strong>8<br />

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