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fala, corretor | seguro de vida<br />
É preciso quebrar o tabu<br />
O ramo de pessoas, que inclui os seguros de vida, tem se destacado no mercado. De acordo<br />
com dados divulgados pela Fenaprevi, esse mercado representou uma movimentação de R$<br />
31,1 bilhões no acumulado de 2016. Disso, o seguro de vida somou R$ 13,1 bilhões em prêmios e<br />
acumulou uma alta de 5,65% se comparado ao ano anterior (2015).<br />
O produto é acessível de diversas maneiras, seja na modalidade individual ou como benefício<br />
oferecido pelas empresas - cada vez mais demandados pelos funcionários.<br />
Mesmo com as boas notícias, o seguro de vida traz consigo um estigma, o tabu da morte que<br />
é tão difícil de ser conversado e olhado com naturalidade pela sociedade ocidental.<br />
A questão principal é: como oferecer um produto que trata desse tema? A importância da<br />
contratação acompanha a gravidade do assunto e corretores especialistas precisam ter tato e<br />
assertividade para conscientizar seus clientes.<br />
Amanda Cruz<br />
“A melhor forma para conversar<br />
com o cliente sobre<br />
seguro de vida é saber fazer as<br />
perguntas-chave: ‘caso aconteça<br />
algo com você, sua família<br />
estará amparada financeiramente?<br />
Se a família perder o seu<br />
rendimento, como isso afetaria<br />
a vida dela? ’ É preciso fazer perguntas<br />
que os leve a refletir, pois<br />
a venda do seguro é emocional.<br />
Ninguém acorda desejando comprar seguro de vida.<br />
Hoje, existe mais conscientização sobra a importância da<br />
contratação. Entretanto, o corretor é fundamental. É preciso<br />
despertar o senso de necessidade do cliente. Nossa cultura<br />
passional é muito forte e imediatista, não pensando nas consequências<br />
de não ter um amparo à família. Clareza, objetividade<br />
e bons argumentos são fundamentais.”<br />
Carlos Alberto Alves,<br />
consultor de benefícios da Veno Corretora de Seguros<br />
“Hoje, a melhor maneira<br />
de abordar o cliente sobre o<br />
assunto é a proteção familiar.<br />
Destacar a importância do<br />
seguro para manter o padrão<br />
de vida conquistado caso o<br />
segurado falte. Mas há também<br />
as questões como coberturas<br />
com benefícios em vida –<br />
como resgate, doenças graves<br />
e despesas hospitalares, que<br />
são grandes apostas do mercado.<br />
Culturalmente, não existe o hábito de adquirir o seguro<br />
de vida. É um assunto sobre o qual preferem não falar sobre.<br />
Mas, a boa notícia é que mesmo em um cenário de recessão,<br />
o mercado brasileiro cresceu e a penetração de seguro de<br />
vida também. Estamos no caminho certo, despertando a<br />
preocupação com o nosso futuro e dos familiares.”<br />
Tatiane Coelho Lemos,<br />
sócia da Scaramel Corretora de Seguros<br />
“Considerando que no Brasil não temos cultura de aquisição<br />
de seguro de vida e que esse produto está sempre relacionado<br />
a algo ruim, pensamos nele como algo que faz parte<br />
do planejamento financeiro das<br />
famílias e das empresas.<br />
Não são raros os clientes<br />
que sequer imaginam que<br />
podem planejar o futuro da sua<br />
família com uma proteção que<br />
envolve seguro de vida e suas<br />
coberturas.<br />
Não é apenas o evento<br />
morte que pode gerar problemas.<br />
Um acidente ou doença<br />
grave pode alterar substancialmente a estrutura familiar.<br />
Quando abordamos o assunto por esse prisma, as famílias se<br />
surpreendem e o paradigma é quebrado. O mesma acontece<br />
nas sociedades empresariais.<br />
Penso que existe uma carência de profissionais de seguros<br />
atuando efetivamente na oferta dos seguros de vida de forma<br />
construtiva e isso nos coloca num grau de imaturidade grande.<br />
Por outro lado, vejo o mercado ficando mais robusto. Há<br />
seguradoras investindo muito no produto e em capacitação<br />
de corretores, para que eles entreguem ao cliente um planejamento<br />
financeiro e não um seguro para morte.”<br />
Endrigo Rampaso, corretor da Arena Seguros<br />
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