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Revista Apólice #226

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fala, corretor | seguro de vida<br />

É preciso quebrar o tabu<br />

O ramo de pessoas, que inclui os seguros de vida, tem se destacado no mercado. De acordo<br />

com dados divulgados pela Fenaprevi, esse mercado representou uma movimentação de R$<br />

31,1 bilhões no acumulado de 2016. Disso, o seguro de vida somou R$ 13,1 bilhões em prêmios e<br />

acumulou uma alta de 5,65% se comparado ao ano anterior (2015).<br />

O produto é acessível de diversas maneiras, seja na modalidade individual ou como benefício<br />

oferecido pelas empresas - cada vez mais demandados pelos funcionários.<br />

Mesmo com as boas notícias, o seguro de vida traz consigo um estigma, o tabu da morte que<br />

é tão difícil de ser conversado e olhado com naturalidade pela sociedade ocidental.<br />

A questão principal é: como oferecer um produto que trata desse tema? A importância da<br />

contratação acompanha a gravidade do assunto e corretores especialistas precisam ter tato e<br />

assertividade para conscientizar seus clientes.<br />

Amanda Cruz<br />

“A melhor forma para conversar<br />

com o cliente sobre<br />

seguro de vida é saber fazer as<br />

perguntas-chave: ‘caso aconteça<br />

algo com você, sua família<br />

estará amparada financeiramente?<br />

Se a família perder o seu<br />

rendimento, como isso afetaria<br />

a vida dela? ’ É preciso fazer perguntas<br />

que os leve a refletir, pois<br />

a venda do seguro é emocional.<br />

Ninguém acorda desejando comprar seguro de vida.<br />

Hoje, existe mais conscientização sobra a importância da<br />

contratação. Entretanto, o corretor é fundamental. É preciso<br />

despertar o senso de necessidade do cliente. Nossa cultura<br />

passional é muito forte e imediatista, não pensando nas consequências<br />

de não ter um amparo à família. Clareza, objetividade<br />

e bons argumentos são fundamentais.”<br />

Carlos Alberto Alves,<br />

consultor de benefícios da Veno Corretora de Seguros<br />

“Hoje, a melhor maneira<br />

de abordar o cliente sobre o<br />

assunto é a proteção familiar.<br />

Destacar a importância do<br />

seguro para manter o padrão<br />

de vida conquistado caso o<br />

segurado falte. Mas há também<br />

as questões como coberturas<br />

com benefícios em vida –<br />

como resgate, doenças graves<br />

e despesas hospitalares, que<br />

são grandes apostas do mercado.<br />

Culturalmente, não existe o hábito de adquirir o seguro<br />

de vida. É um assunto sobre o qual preferem não falar sobre.<br />

Mas, a boa notícia é que mesmo em um cenário de recessão,<br />

o mercado brasileiro cresceu e a penetração de seguro de<br />

vida também. Estamos no caminho certo, despertando a<br />

preocupação com o nosso futuro e dos familiares.”<br />

Tatiane Coelho Lemos,<br />

sócia da Scaramel Corretora de Seguros<br />

“Considerando que no Brasil não temos cultura de aquisição<br />

de seguro de vida e que esse produto está sempre relacionado<br />

a algo ruim, pensamos nele como algo que faz parte<br />

do planejamento financeiro das<br />

famílias e das empresas.<br />

Não são raros os clientes<br />

que sequer imaginam que<br />

podem planejar o futuro da sua<br />

família com uma proteção que<br />

envolve seguro de vida e suas<br />

coberturas.<br />

Não é apenas o evento<br />

morte que pode gerar problemas.<br />

Um acidente ou doença<br />

grave pode alterar substancialmente a estrutura familiar.<br />

Quando abordamos o assunto por esse prisma, as famílias se<br />

surpreendem e o paradigma é quebrado. O mesma acontece<br />

nas sociedades empresariais.<br />

Penso que existe uma carência de profissionais de seguros<br />

atuando efetivamente na oferta dos seguros de vida de forma<br />

construtiva e isso nos coloca num grau de imaturidade grande.<br />

Por outro lado, vejo o mercado ficando mais robusto. Há<br />

seguradoras investindo muito no produto e em capacitação<br />

de corretores, para que eles entreguem ao cliente um planejamento<br />

financeiro e não um seguro para morte.”<br />

Endrigo Rampaso, corretor da Arena Seguros<br />

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