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evento | conseguro<br />
O mercado debatido<br />
em seis perspectivas<br />
CNseg reúne seis eventos no Rio de Janeiro e<br />
mostra que o mercado agora é observado mais<br />
de perto pelo Governo Federal<br />
A<br />
presença de dois ministros na<br />
abertura da 8ª Conferência<br />
Brasileira de Seguros já dava<br />
sinais de que há mais atenção<br />
do Estado sobre o setor. O discurso do<br />
Ministro da Saúde, Ricardo Barros, e<br />
do Ministro das Cidades, Bruno Araújo,<br />
além do secretário executivo do Ministério<br />
da Fazenda, Eduardo Guardia,<br />
mostrou que mudanças de legislação<br />
podem chegar em breve. Os 1,2 mil<br />
participantes da 8ª Conferência Brasileira<br />
de Seguro ouviram o presidente da<br />
Confederação Nacional das Empresas<br />
de Seguros Privados, Marcio Coriolano,<br />
apresentar que o setor já conta com ativos<br />
garantidores acima da casa de um trilhão<br />
e que movimenta mais R$ 460 bilhões.<br />
“Isso demonstra a resiliência do setor e<br />
a sua capacidade de crescimento mesmo<br />
Kelly Lubiato<br />
durante a maior crise econômica brasileira”,<br />
comentou durante a abertura do<br />
evento, que aconteceu no Rio de Janeiro.<br />
“Devemos tomar partido da divisão<br />
de renda, com políticas que estimulem<br />
investimento e desenvolvimento de<br />
novos produtos”, relacionou Coriolano,<br />
acrescentando que o propósito do setor<br />
é se mostrar para a sociedade. Após uma<br />
revisão, o crescimento do mercado de<br />
seguros em 2017 deve ficar entre 6% e<br />
7,5%, revertendo a expectativa do começo<br />
do ano, que ficava entre 8% e 10%.<br />
O Ministro das Cidades, Bruno<br />
Araújo, detalhou que, desde maio de<br />
2016, quando assumiu a cadeira, um balanço<br />
nas contas do Ministério mostrava<br />
que os compromissos assinados com<br />
estados e municípios comprometiam<br />
mais de 70 anos do orçamento da pasta.<br />
“Imediatamente, começamos a falar com<br />
governadores e prefeitos para eleger o<br />
que era realmente exequível. Evoluímos<br />
para posição em que nenhuma das 492<br />
mil obras do Minha Casa, Minha Vida,<br />
ou de saneamento, ou qualquer outra não<br />
conta com nenhuma fatura em atraso.”<br />
Ricardo Barros, Ministro da Saúde,<br />
mais uma vez falou dos planos de saúde<br />
populares, dos quais ele é apoiador. Ele<br />
mostrou que mais de 70% da população<br />
utilizam o Sistema Único de Saúde, número<br />
engrossado pelo mais de 653,7 mil<br />
pessoas que deixaram os planos privados<br />
de saúde no último ano. Ele destacou que<br />
a Agência Nacional de Saúde Suplementar<br />
deve providenciar a regulamentação<br />
dos planos de saúde populares, com o<br />
objetivo de oferecer à sociedade mais<br />
uma oportunidade de aderir ao sistema<br />
privado de saúde. “Temos que investir<br />
também em planos regionalizados, com<br />
rol de procedimento adequado para cada<br />
localidade”, reforçou Barros.<br />
Na saída, o Ministro da Saúde disse<br />
aos jornalistas que aguarda uma proposta<br />
do mercado para a regulamentação dos<br />
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