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Suplementação e os testes laboratoriais É ciência Reconhecendo o potencial e minimizando o risco de interferências em Testes Laboratoriais Fazendo a diferença Boas práticas recomendadas para mitigar potencial interferência da Biotina nos laboratórios

Suplementação e os testes laboratoriais

É ciência
Reconhecendo o potencial e minimizando o risco de interferências em Testes Laboratoriais

Fazendo a diferença
Boas práticas recomendadas para mitigar potencial interferência da Biotina nos laboratórios

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DIGITAL<br />

O poder da<br />

vitamina B12<br />

Segundo nutrólogo, tanto onívoros quanto vegetarianos<br />

apresentam deficiência de B12. Exames para dosar a vitamina<br />

no sangue estão sujeitos a erros de interpretação<br />

Por Madson de Moraes<br />

Shutterstock<br />

A vitamina B12 é um assunto recorrente<br />

entre os adeptos da alimentação vegetariana,<br />

cuja dieta não inclui sua ingestão. Além<br />

das carnes, outras fontes seguras de vitamina<br />

B12 são o leite, queijos e ovos.<br />

Nutricionalmente falando, uma pessoa que<br />

tenha baixa ou nenhuma ingestão de B12<br />

está mais propensa à deficiência. Mas se<br />

engana quem imagina que apenas veganos<br />

e vegetarianos sejam os grupos em risco<br />

de sofrer dessa deficiência: pessoas que<br />

ingerem carne, idosos e indivíduos com<br />

desequilíbrios gastrointestinais, por exemplo,<br />

também podem estar sujeitos.<br />

“Esse é um grande erro que cometemos<br />

em relação à B12. Fiz uma revisão bibliográfica<br />

recente sobre a prevalência de deficiência<br />

dessa vitamina no Brasil e os dados<br />

mostram que mais de 50% das pessoas<br />

que comem carne têm deficiência. E, se<br />

formos avaliar os estudos com a população<br />

da América Latina que come carne, vamos<br />

ver que 40% dessa população tem níveis<br />

de B12 muito baixo – abaixo de 200 mcg/<br />

dia. Isso revela que a B12 não depende só<br />

do quanto nós ingerimos desses produtos<br />

animais; ela depende também do nosso<br />

metabolismo e de alguns fatores corporais<br />

que podem ‘bagunçar’ a absorção da B12”,<br />

explica o médico nutrólogo e mestre em<br />

Nutrição pela Unifesp/EPM, Eric Slywitch.<br />

A vitamina B12, quando deficiente, mexe em<br />

basicamente dois sistemas do corpo: no nervoso<br />

e no hematológico. Os sintomas neurológicos<br />

são mais precoces e comuns, se<br />

manifestando, em estados iniciais de deficiência<br />

da vitamina, com redução da concentração,<br />

memória e atenção e até mesmo formigamento<br />

em membros inferiores quando a<br />

pessoa cruza as pernas. “São queixas<br />

comuns quando a B12 começa a ficar mais<br />

baixa no organismo”, relata Slywitch.<br />

Quando essa deficiência vai se acentuando,<br />

outras alterações surgem - entre elas,<br />

irritabilidade, comprometimento da memória,<br />

agitação e uma chance de desenvolver<br />

quadros psiquiátricos, como depressão.<br />

“Sabemos que a vitamina vai muito para a<br />

parte cognitiva, todas as atividades que<br />

dependem de concentração, memória e<br />

cognição tendem a envolver uma demanda<br />

maior de vitamina B12. Como nosso transporte<br />

de oxigênio é prioridade do corpo, as<br />

manifestações hematológicas da B12 acontecem<br />

mais tardiamente”, explica o nutrólogo.<br />

Em estados mais avançados da deficiência,<br />

uma anemia por falta de B12 apresenta<br />

uma característica específica, que é<br />

o fato de a célula vermelha ficar grande, a<br />

chamada anemia megaloblástica.<br />

Outra condição comum na falta da B12 é o<br />

aumento de uma substância no sangue<br />

chamada homocisteína, um fator potente<br />

de risco cardiovascular, doença de<br />

Alzheimer e má-formação fetal. Além disso,<br />

grandes quantidades de ácido fólico<br />

<strong>Roche</strong> <strong>News</strong> | Fevereiro / Março 2018<br />

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