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AMOR+DE+VERANEIO

Uma história de amor envolvendo um adolescente inexperiente e uma adolescente já bastante experiente em relacionamentos no ano de 2001. O cenário é um antigo colégio em um bairro de subúrbio de Belo Horizonte, chamado Padre Matias. Os acontecimentos saem do controle e o que era apenas um caso de amor passa a ter envolvimento com crimes e drogas.

Uma história de amor envolvendo um adolescente inexperiente e uma adolescente já bastante experiente em relacionamentos no ano de 2001. O cenário é um antigo colégio em um bairro de subúrbio de Belo Horizonte, chamado Padre Matias. Os acontecimentos saem do controle e o que era apenas um caso de amor passa a ter envolvimento com crimes e drogas.

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Belo Horizonte, dezenove de dezembro de 2001.<br />

Pracinha do bairro.<br />

Vinte horas e seis minutos.<br />

- Demorei tchu-tchuco?<br />

- Demais!<br />

- Desculpa? Perdoe? Não faço mais!<br />

- Dessa vez não aceito.<br />

- Dá uma chance pra eu hein tchu-tchuquinho, maravilhoso?!<br />

- Acho que não...<br />

- Mostra a língua pra mim então e diz que ta de mal.<br />

- Ah, é? Então eu to de mal e...<br />

É no beijo que despejamos as nossas emoções apaixonadas que vem<br />

do coração!<br />

Atos de afeto são sempre interessantes e importantes para o<br />

fortalecimento de uma união.<br />

Ruan se deixava levar pelo seu relacionamento com a Mary, e<br />

quando vinha aqui em casa pedir pra que eu escrevesse alguma coisa,<br />

colocávamos a conversa em dia e ele me contava. Ele realmente estava<br />

gostando daquela garota!<br />

- Nossa tchu-tchuco! Que beijo gostoso!<br />

- Estou com saudade do nosso sarro gostoso...<br />

- A gente não pode.<br />

- Por que?<br />

- Eu estou com um probleminha de saúde. Sexta-feira vou ao<br />

médico.<br />

- Sexta-feira? Que horas?<br />

- Na parte da tarde. Por isso acho que não vai dar pra gente se ver.<br />

- Nossa! De novo? Parece que você faz isso de sacanagem. Não tem<br />

uma sexta-feira que a gente se encontra. No domingo você já não sai de<br />

casa...daqui a pouco vai arrumar uma desculpa pro sábado também.<br />

- Calma tchu-tchuco, é que estou com um pequeno probleminha.<br />

Preciso ir no médico pra ver o que é.<br />

A noite prosseguiu com extrema calmaria aparente. Ruan e Mary<br />

conversaram bastante naquele banco de praça onde sempre se encontravam.<br />

Embora já tenham estabelecido um diálogo forte, um não sabe muito<br />

sobre o outro, onde pelo que Ruan me contou a Mary nunca perguntava<br />

muito sobre ele, sobre a família dele. Mary também evitava falar de si<br />

mesma.<br />

Era isso uma grande ameaça ao relacionamento dos dois.<br />

- Me responde uma coisa Mary?<br />

- Sim, o quê?<br />

- Sempre que passa alguém pela rua, ou você tenta se esconder me<br />

abraçando ou fica observando a pessoa que passa, por que?<br />

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