AMOR+DE+VERANEIO
Uma história de amor envolvendo um adolescente inexperiente e uma adolescente já bastante experiente em relacionamentos no ano de 2001. O cenário é um antigo colégio em um bairro de subúrbio de Belo Horizonte, chamado Padre Matias. Os acontecimentos saem do controle e o que era apenas um caso de amor passa a ter envolvimento com crimes e drogas.
Uma história de amor envolvendo um adolescente inexperiente e uma adolescente já bastante experiente em relacionamentos no ano de 2001. O cenário é um antigo colégio em um bairro de subúrbio de Belo Horizonte, chamado Padre Matias. Os acontecimentos saem do controle e o que era apenas um caso de amor passa a ter envolvimento com crimes e drogas.
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
- Não. Se eu estivesse não teria te beijado, e se eu gosto de você,<br />
como eu ia namorar outro cara?<br />
- Talvez você gostasse mais se fosse um outro, mais velho e...<br />
- De novo essa história? Eu já disse que eu não quero ficar com uma<br />
pessoa mais velha, só com você.<br />
- Não recuperei minha auto-estima.<br />
- Vamos tentar juntos.<br />
- Melhor sermos apenas amigos não? Não quero te decepcionar nem<br />
me decepcionar de novo.<br />
- Mesmo sabendo que eu gosto de você?!<br />
- Sim...porque eu também gosto de você!<br />
- Mas então...<br />
- Sendo seu amigo não vou sofrer tanto quando você se apaixonar<br />
por outro.<br />
- Não vou.<br />
- Um alguém de quem você goste e desperte seus desejos, o que eu<br />
tento inutilmente...<br />
- Você que pensa.<br />
- Você nunca demonstra nada.<br />
- É o meu jeito de ser. Eu sou um pouco tonta mesmo.<br />
- Não precisa se culpar por nada. Se você não me ama do jeito que<br />
eu espero, talvez a culpa seja mesmo minha.<br />
- Mas eu sinto!<br />
- Tudo bem, pode dizer. Afinal hoje é o dia da mentira.<br />
- Amanhã eu vou repetir a mesma coisa, até você acreditar.<br />
Então uma voz patética vinda lá do corredor do segundo andar<br />
assassina o diálogo:<br />
- Eh, Mary...mal terminou comigo e já está com outro né?<br />
- Deixa de ser chato sô!<br />
- Quem é ele?<br />
- Só um amigo meu, lá do meu bairro.<br />
- Vou descobrir.<br />
- Calma Ruan, volta aqui!<br />
Como animal enfurecido Ruan subiu a escada e deparou com o<br />
rapaz...<br />
- Ei você aí...você tem alguma coisa com a Mary?<br />
- Não. Nós somos apenas amigos e...<br />
Era tarde, agora já tinha sido. Ruan acertou um soco no rapaz, nem<br />
deu pra eu ver daqui da sala...acho que a Mary também não viu, mas<br />
espere, o quê...só um instante, o Ruan está armado e mostrou a arma pro<br />
rapaz.<br />
Ruan, pára com isso, guarda esse revolver!<br />
- Vitor, me deixa. Esse cara falou merda e eu to resolvendo.<br />
91