AMOR+DE+VERANEIO
Uma história de amor envolvendo um adolescente inexperiente e uma adolescente já bastante experiente em relacionamentos no ano de 2001. O cenário é um antigo colégio em um bairro de subúrbio de Belo Horizonte, chamado Padre Matias. Os acontecimentos saem do controle e o que era apenas um caso de amor passa a ter envolvimento com crimes e drogas.
Uma história de amor envolvendo um adolescente inexperiente e uma adolescente já bastante experiente em relacionamentos no ano de 2001. O cenário é um antigo colégio em um bairro de subúrbio de Belo Horizonte, chamado Padre Matias. Os acontecimentos saem do controle e o que era apenas um caso de amor passa a ter envolvimento com crimes e drogas.
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Depois que entrou dormiu completamente, como se estivesse<br />
embriagado. O seu corpo foi desligado por causa do que os homens no<br />
carro preto falaram.<br />
Ruan tinha muitos problemas porém num acaso do destino todos os<br />
problemas se juntaram em um só e foram ter com ele praticamente no<br />
mesmo dia: primeiro uma tentativa de reconciliar com Mary, até deixou o<br />
caderno com ela, mas no fim da aula ela foi embora pelo portão de trás da<br />
escola; Ruan ligou na casa dela e um ar de mentira ficou no ar quando sua<br />
irmã Tamires disse que a Mary já estava dormindo; então quando chega em<br />
casa o carro preto misterioso aparece e Ruan não teve tempo nem de pegar<br />
o revólver; por fim quando menos se espera, em vez dos homens<br />
misteriosos chegarem aterrorizando, simplesmente dão golpe maior que um<br />
tiro e revelam que a Mary estava com o Wanderley, ou que pelo menos foi<br />
vista com ele.<br />
A noite passa, e logo pela manhã Ruan liga de novo pra casa de<br />
Mary.<br />
- Alô?<br />
- Quem fala?<br />
- Sou eu tchu-tchuco.<br />
- Por que fez isso?<br />
- Isso o quê?<br />
- Me deixou lá no colégio te esperando.<br />
- Você ficou lá? Mas sua sala não saiu cedo?<br />
- Como é que você sabe?<br />
- É que eu saí pelo portão de baixo, rapidinho, com uma amiga e não<br />
vi ninguém lá na sua sala quando a gente estava subindo a rua.<br />
- Mentira! Você passou por lá pra me evitar.<br />
- Não tchu-tchuco.<br />
- Ta com meu caderno?<br />
- Sim. Eu ia escrever nele agora, tinha até desenhado um coração.<br />
- Precisa escrever nada não. To indo aí pegar de volta.<br />
- Ruan, espera.<br />
Então ele desliga o telefone e saiu na rua com sua bicicleta, cortando<br />
a brisa da manhã e despejando sobre as casas.<br />
Pelo asfalto deserto atingiu uma boa velocidade e em poucos<br />
minutos já estava na rua da casa dela, lá na Limeira.<br />
Mary lhe devolveu o caderno e ele não falou nada, apenas pegou o<br />
caderno e foi embora com raiva.<br />
Ruan acredita que Mary possa ter se encontrado com o Wanderley<br />
ontem e que por esse motivo saiu pelo outro portão, talvez para depois<br />
inventar algum tipo de desculpa que saiu mais cedo...bom, são muitas as<br />
suposições que rondam a cabeça de Ruan.<br />
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