L+D 75

Ed Reeve
Ed Reeve
Dan Tobin Smith
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Andy Stagg
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4
¿QUÉ PASA?
LONDON DESIGN FESTIVAL 2019
O London Design Festival chegou à sua 17ª edição,
realizada na capital inglesa entre os dias 14 e 22 de setembro.
Criado com o objetivo de unir e exaltar a comunidade global
de designers, artistas, arquitetos e demais membros da
indústria criativa, o festival anual também busca promover
e justificar a fama londrina de “capital mundial do design”.
Os mais de 600 mil visitantes, que conferiram os cerca de
400 eventos, exposições e instalações distribuídos pela cidade
durante o festival, contribuem para a reafirmação desse título.
Colaborando com o festival há 11 anos, o Victoria &
Albert Museum – um dos mais importantes museus de arte
e design do mundo – tornou-se o núcleo do evento e viu suas
salas transformadas pelas obras e pelas instalações de arte,
desenvolvidas exclusivamente para a ocasião. Foi o caso de
“Avalanche” 1 , criada pelo designer canadense Matthew
McCormick, uma experiência imersiva na qual pequenos
grupos adentravam um espaço de aspecto labiríntico, formado
por superfícies de baixa luminosidade mescladas a outras
com acabamentos escuros ou refletivos. O objetivo do artista
foi provocar nos visitantes as sensações de isolamento e de
incerteza, em que instintivamente se busca a rota mais segura,
como uma metáfora das escolhas pessoais e individuais feitas
por cada um com relação às mudanças climáticas. Ainda no
museu, outro destaque foi a obra “Affinity in Autonomy” 2 ,
patrocinada pela Sony Design, composta de dois pêndulos
robóticos interativos que detectavam a presença humana e
a traduziam por meio de movimentos cinéticos autônomos,
em busca de respostas físicas e emocionais dos visitantes.
Alguns artistas foram convidados pelo festival para
desenvolver obras especialmente para a edição de 2019.
O designer britânico Dan Tobin Smith apresentou a
instalação multissensorial “Void” 3 , realizada em parceria
com o estúdio criativo The Experience Machine e com a
empresa de recursos naturais Gemfields. A experiência
imersiva composta de projeções e sons demonstrou o
raro processo geológico da formação de pedras preciosas.
Também a convite do festival, a veterana Liz West, expôs
a obra “Iri-Descent” 4 , formada por 150 cubos vazados,
revestidos por dois tipos de filme dicroico altamente
refletivos, com tonalidades quentes e frias. Suspensa sobre
o átrio da loja de departamentos de luxo Fortnum & Mason,
a instalação refletia as luzes do ambiente e transmitia as
cores complementares de seus espectros. Com a obra, a
artista buscava transformar o espaço e provocar diferentes
sensações nos visitantes, evocando suas próprias relações
com a cor e a luz. (D.T.)
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