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Edição: novembro | dezembro de 2019

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Imagens: Chris Fraser<br />

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3<br />

¿QUÉ PASA?<br />

CHÃO DE ESTRELAS<br />

A afirmação do gênio da física Galileu de que a Terra<br />

girava em torno do Sol – o que o levou até mesmo à prisão<br />

domiciliar – gerou revolta entre teólogos e religiosos durante<br />

o período da Renascença na Europa, mas também trouxe<br />

incerteza acerca da contagem do tempo. Essa insegurança<br />

os levou à transformação de catedrais e de outros redutos<br />

sagrados em grandes observatórios solares, por meio<br />

da abertura de orifícios que os ajudassem a entender a<br />

passagem do tempo por meio da projeção da luz do sol no<br />

interior do espaço.<br />

Essa prática, que levou à descoberta da câmara obscura<br />

e resultou no presente formato secular do calendário usado<br />

hoje, foi a inspiração do artista norte-americano Chris Fraser<br />

para a criação de sua mais nova instalação: Asterisms.<br />

O artista executou mais de 10 mil perfurações circulares na<br />

cobertura de um armazém abandonado, localizado na cidade<br />

de Bozeman, em Montana, Estados Unidos, transformando-o<br />

em uma câmara obscura gigante e múltipla. No interior do<br />

espaço, os visitantes assistem à movimentação do Sol por<br />

meio das projeções da luz natural que recobrem o piso, as<br />

paredes e até eles mesmos. Os padrões resultantes são<br />

totalmente fluidos e mudam no decorrer do dia, criando um<br />

verdadeiro mapeamento do movimento do Sol na cidade. As<br />

imagens foram registradas desde dois pontos de vista fixos,<br />

em diferentes horários, como por exemplo às 07:30:00 1 , às<br />

09:13:15 2 e às 14:07:15 3 .<br />

“As projeções se assemelham a um mapa de estrelas.<br />

No entanto, em vez de olhar para cima, para o céu noturno,<br />

os visitantes olham para baixo, para a imagem de uma única<br />

estrela, o nosso Sol, repetida milhares de vezes. Este projeto<br />

cria um espaço para exploração e contemplação silenciosa,<br />

oferecendo aos visitantes uma experiência de tempo que não<br />

é marcada por números, mas sim por uma vivência espacial”,<br />

declara Fraser. (D.T.)<br />

CAFÉ PORTOBELLO<br />

Local: São Paulo<br />

Projeto de arquitetura e iluminação: Denise Barretto<br />

Produto Fornecido: Perfil Fit Mundi Tókio<br />

44 45<br />

www.lemca.com.br

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