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entrevista<br />
profissional em Santa Maria, no<br />
Serviço de Ambiente, similar<br />
ao atual programa Estagiar.<br />
Depois, ingressei no quadro da<br />
Direção Regional do Ambiente,<br />
na Horta e após 3 anos, quando<br />
abriu concurso para Santa<br />
Maria, concorri e aqui fiquei,<br />
no Serviço de Ambiente.<br />
Sempre foi meu objetivo<br />
regressar à minha ilha e tentar<br />
dar o meu contributo para o<br />
desenvolvimento da terra que<br />
me viu nascer. Desempenhei<br />
entre 2005 e 2008 funções<br />
de chefia nesse Serviço, num<br />
período muito trabalhoso, mas<br />
extremamente desafiante ao<br />
nível da qualidade ambiental,<br />
conservação da natureza e<br />
ordenamento do território.<br />
Nesse período, fruto da política<br />
ambiental implementada, foi<br />
possível fazer-se crescer o<br />
serviço, com novas valências e<br />
áreas de atividade, com ganhos<br />
efetivos em termos ambientais.<br />
Enquanto deputada da<br />
bancada socialista, ocupa<br />
um regime de exclusividade<br />
em relação a essa atividade?<br />
Se não, que outras funções<br />
desempenha para além das já<br />
mencionadas?<br />
Desempenho funções em<br />
regime de exclusividade desde<br />
o meu primeiro mandato, por<br />
uma questão de opção.<br />
Enquanto Presidente da<br />
Comissão Permanente de<br />
Economia, qual considera<br />
ser a sua responsabilidade ao<br />
ocupar este cargo?<br />
A Comissão de Economia<br />
trabalha matérias muito<br />
importantes para o<br />
desenvolvimento da Região,<br />
como a agricultura e as pescas,<br />
as acessibilidades marítimas,<br />
aéreas e terrestres, o turismo,<br />
a energia, as finanças, entre<br />
outras. Encaro, por isso,<br />
a função de Presidente da<br />
Comissão de Economia com<br />
grande responsabilidade e<br />
respeito por todos os deputados<br />
que integram a Comissão.<br />
O objetivo das comissões<br />
é promover o debate e o<br />
esclarecimento das matérias<br />
em análise e faço por gerir<br />
os trabalhos de forma a<br />
permitir que todos se sintam<br />
esclarecidos. Julgo importante<br />
realçar a importância de,<br />
nesta Comissão, termos tido<br />
cada vez mais iniciativas<br />
apresentadas pela sociedade<br />
civil, nomeadamente através<br />
das petições públicas. Merece<br />
também destaque o trabalho<br />
realizado na comissão, onde<br />
ouvimos representantes de<br />
entidades, especialistas e o<br />
chamado cidadão comum.<br />
No plenário de outubro,<br />
na discussão do Plano e<br />
Orçamento para 2020, dizia<br />
que “falar de sustentabilidade<br />
é falar de futuro”. Considera<br />
que os Açores têm dado os<br />
passos certos no rumo à<br />
sustentabilidade ambiental?<br />
A sustentabilidade assenta<br />
em 3 pilares fundamentais:<br />
as questões sociais, as<br />
económicas e as ambientais.<br />
Não é possível dissociá-las;<br />
é necessário, sim, articulálas<br />
e geri-las, desenvolvendo<br />
políticas que coloquem as<br />
pessoas no centro da aplicação<br />
de políticas - para que ninguém<br />
fique para trás - dando aos<br />
fatores ambientais um carácter<br />
aglutinador onde todas as outras<br />
atividades se desenvolvem.<br />
E isso tem sido conseguido,<br />
apesar de ser um trabalho<br />
que nunca não terminará,<br />
porque existirão sempre novos<br />
desafios a superar. A Região foi<br />
distinguida recentemente como<br />
Destino Turístico Sustentável,<br />
que é muito difícil de conquistar<br />
atendendo aos critérios que<br />
tem que ser respeitados para<br />
se atingir esse objetivo; temos<br />
merecido ao longo dos anos um<br />
conjunto significativo de outros<br />
galardões e distinções que, em<br />
meu entender, permitem-nos<br />
afirmar que estamos no rumo<br />
certo e que é desta forma que<br />
atingiremos os padrões de<br />
sustentabilidade que permitirão<br />
aos açorianos e às próximas<br />
gerações terem uma melhor<br />
qualidade de vida.<br />
Durante o seu percurso e até<br />
ao presente, qual momento<br />
destacaria enquanto deputada<br />
pelo PS/Açores na ALRAA?<br />
Em termos parlamentares, o<br />
veto do então Presidente da<br />
República Cavaco Silva à<br />
revisão do Estatuto Político-<br />
Administrativo da Região<br />
Autónoma dos Açores, que<br />
forçou uma nova votação por<br />
parte do Parlamento Regional, é<br />
sem dúvida um dos momentos<br />
mais marcantes que destaco,<br />
pois permitiu o reforço da nossa<br />
Autonomia face a visões mais<br />
centralistas que ainda existem.<br />
Inevitável, destacar, como<br />
aspeto negativo, a perda de dois<br />
colegas e amigos deputados,<br />
o André Bradford e o Paulo<br />
Parece, situação que me fez<br />
refletir sobre a necessidade<br />
de se viver mais o presente,<br />
<strong>NO</strong>JAN20 27