14.01.2020 Views

NO Revista Janeiro 2019

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

editorial<br />

O Ciclo<br />

Passado o ano de <strong>2019</strong> e entrados<br />

em 2020, costuma ser tempo<br />

de fazer balanços e projetar<br />

conjunturas.<br />

Elencar um conjunto de destaques<br />

positivos na Região Autónoma dos<br />

Açores em <strong>2019</strong> será uma tarefa<br />

muito difícil ou mesmo impossível.<br />

Elencar o negativo será, também,<br />

uma tarefa muito difícil numa<br />

revista com 60 páginas.<br />

Posto isto, nada melhor que<br />

enveredar por uma análise<br />

sintetizada daquilo que foi <strong>2019</strong> e<br />

daquilo que se espera de 2020.<br />

O ano de <strong>2019</strong> ficou marcado por<br />

uma perda insubstituível na política<br />

Regional com o falecimento do<br />

Eurodeputado André Bradford.<br />

Todas as palavras serão escassas<br />

para o descrever e homenagear,<br />

permanecendo o incomodativo<br />

vazio que se torna evidente.<br />

No quadro da ação política, podese<br />

destacar o novo ciclo do PSD/A<br />

que, em 8 anos, conhece o seu<br />

quarto presidente. José Bolieiro<br />

reuniu consensos e prepara-se para<br />

começar um novo ciclo interno e<br />

quebrar o ciclo externo, o socialista.<br />

A inércia ou compaixão do<br />

Governo Socialista manteve-se<br />

igual a si mesmo, está tudo bem<br />

e recomenda-se para o interior.<br />

Com tantos problemas na região<br />

e secretários regionais a mostrar<br />

desgaste e incapacidade, Vasco<br />

Cordeiro não mexe no Governo para<br />

dar a entender uma cumplicidade<br />

de união. Está órfã de razão. Em<br />

termos desportivos, equipa que<br />

vence não se mexe, entendimento<br />

análogo encontrado por Vasco<br />

Cordeiro na versão que em equipa<br />

que perde não se mexe.<br />

O outro episódio político que<br />

merece destaque é a epidemia de<br />

interesses dentro do CDS/A.<br />

Não se percebe que um partido<br />

como o CDS/A entre neste ciclo<br />

conturbado, ao invés de aproveitar o<br />

desgaste de uma direita moribunda<br />

nos Açores e retirar dividendos<br />

significativos. O timing para os<br />

democratas cristãos inquietos é<br />

como uma cenoura sedutora.<br />

Por muito que Artur Lima seja<br />

indesejado por fações nostálgicas<br />

dentro do partido, na verdade<br />

ele tem conseguido resultados<br />

eleitorais que desmontam qualquer<br />

armadilha ancorada em falsos ideais<br />

e silvestres arrufos.<br />

O Bloco de Esquerda, sem rumo<br />

depois da saída de Zuraida Soares,<br />

remeteu-se ao papel de presenças<br />

e manifestações altruístas em<br />

qualquer dobrar de esquina.<br />

João Paulo Corvelo revela um<br />

espírito de despedida, mantendo os<br />

níveis de subsistência.<br />

O PPM, resiliente, mantém o seu<br />

rumo, tendo sido muitas vezes<br />

a bengala do PSD/A, apesar de<br />

apresentar mais trabalho que os<br />

próprios. O ataque cerrado ao PS<br />

do deputado Paulo Estêvão tem-no<br />

mantido na agenda política.<br />

Para 2020, ano de eleições, iremos<br />

ter um combate na esfera da<br />

manutenção, embora se descortine<br />

uma maior pulverização no<br />

hemiciclo do parlamento regional. A<br />

democracia e o populismo são isso<br />

mesmo.<br />

Os socialistas temem a perda<br />

da maioria absoluta por via da<br />

legislação eleitoral que abriu o<br />

círculo de compensação, o que<br />

irá permitir aos partidos recentes<br />

poderem eleger deputados por<br />

esse círculo, reduzindo assim a<br />

amplitude socialista. Por outro<br />

lado, José Manuel Bolieiro irá<br />

tentar, pelo círculo de São Miguel,<br />

quebrar o ciclo dos sete deputados,<br />

reduzindo assim a possibilidade de<br />

uma maioria absoluta para Vasco<br />

Cordeiro.<br />

Com o desgaste socialista e os<br />

problemas que a região enfrenta,<br />

Vasco Cordeiro perdeu o timing<br />

para a preparação da pré-campanha,<br />

pois teria dado sinais diferentes<br />

se a mesma tivesse começado em<br />

setembro com a renovação do<br />

governo. O tempo escassa e as<br />

eleições estão a poucos meses de<br />

distância.<br />

RUI SIMAS<br />

DIRETOR<br />

Ficha Técnica:<br />

ISSN 2183-4768<br />

Proprietário Associação Agenda de Novidades<br />

NIF 510570356<br />

Sede de Redação Rua da Misericórdia, 42, 2º Andar,<br />

9500-093 Ponta Delgada<br />

Sede do Editor Rua da Misericórdia, 42, 2º Andar,<br />

9500-093 Ponta Delgada<br />

Diretor/Editor Rui Manuel Ávila de Simas CP3325A<br />

Subdiretor João Rocha CP 2926<br />

Redação Rui Santos TPE-288 A, Claúdia Carvalho<br />

TPE-288 A, diogo costa TPE-298-A<br />

Revisão ana sofia massa<br />

Paginação leonor manaças<br />

Captação e Edição de Imagem Rodrigo Raposo,<br />

RAQUEL AMARAL<br />

Departamento de Marketing e Comunicação CILA<br />

CIMAS, Leonor Manaças<br />

marketing digital raquel amaral<br />

MULTIMÉDIA RODRIGO RAPOSO<br />

informática joão botelho<br />

Relações Públicas Cila Simas<br />

Nº Registo ERC 126 641<br />

Colaboradores antónio ventura, João Castro,<br />

ricardo silva<br />

Contactos marketing@agendadenovidADES.COM<br />

Estatuto Editorial:<br />

A <strong>NO</strong> é uma revista de âmbito regional (não ficando<br />

excluídos os países de língua portuguesa e<br />

comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo).<br />

A <strong>NO</strong> disponibiliza informação independente e<br />

pluralista relacionada com a política, cultura<br />

e sociedade num contexto regional, Nacional e<br />

Internacional.<br />

A <strong>NO</strong> é uma revista autónoma, sem qualquer<br />

dependência de natureza política, ideológica<br />

e económica, orientada por critérios de rigor,<br />

isenção, transparência e honestidade.<br />

A <strong>NO</strong> é produzida por uma equipa que se compromete<br />

a respeitar os direitos e deveres previstos na<br />

Constituição da República Portuguesa; na Lei de<br />

Imprensa e no Código Deontológico dos Jornalistas.<br />

A <strong>NO</strong> visa combater a iliteracia, incentivar o gosto<br />

pela leitura e pela escrita, mas acima de tudo,<br />

promover a cidadania e o conhecimento.<br />

A <strong>NO</strong> rege-se pelo cumprimento rigoroso das<br />

normas éticas e deontológicas do jornalismo e<br />

pelos princípios de independência e pluralismo.<br />

04 <strong>NO</strong>JAN20

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!