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Revista Newslab Ed 158

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MINUTO LABORATÓRIO<br />

Autismo e Atendimento Laboratorial.<br />

A Arte de Atender Bem.<br />

Por Fábia Bezerra<br />

Fábia Bezerra *<br />

Fábia Bezerra, Biomédica, com mais de 20 anos na<br />

área Laboratorial. Consultora e Auditora na Empresa<br />

Suzimara & Sarahyba Consultoria.<br />

E-mail: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />

Como atender bem estes clientes tão exclusivos?<br />

Antes de falarmos sobre a melhor abordagem<br />

para o atendimento de clientes autistas, vamos<br />

entender sobre estes pacientes tão especiais?<br />

Autismo é uma alteração cerebral que afeta a<br />

capacidade de comunicação em níveis variados.<br />

Ainda não se sabe claramente os fatores<br />

que levam as crianças a desenvolver o transtorno<br />

do Espectro Autista. Entre as possíveis<br />

causas, encontramos anormalidades cromossômicas,<br />

fatores ambientais, alterações bioquímicas,<br />

deficiência e anormalidade cognitiva<br />

de causa genética e hereditária.<br />

Dentre os níveis de Autismo, encontramos os<br />

chamados Asperger, que possuem inteligência<br />

até acima da média e fala Íntegras, porém, se<br />

sentem muito desconfortáveis com contatos<br />

físicos e estabelecimento de relações. Existem<br />

também graus mais severos de Autismo onde<br />

os indivíduos apresentam atraso ou falta de<br />

linguagem verbal, possuem comportamentos<br />

inflexíveis, alto nível de estresse e resistência<br />

para mudar de foco ou atividade, apresentam<br />

também uma enorme limitação em iniciar<br />

uma interação com desconhecidos e quase<br />

nunca respondem às tentativas de interação<br />

dos outros. Em alguns casos, somam-se ainda<br />

seus maneirismos – que são comportamentos<br />

motores repetitivos como agitar ou torcer as<br />

mãos, por exemplo.<br />

Não é um diagnóstico fácil, portanto, as dificuldades<br />

da criança na escola, por exemplo,<br />

pode ser que não seja uma simples preguiça<br />

de estudar, mas um pedido inconsciente de<br />

ajuda.<br />

E como devemos atender a estes pacientes<br />

hipersensíveis?<br />

Em primeiro lugar, conversar com seus acompanhantes,<br />

a fim de identificar a melhor abordagem<br />

para atender o cliente. O ideal é fazer o<br />

atendimento em algum ambiente calmo, sem<br />

barulho, despertar o interesse para assuntos<br />

que lhe agradem e por fim, localizar a veia e<br />

preparar os materiais de coleta. Mantenha um<br />

contato amigável e jamais dispense a ajuda de<br />

quem o acompanha.<br />

“Ao falar com o paciente, procure modular sua<br />

voz, fazendo entonações que o ajude a identificar<br />

emoções. Gesticule de maneira a mostrar<br />

que você tem interesse em entendê-la. Use<br />

palavras simples e curtas, expresse-se usando<br />

os olhos, boca, nariz e corpo. Tenha paciência.<br />

Dê um tempo para que ela possa processar as<br />

informações”.<br />

Em caso de precisar imobilizá-la para coleta,<br />

não mude seu tom de voz, peça ajuda de<br />

quem o acompanha. Sabemos o quanto podem<br />

ser fortes e resistentes, desafiando nossas<br />

manobras de atendimento acolhedor, então, a<br />

dica preciosa é: identifique onde será a feita<br />

a punção antes da necessidade de imobilizar.<br />

Desta forma, o estresse será mínimo para o<br />

cliente, para o acompanhante e para quem faz<br />

a coleta.<br />

Mesmo após o atendimento, se puder, demonstre<br />

que você se importa com a presença<br />

dele e seja o mais simpático possível.<br />

Bibliografia:<br />

http://cotidiano.sites.ufsc.br/abril-e-o-mes-de-conscientizacao-<br />

-do-autismo/<br />

https://carlaulliane.com/2016/os-3-graus-do-autismo/<br />

https://apaebh.org.br<br />

http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/artigo650.shtml<br />

https://www.semprefamilia.com.br/como-agir-com-uma-<br />

-crianca-autista<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2020

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