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MINUTO LABORATÓRIO<br />
Autismo e Atendimento Laboratorial.<br />
A Arte de Atender Bem.<br />
Por Fábia Bezerra<br />
Fábia Bezerra *<br />
Fábia Bezerra, Biomédica, com mais de 20 anos na<br />
área Laboratorial. Consultora e Auditora na Empresa<br />
Suzimara & Sarahyba Consultoria.<br />
E-mail: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />
Como atender bem estes clientes tão exclusivos?<br />
Antes de falarmos sobre a melhor abordagem<br />
para o atendimento de clientes autistas, vamos<br />
entender sobre estes pacientes tão especiais?<br />
Autismo é uma alteração cerebral que afeta a<br />
capacidade de comunicação em níveis variados.<br />
Ainda não se sabe claramente os fatores<br />
que levam as crianças a desenvolver o transtorno<br />
do Espectro Autista. Entre as possíveis<br />
causas, encontramos anormalidades cromossômicas,<br />
fatores ambientais, alterações bioquímicas,<br />
deficiência e anormalidade cognitiva<br />
de causa genética e hereditária.<br />
Dentre os níveis de Autismo, encontramos os<br />
chamados Asperger, que possuem inteligência<br />
até acima da média e fala Íntegras, porém, se<br />
sentem muito desconfortáveis com contatos<br />
físicos e estabelecimento de relações. Existem<br />
também graus mais severos de Autismo onde<br />
os indivíduos apresentam atraso ou falta de<br />
linguagem verbal, possuem comportamentos<br />
inflexíveis, alto nível de estresse e resistência<br />
para mudar de foco ou atividade, apresentam<br />
também uma enorme limitação em iniciar<br />
uma interação com desconhecidos e quase<br />
nunca respondem às tentativas de interação<br />
dos outros. Em alguns casos, somam-se ainda<br />
seus maneirismos – que são comportamentos<br />
motores repetitivos como agitar ou torcer as<br />
mãos, por exemplo.<br />
Não é um diagnóstico fácil, portanto, as dificuldades<br />
da criança na escola, por exemplo,<br />
pode ser que não seja uma simples preguiça<br />
de estudar, mas um pedido inconsciente de<br />
ajuda.<br />
E como devemos atender a estes pacientes<br />
hipersensíveis?<br />
Em primeiro lugar, conversar com seus acompanhantes,<br />
a fim de identificar a melhor abordagem<br />
para atender o cliente. O ideal é fazer o<br />
atendimento em algum ambiente calmo, sem<br />
barulho, despertar o interesse para assuntos<br />
que lhe agradem e por fim, localizar a veia e<br />
preparar os materiais de coleta. Mantenha um<br />
contato amigável e jamais dispense a ajuda de<br />
quem o acompanha.<br />
“Ao falar com o paciente, procure modular sua<br />
voz, fazendo entonações que o ajude a identificar<br />
emoções. Gesticule de maneira a mostrar<br />
que você tem interesse em entendê-la. Use<br />
palavras simples e curtas, expresse-se usando<br />
os olhos, boca, nariz e corpo. Tenha paciência.<br />
Dê um tempo para que ela possa processar as<br />
informações”.<br />
Em caso de precisar imobilizá-la para coleta,<br />
não mude seu tom de voz, peça ajuda de<br />
quem o acompanha. Sabemos o quanto podem<br />
ser fortes e resistentes, desafiando nossas<br />
manobras de atendimento acolhedor, então, a<br />
dica preciosa é: identifique onde será a feita<br />
a punção antes da necessidade de imobilizar.<br />
Desta forma, o estresse será mínimo para o<br />
cliente, para o acompanhante e para quem faz<br />
a coleta.<br />
Mesmo após o atendimento, se puder, demonstre<br />
que você se importa com a presença<br />
dele e seja o mais simpático possível.<br />
Bibliografia:<br />
http://cotidiano.sites.ufsc.br/abril-e-o-mes-de-conscientizacao-<br />
-do-autismo/<br />
https://carlaulliane.com/2016/os-3-graus-do-autismo/<br />
https://apaebh.org.br<br />
http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/artigo650.shtml<br />
https://www.semprefamilia.com.br/como-agir-com-uma-<br />
-crianca-autista<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2020