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Os 2500 kms da costa moçambicana são novamente uma via de integração económica. A convergência para um mercado doméstico integrado permitirá uma redução das assimetrias existentes e tornar o país mais eficiente, levando produtos nacionais a mais consumidores nacionais, reduzindo assim a dependência das importações e fomentando a coesão nacional. E poderá, e deverá até, criar novos negócios. Potenciar o desenvolvimento de uma rede de transportes capilar, trará um desenvolvimento mais generalizado e mais inclusivo. E este processo inicia-se com o arranque do projecto de cabotagem. Nesta edição tratamos também, entre outros temas, da inovação em África. A inovação não é mais que a imaginação e a inteligência aplicadas ao serviço do homem. O continente já provou a sua capacidade para inovar de raiz, mas também para criar novas utilizações para as tecnologias já generalizadas, como o telemóvel, com benefícios para a população. Boas leituras e, acima de tudo, saúde

Os 2500 kms da costa moçambicana são novamente uma via de integração económica. A convergência para um mercado doméstico integrado permitirá uma redução das assimetrias existentes e tornar o país mais eficiente, levando produtos nacionais a mais consumidores nacionais, reduzindo assim a dependência das importações e fomentando a coesão nacional. E poderá, e deverá até, criar novos negócios. Potenciar o desenvolvimento de uma rede de transportes capilar, trará um desenvolvimento mais generalizado e mais inclusivo. E este processo inicia-se com o arranque do projecto de cabotagem.
Nesta edição tratamos também, entre outros temas, da inovação em África. A inovação não é mais que a imaginação e a inteligência aplicadas ao serviço do homem. O continente já provou a sua capacidade para inovar de raiz, mas também para criar novas utilizações para as tecnologias já generalizadas, como o telemóvel, com benefícios para a população.
Boas leituras e, acima de tudo, saúde

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PRIMEIRO LUGAR<br />

INOVAÇÃO<br />

TRÊS STARTUPS<br />

REPRESENTAM<br />

MOÇAMBIQUE<br />

MobileCare, Pagalu e Zinwe foram as três<br />

startups escolhidas pelo júri para representar<br />

Moçambique na final regional do Desafio<br />

de Inovação da SADC, que teve lugar em<br />

finais de Junho. A MobileCare, startup orientada<br />

para a prestação de serviços de seguro<br />

a custos reduzidos, é vencedora na categoria<br />

acessos a serviços básicos. A Pagalu é vencedora<br />

na categoria identidade financeira digital.<br />

Por sua vez, na categoria financiamento<br />

a pequenas e médias empresas (PME), destaca-se<br />

a Zinwe, ideia de negócio que permite<br />

o crowdfunding, a obtenção de capital<br />

para iniciativas de interesse colectivo através<br />

da agregação de múltiplas fontes de financiamento,<br />

o que possibilita a ligação de investidores<br />

de PME, no âmbito do acesso aos<br />

serviços financeiros. Pela distinção nacional,<br />

as startups vencedoras receberão mil dólares,<br />

apoio de experts através de sessões de business<br />

advisory e “mentoria” para estarem mais<br />

bem preparadas para a final regional do desafio,<br />

onde poderão ganhar até 5 mil dólares e<br />

o acesso a um programa de incubação internacional.<br />

A nível nacional, o Financial Sector<br />

Deepening Moçambique (FSDMoç) e a Ideia-<br />

Lab são as entidades responsáveis por implementar<br />

este desafio, e garantiram a formação<br />

dos participantes para aprimorarem as suas<br />

ideias de negócio e trazerem soluções significativas<br />

para África no seu todo.<br />

SADC: Três startups nacionais participaram<br />

no Desafio de Inovação da organização<br />

D.R.<br />

DÍVIDA<br />

CHINA, MAIOR FINANCIADOR<br />

A China era o maior financiador de Moçambique no final de 2018, detendo 39% da<br />

dívida pública externa do país, o equivalente a cerca de 2,1 mil milhões de dólares,<br />

revelou o diário O País. Segundo um relatório do Ministério da Economia e Finanças,<br />

a dívida pública de Moçambique atingiu 12,1 mil milhões de dólares no final<br />

de 2018, um aumento de 11%, com a componente da dívida externa a subir 8%.<br />

Entre os principais credores externos de Moçambique contam-se ainda o banco<br />

suíço Credit Suisse (726,5 milhões de dólares) e Portugal (602,9 milhões de dólares),<br />

refere o diário moçambicano. Cerca de 90% da dívida pública externa estava<br />

contratada a taxas de juro fixas, mais 2 pontos percentuais do que em 2017, sublinha<br />

o relatório. O Presidente Filipe Nyusi revelou em Junho de 2018 que a China<br />

iria perdoar a dívida sem juros de Moçambique a expirar até ao final do ano, referiu<br />

na altura a agência AIM.<br />

GÁS<br />

ENH FINANCIA PARTICIPAÇÃO NA ÁREA 1<br />

A Empresa Nacional de<br />

Hidrocarbonetos (ENH) TOTAL: Lidera o consórcio em que participa a ENH<br />

pretende encontrar um<br />

financiamento mais barato<br />

do que aquele de que dispõe<br />

para pagar a sua participação<br />

no maior projecto<br />

de gás natural em construção<br />

no país, anunciou o<br />

governo. “Há um acordo”<br />

com os outros sócios<br />

da Área 1 (petrolíferas<br />

internacionais, lideradas<br />

pela Total) para que financiem a quota de 15% da ENH “na fase de construção”,<br />

explicou o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, numa visita às<br />

obras na península de Afungi. “Mas, como empresa, a ENH tem o objectivo de<br />

maximizar o retorno do seu investimento e, nessa perspectiva, está a trabalhar<br />

com aconselhamento financeiro na perspectiva de encontrar alternativas de financiamento<br />

que permitam custos mais baixos da operação”, acrescentou o ministro,<br />

citado pela agência Lusa. “Este exercício está ainda em curso”, referiu. “Não<br />

há riscos para o projecto” devido a esta necessidade de a ENH procurar empréstimos<br />

para ter lugar na sociedade, destacou Max Tonela. “Há um exercício de refinanciamento<br />

da sua participação no projecto, com custos mais baixos.” A agência<br />

financeira Bloomberg divulgou que o aconselhamento financeiro está a ser prestado<br />

pelo banco Societe Generale por via de já prestar esse serviço ao megaprojecto<br />

Mozambique LNG — designação do consórcio da Área 1.<br />

Em Novembro do último ano, a captação de cerca de 1500 milhões de dólares<br />

para a participação da ENH na Área 1 foi o projecto mais caro apresentado num<br />

fórum de investimento organizado pelo Banco Africano de Desenvolvimento<br />

(BAD) em Joanesburgo, na África do Sul. Foi a primeira apresentação do Estado<br />

moçambicano perante a banca e investidores internacionais após a reestruturação<br />

da dívida soberana, acordada com credores em Outubro de 2019.<br />

D.R.<br />

10 | Exame Moçambique

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