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Os 2500 kms da costa moçambicana são novamente uma via de integração económica. A convergência para um mercado doméstico integrado permitirá uma redução das assimetrias existentes e tornar o país mais eficiente, levando produtos nacionais a mais consumidores nacionais, reduzindo assim a dependência das importações e fomentando a coesão nacional. E poderá, e deverá até, criar novos negócios. Potenciar o desenvolvimento de uma rede de transportes capilar, trará um desenvolvimento mais generalizado e mais inclusivo. E este processo inicia-se com o arranque do projecto de cabotagem. Nesta edição tratamos também, entre outros temas, da inovação em África. A inovação não é mais que a imaginação e a inteligência aplicadas ao serviço do homem. O continente já provou a sua capacidade para inovar de raiz, mas também para criar novas utilizações para as tecnologias já generalizadas, como o telemóvel, com benefícios para a população. Boas leituras e, acima de tudo, saúde

Os 2500 kms da costa moçambicana são novamente uma via de integração económica. A convergência para um mercado doméstico integrado permitirá uma redução das assimetrias existentes e tornar o país mais eficiente, levando produtos nacionais a mais consumidores nacionais, reduzindo assim a dependência das importações e fomentando a coesão nacional. E poderá, e deverá até, criar novos negócios. Potenciar o desenvolvimento de uma rede de transportes capilar, trará um desenvolvimento mais generalizado e mais inclusivo. E este processo inicia-se com o arranque do projecto de cabotagem.
Nesta edição tratamos também, entre outros temas, da inovação em África. A inovação não é mais que a imaginação e a inteligência aplicadas ao serviço do homem. O continente já provou a sua capacidade para inovar de raiz, mas também para criar novas utilizações para as tecnologias já generalizadas, como o telemóvel, com benefícios para a população.
Boas leituras e, acima de tudo, saúde

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GLOBAL OCDE<br />

O GRANDE<br />

COLAPSO<br />

CRISE:<br />

Qualquer dos<br />

cenários traçados<br />

pela OCDE<br />

é muito<br />

preocupante<br />

As economias mais desenvolvidas colapsaram com<br />

a pandemia e a OCDE reviu as suas previsões, apresentando<br />

dois cenários sombrios, um dos quais admite a possibilidade<br />

de um segundo surto antes de 2020 acabar. Caso em que<br />

a economia global se afunda 7,6%<br />

LUÍS FARIA<br />

S<br />

e a crise sanitária que o mundo<br />

vive com o alastramento da<br />

COVID-19 só encontra paralelo<br />

na gripe espanhola do<br />

início do século passado, também<br />

o colapso económico por esta provocado<br />

deverá ultrapassar, em amplitude,<br />

as recessões de que há memória, a última<br />

delas ocorrida em 2008 com a insustentável<br />

valorização de títulos imobiliários<br />

a causar a derrocada do sistema financeiro.<br />

No caso da actual pandemia, a<br />

última projecção é sempre a pior. E a mais<br />

recente é a da OCDE, a Organização para<br />

a Cooperação e o Desenvolvimento Económico,<br />

que agrupa os países mais desenvolvidos,<br />

e faz do seu relatório de Junho<br />

deste ano um extenso apanhado sobre a<br />

crise e as suas consequências. A OCDE<br />

havia feito as suas últimas previsões no<br />

início de Março. Desde então, os surtos<br />

de vírus evoluíram para uma epidemia<br />

global. Os governos tiveram de decretar<br />

o encerramento de grande parte da actividade<br />

económica para conter a pandemia<br />

e salvaguardar os sistemas de saúde,<br />

ganhando tempo para reforçá-los. “A actividade<br />

económica entrou em colapso em<br />

toda a OCDE durante as paralisações, de<br />

20% a 30% em alguns países, um choque<br />

extraordinário. As fronteiras foram fechadas<br />

e o comércio ruiu. Simultaneamente,<br />

os governos implementaram medidas rápidas<br />

de apoio, grandes e inovadoras, para<br />

amortecer o golpe, subsidiando trabalhadores<br />

e empresas. As redes de segurança<br />

NO CURSO DA ACTUAL<br />

PANDEMIA A ÚLTIMA<br />

PROJECÇÃO É SEMPRE<br />

A PIOR<br />

REUTERS<br />

social e financeira foram reforçadas a uma<br />

velocidade recorde. À medida que o stress<br />

financeiro aumentava, os bancos centrais<br />

tomaram medidas contundentes e oportunas,<br />

implementando uma série de políticas<br />

convencionais e não convencionais<br />

acima e além das usadas na Crise Financeira<br />

Global, impedindo que à crise sanitária<br />

e económica se juntasse uma crise<br />

financeira”, refere o editorial do Outlook<br />

da OCDE de Junho, assinado por Laurence<br />

Boone, economista-chefe da organização.<br />

Rastreamentos, distanciamento físico e<br />

isolamento são os principais instrumentos<br />

para combater o vírus e factores indispensáveis<br />

para retomar as actividades<br />

económicas e sociais. Mas não só poderão<br />

ser insuficientes para impedir uma<br />

segunda vaga da infecção, como alguns<br />

sectores, como a aviação, o turismo, os<br />

serviços de alimentação (restaurantes e<br />

outros) e os serviços de entretenimento<br />

não retomarão enquanto não se estancar<br />

a pandemia, que continua a somar casos<br />

confirmados e mortes em todo o planeta.<br />

54 | Exame Moçambique

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