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Os 2500 kms da costa moçambicana são novamente uma via de integração económica. A convergência para um mercado doméstico integrado permitirá uma redução das assimetrias existentes e tornar o país mais eficiente, levando produtos nacionais a mais consumidores nacionais, reduzindo assim a dependência das importações e fomentando a coesão nacional. E poderá, e deverá até, criar novos negócios. Potenciar o desenvolvimento de uma rede de transportes capilar, trará um desenvolvimento mais generalizado e mais inclusivo. E este processo inicia-se com o arranque do projecto de cabotagem. Nesta edição tratamos também, entre outros temas, da inovação em África. A inovação não é mais que a imaginação e a inteligência aplicadas ao serviço do homem. O continente já provou a sua capacidade para inovar de raiz, mas também para criar novas utilizações para as tecnologias já generalizadas, como o telemóvel, com benefícios para a população. Boas leituras e, acima de tudo, saúde
Os 2500 kms da costa moçambicana são novamente uma via de integração económica. A convergência para um mercado doméstico integrado permitirá uma redução das assimetrias existentes e tornar o país mais eficiente, levando produtos nacionais a mais consumidores nacionais, reduzindo assim a dependência das importações e fomentando a coesão nacional. E poderá, e deverá até, criar novos negócios. Potenciar o desenvolvimento de uma rede de transportes capilar, trará um desenvolvimento mais generalizado e mais inclusivo. E este processo inicia-se com o arranque do projecto de cabotagem.
Nesta edição tratamos também, entre outros temas, da inovação em África. A inovação não é mais que a imaginação e a inteligência aplicadas ao serviço do homem. O continente já provou a sua capacidade para inovar de raiz, mas também para criar novas utilizações para as tecnologias já generalizadas, como o telemóvel, com benefícios para a população.
Boas leituras e, acima de tudo, saúde
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O pior ainda está para vir.<br />
Tedros Ghebreyesus, director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).<br />
FINANCIAMENTO<br />
ÁFRICA PRECISA DE 100 MIL MILHÕES<br />
“Os países africanos ainda enfrentam<br />
necessidades de financiamento superiores<br />
a 110 mil milhões de dólares em<br />
2020, havendo 44 mil milhões por financiar”,<br />
afirma o FMI no seu último relatório<br />
sobre o continente, publicado no<br />
final de Junho sob o título revelador de<br />
“Cinco quadros que mostram a maior<br />
contracção económica da África Subsariana<br />
desde a década de 1970”, uma<br />
consequência da crise pandémica.<br />
O documento assinala que várias “instituições<br />
financeiras internacionais,<br />
incluindo o próprio FMI, já prestaram<br />
a extremamente necessária assistência<br />
à África Subsariana, mas não chega.<br />
Em 15 de Abril, o G20 anunciou a Iniciativa<br />
de Suspensão do Serviço da Dívida<br />
(DSSI), que permite que os países mais<br />
pobres do mundo — a maioria deles<br />
em África — suspendam 14 mil milhões<br />
de dólares de pagamentos do serviço<br />
da dívida com vencimento em 2020.<br />
O FMI destaca que o ambiente global é<br />
fortemente penalizador. “Desde Abril,<br />
a estimativa para o crescimento global<br />
em 2020 desce 1,9 pontos percentuais,<br />
antecipando-se agora uma quebra de<br />
4,9%, as viagens colapsaram e os fluxos<br />
turísticos estancaram, espera-se<br />
que as remessas caiam cerca de 20%,<br />
as condições de acesso ao financiamento<br />
externo mantêm-se apertadas,<br />
apesar de um certo alívio nas últimas<br />
semanas e o preço das matérias-primas<br />
mantém-se baixo”, assinala o relatório.<br />
SALA DE<br />
MERCADOS<br />
Maio<br />
68,80<br />
Maio<br />
1,73<br />
Maio<br />
33,25<br />
MOEDA<br />
(Meticais por USD)<br />
-2%<br />
GÁS NATURAL<br />
(USD/MMBtu)*<br />
-5%<br />
CRUDE<br />
(USD/barril)<br />
+21%<br />
Junho<br />
69,91<br />
Junho<br />
1,64<br />
Junho<br />
40,37<br />
PRIMEIRO TRIMESTRE<br />
IMPORTAÇÕES SOBEM<br />
O défice balança comercial moçambicana<br />
fixou-se em 908,3 milhões<br />
de dólares no primeiro trimestre<br />
deste ano, de acordo com a Síntese<br />
da Conjuntura Económica do Instituo<br />
Nacional de Estatística (INE).<br />
As exportações reduziram em cerca<br />
de 21,9% e as importações aumentaram<br />
cerca de 9%, em comparação<br />
DÉFICE: O saldo da balança comercial<br />
foi negativo no primeiro trimestre<br />
com o trimestre homólogo de 2019. Os principais parceiros comerciais de Moçambique<br />
continuam a ser a África do Sul, Índia e China. No período, a África do Sul recebeu<br />
23,3% das exportações do país, a Índia 12,3% e a China 4,3%. No que respeita às<br />
importações que fazemos, 23,1% são provenientes da África do Sul, 10,2% da Índia<br />
e 8,5% da China. “Dos principais produtos exportados no trimestre, o destaque vai<br />
para as barras e perfis de alumínio (23,1%), carvão mineral (hulha) (19,5%), energia<br />
eléctrica (15,5%) e gás natural (6,8%)”, refere o INE. De registar ainda que, no período,<br />
o volume de carvão vendido aumentou 113,7% face a igual período de 2019, e 3,8%<br />
em relação ao trimestre anterior. Já o volume de alumínio vendido foi menor, tanto<br />
em relação ao trimestre homólogo como ao anterior.<br />
D.R.<br />
Maio<br />
114,01<br />
Maio<br />
318,00<br />
Maio<br />
1753,50<br />
CARVÃO DE COQUE<br />
(USD/ton.)<br />
MILHO<br />
(USD/Bushel)**<br />
D.R.<br />
-1%<br />
+3%<br />
OURO<br />
(USD/t oz)***<br />
+2%<br />
Junho<br />
112,93<br />
Junho<br />
329,00<br />
Junho<br />
1782,00<br />
COTAÇÕES A 23/05/2020 E A 23/06/2020<br />
* MMBtu = milhões de British Thermal Unit<br />
(medida da capacidade térmica)<br />
** 1 bushel de milho = 25,4 Kg<br />
*** t oz = onças troy = 31,21 g.<br />
FONTES: BM, Bloomberg, CME Group.<br />
julho 2020 | 9