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Os 2500 kms da costa moçambicana são novamente uma via de integração económica. A convergência para um mercado doméstico integrado permitirá uma redução das assimetrias existentes e tornar o país mais eficiente, levando produtos nacionais a mais consumidores nacionais, reduzindo assim a dependência das importações e fomentando a coesão nacional. E poderá, e deverá até, criar novos negócios. Potenciar o desenvolvimento de uma rede de transportes capilar, trará um desenvolvimento mais generalizado e mais inclusivo. E este processo inicia-se com o arranque do projecto de cabotagem. Nesta edição tratamos também, entre outros temas, da inovação em África. A inovação não é mais que a imaginação e a inteligência aplicadas ao serviço do homem. O continente já provou a sua capacidade para inovar de raiz, mas também para criar novas utilizações para as tecnologias já generalizadas, como o telemóvel, com benefícios para a população. Boas leituras e, acima de tudo, saúde

Os 2500 kms da costa moçambicana são novamente uma via de integração económica. A convergência para um mercado doméstico integrado permitirá uma redução das assimetrias existentes e tornar o país mais eficiente, levando produtos nacionais a mais consumidores nacionais, reduzindo assim a dependência das importações e fomentando a coesão nacional. E poderá, e deverá até, criar novos negócios. Potenciar o desenvolvimento de uma rede de transportes capilar, trará um desenvolvimento mais generalizado e mais inclusivo. E este processo inicia-se com o arranque do projecto de cabotagem.
Nesta edição tratamos também, entre outros temas, da inovação em África. A inovação não é mais que a imaginação e a inteligência aplicadas ao serviço do homem. O continente já provou a sua capacidade para inovar de raiz, mas também para criar novas utilizações para as tecnologias já generalizadas, como o telemóvel, com benefícios para a população.
Boas leituras e, acima de tudo, saúde

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PRIMEIRO<br />

LUGAR<br />

MOÇAMBIQUE ESSENCIAL. PEQUENAS NOTÍCIAS SOBRE UM GRANDE PAÍS<br />

CRESCIMENTO: Moçambique é dos poucos países<br />

africanos que escapa à recessão este ano<br />

D.R.<br />

FMI<br />

MOÇAMBIQUE RESISTE AO COLAPSO AFRICANO<br />

Moçambique deverá crescer 1,4% em 2020, de acordo com as<br />

últimas projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), que<br />

agravou a sua perspectiva negativa para a evolução da economia<br />

africana este ano, a qual deverá, com as novas estimativas,<br />

contrair 3,2%, caindo mais 1,6 pontos percentuais do que o<br />

projectado em Abril e anulando dez anos de desenvolvimento.<br />

A anterior previsão para o andamento da economia nacional este<br />

ano, feita pelo FMI, andava a par com a estimativa governamental,<br />

apontando para um crescimento de 2,2%. Quanto a 2021, o<br />

Fundo antecipa agora que a economia do país cresça 4,2%, abaixo<br />

dos 4,7% anteriormente estimados.<br />

A verdade é que a pandemia está a devastar as economias<br />

da África Subsariana e poderá deixar um rasto de 39 milhões<br />

de pessoas a viverem na pobreza extrema, ou seja, com menos<br />

de 1,9 dólares por dia. Das 45 economias da região, 37 pioram a<br />

sua previsão de crescimento face ao projectado pelos analistas<br />

do FMI em Abril, e “o PIB da região vai ser 243 mil milhões de<br />

dólares menor que o projectado em Outubro de 2019”. A que-<br />

bra na economia é particularmente acentuada no caso dos países<br />

exportadores de petróleo, assim como dos que dependem do<br />

turismo. Angola prolongará a recessão, com a economia a afundar<br />

4%. Também a África do Sul registará uma queda muito significativa,<br />

com uma contracção de 8% da actividade económica.<br />

Em Angola, África do Sul e Nigéria, segundo a actualização da<br />

perspectiva do FMI sobre a economia subsariana, “o PIB real deverá<br />

regressar aos níveis de crescimento pré-crise (da COVID-19) só<br />

em 2023 ou 2024”. O relatório acrescenta que “a recuperação<br />

em 2021 será mais lenta que a recuperação da economia global<br />

porque os apoios políticos lançados pelos países da África Subsariana<br />

para facilitar a recuperação são consideravelmente mais<br />

pequenos do que aqueles que foram implementados em muitas<br />

economias emergentes”. “Prevê-se que o crescimento económico<br />

recupere para 3,4% em 2021, assumindo que o levantamento gradual<br />

das medidas de confinamento das últimas semanas se mantém<br />

e, mais importante, que a região consegue evitar as dinâmicas<br />

da epidemia noutros locais”, refere o relatório.<br />

8 | Exame Moçambique

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