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INFORME DE MERCADO<br />
Saiba quais são os exames para a detecção da COVID-19<br />
Ao longo da pandemia vários exames foram desenvolvidos<br />
para a identificação da doença, conheça os exames<br />
fornecidos pelo Diagnósticos do Brasil.<br />
O novo Coronavírus SARS-CoV-2 tomou conta do<br />
planeta neste ano. Além de altamente contagioso, o vírus,<br />
causador da COVID-19, apresenta um novo desafio<br />
para a humanidade, por ser uma nova doença, muitos<br />
detalhes da sua fisiopatologia são desconhecidos, o que<br />
ainda gera muitas dúvidas. Para o diagnóstico com mais<br />
exatidão foi preciso novas atualizações nos protocolos e<br />
avanços nas condutas e tratamento dos pacientes.<br />
A COVID-19 é transmitida basicamente de pessoa a<br />
pessoa através de gotículas produzidas nas vias respiratórias<br />
das pessoas infectadas. Essas gotículas, quando<br />
lançadas no ambiente por meio da tosse, espirros ou<br />
secreções, infecta indivíduos próximos. A incubação do<br />
vírus dura em média de 5 a 6 dias, podendo se estender<br />
de 1 a 14 dias, alguns estudos também indicam a contaminação<br />
no estágio de incubação, mesmo que a pessoa<br />
ainda não apresente os sintomas, assim como, no estágio<br />
final, onde já exista uma evolução do quadro da doença.<br />
Em relação às alterações laboratoriais na doença,<br />
alguns índices devem ser levados em consideração.<br />
Frequentemente encontra-se alteração nas taxas de<br />
Aminotransferases (ALT e AST), Desidrogenase Lática<br />
(LDH) e marcadores inflamatórios como Ferritina, Proteína<br />
C Reativa (PCR) e Velocidade de Hemossedimentação<br />
(VHS). No Hemograma do paciente também é importante<br />
observar alguns marcadores. “Em alguns quadros o<br />
paciente pode apresentar linfopenia, ou seja, uma quantidade<br />
de linfócitos baixa. Já a contagem total de leucócitos<br />
pode apresentar-se fora dos padrões, sendo de forma<br />
muita elevada ou muito baixa (leucocitose e leucopenia).<br />
Também são observadas a elevação da Procalcitocina,<br />
que pode ocorrer em casos mais graves, associados a infecções<br />
bacterianas secundárias. Alterações nos exames<br />
de coagulação também são comuns e valores elevados<br />
do Dímero D tem demonstrado uma associação com a<br />
gravidade da doença e o aumento no risco de mortalidade”,<br />
explica Dr. Carlos Aita, médico responsável pelo<br />
laboratório do DB.<br />
Para o diagnóstico mais preciso é fundamental a aplicação<br />
dos exames para a detecção da doença. Hoje o<br />
mercado apresenta variações nos tipos de exames, desde<br />
sua tecnologia para análise, metodologia aplicada e tipo<br />
de coleta. O primeiro exame a surgir no mercado foi o RT-<br />
-PCR, que utiliza da tecnologia molecular. O exame detecta<br />
o RNA do vírus na amostra clínica e é indicado principalmente<br />
em casos agudos, em pacientes que já estão<br />
com sintomas. A detecção eventualmente pode ocorrer<br />
já a partir do 3º dia de contágio, mas a sensibilidade aumenta<br />
bastante a partir do início dos sintomas e pode se<br />
prolongar até em torno de 14 dias da infecção. A coleta é<br />
feita por meio de swab de oro e nasofaringe, devendo ser<br />
realizada por pessoal devidamente treinado, para evitar o<br />
risco de ocorrência de resultados falsos negativos.<br />
Já os exames chamados “sorológicos” detectam a<br />
presença dos anticorpos anti SARS-CoV-2 na circulação,<br />
e podem ser realizados por diferentes tecnologias<br />
incluindo ELISA, Quimioluminescência (CLIA), Eletroquimioluminescência<br />
(ECLIA), dentre outras. Os exames<br />
conhecidos como “testes rápidos” também realizam a<br />
detecção dos anticorpos, mas em geral empregam o<br />
método de Imunocromatografia. Todos os exames que<br />
avaliam a presença de anticorpos são classificados como<br />
exames indiretos, já que fazem a detecção da resposta<br />
imune ao vírus, e não da presença do vírus no organismo.<br />
A presença do vírus é feita pelo teste de PCR descrito<br />
anteriormente.<br />
dos sintomas, a pesquisa de anticorpos IgA, IgM ou de<br />
anticorpos totais pode auxiliar na definição da exposição<br />
recente ao SARS-CoV-2. Os anticorpos totais e o IgA começam<br />
a mostrar positividade a partir do 7º dia do início<br />
dos sintomas, e a sensibilidade aumenta a partir do 15º<br />
dia. O IgM pode apresentar o mesmo perfil, mas tende a<br />
mostrar sensibilidade discretamente menor, e em algumas<br />
situações pode nem mesmo positivar. As concentrações<br />
tanto de IgA quanto IgM tendem a decair logo nas<br />
primeiras semanas após a resolução do quadro. Em boa<br />
parte dos casos se tornam negativas ao final do primeiro<br />
mês, embora ainda não esteja completamente estabelecido<br />
o seu perfil de evolução na doença. Os anticorpos<br />
totais, por outro lado, devem permanecem positivos por<br />
longo prazo pelo fato de detectarem também a presença<br />
das imunoglobulinas IgG, de memória. Por este motivo,<br />
ambos têm aplicação principalmente na investigação da<br />
exposição pregressa ao SARS-CoV-2.<br />
Recente no mercado, o exame Ig Total permite a detecção<br />
dos anticorpos totais (incluindo IgM e IgG) no soro.<br />
Quando realizado pelo método de eletroquimioluminescência<br />
(ECLIA) emprega a técnica de duplo antígeno,<br />
mostrando elevada especificidade (em torno de 99,8%)<br />
deste modo diminuindo muito o risco de resultados<br />
falsos positivos como aqueles causados por anticorpos<br />
dirigidos a outros coronavírus e outros vírus respiratórios<br />
causadores de gripe comum. Em relação à sensibilidade,<br />
pode chegar a 100% quando a amostra for obtida a partir<br />
do 15º dia de início dos sintomas. A amostra é obtida<br />
por coleta de sangue venoso e separação do soro, e o exame<br />
é capaz de apresentar resultados em até 18 minutos.<br />
A principal indicação do teste é para avaliar a exposição<br />
pregressa ao SARS-CoV-2, em pessoas assintomáticas ou<br />
que apresentaram quadro clínico sugestivo de COVID-19<br />
há pelo menos 15 dias atrás. Deste modo permitindo<br />
uma avaliação epidemiológica e auxiliando a sociedade<br />
na elaboração de estratégias que garantam a segurança<br />
no momento da reabertura do mercado.<br />
O DB é referência em apoio laboratorial e disponibiliza<br />
para os mais de cinco mil laboratórios parceiros em<br />
todo o país vários tipos de exames para a detecção da<br />
Covid-19, garantindo confiabilidade nos resultados, segurança<br />
nas amostras e agilidade nos prazos.<br />
Existem no mercado diversos kits diagnósticos que<br />
permitem a detecção dos anticorpos totais ou das diferentes<br />
classes de imunoglobulinas, como IgM, IgA e IgG.<br />
Apesar de ter aplicação limitada no diagnóstico do quadro<br />
agudo devido ao período de “janela imunológica” da<br />
doença, que pode durar até duas semanas após o início<br />
Diagnósticos do Brasil<br />
Rua Manoel Ribas, 245<br />
São José dos Pinhais - PR - 83010-030<br />
www.diagnosticosdobrasil.com.br<br />
0 90<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020