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Revista Newslab Edição 160

Revista Newslab Edição 160 - Junho / Julho 2020

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INFORME DE MERCADO<br />

Saiba quais são os exames para a detecção da COVID-19<br />

Ao longo da pandemia vários exames foram desenvolvidos<br />

para a identificação da doença, conheça os exames<br />

fornecidos pelo Diagnósticos do Brasil.<br />

O novo Coronavírus SARS-CoV-2 tomou conta do<br />

planeta neste ano. Além de altamente contagioso, o vírus,<br />

causador da COVID-19, apresenta um novo desafio<br />

para a humanidade, por ser uma nova doença, muitos<br />

detalhes da sua fisiopatologia são desconhecidos, o que<br />

ainda gera muitas dúvidas. Para o diagnóstico com mais<br />

exatidão foi preciso novas atualizações nos protocolos e<br />

avanços nas condutas e tratamento dos pacientes.<br />

A COVID-19 é transmitida basicamente de pessoa a<br />

pessoa através de gotículas produzidas nas vias respiratórias<br />

das pessoas infectadas. Essas gotículas, quando<br />

lançadas no ambiente por meio da tosse, espirros ou<br />

secreções, infecta indivíduos próximos. A incubação do<br />

vírus dura em média de 5 a 6 dias, podendo se estender<br />

de 1 a 14 dias, alguns estudos também indicam a contaminação<br />

no estágio de incubação, mesmo que a pessoa<br />

ainda não apresente os sintomas, assim como, no estágio<br />

final, onde já exista uma evolução do quadro da doença.<br />

Em relação às alterações laboratoriais na doença,<br />

alguns índices devem ser levados em consideração.<br />

Frequentemente encontra-se alteração nas taxas de<br />

Aminotransferases (ALT e AST), Desidrogenase Lática<br />

(LDH) e marcadores inflamatórios como Ferritina, Proteína<br />

C Reativa (PCR) e Velocidade de Hemossedimentação<br />

(VHS). No Hemograma do paciente também é importante<br />

observar alguns marcadores. “Em alguns quadros o<br />

paciente pode apresentar linfopenia, ou seja, uma quantidade<br />

de linfócitos baixa. Já a contagem total de leucócitos<br />

pode apresentar-se fora dos padrões, sendo de forma<br />

muita elevada ou muito baixa (leucocitose e leucopenia).<br />

Também são observadas a elevação da Procalcitocina,<br />

que pode ocorrer em casos mais graves, associados a infecções<br />

bacterianas secundárias. Alterações nos exames<br />

de coagulação também são comuns e valores elevados<br />

do Dímero D tem demonstrado uma associação com a<br />

gravidade da doença e o aumento no risco de mortalidade”,<br />

explica Dr. Carlos Aita, médico responsável pelo<br />

laboratório do DB.<br />

Para o diagnóstico mais preciso é fundamental a aplicação<br />

dos exames para a detecção da doença. Hoje o<br />

mercado apresenta variações nos tipos de exames, desde<br />

sua tecnologia para análise, metodologia aplicada e tipo<br />

de coleta. O primeiro exame a surgir no mercado foi o RT-<br />

-PCR, que utiliza da tecnologia molecular. O exame detecta<br />

o RNA do vírus na amostra clínica e é indicado principalmente<br />

em casos agudos, em pacientes que já estão<br />

com sintomas. A detecção eventualmente pode ocorrer<br />

já a partir do 3º dia de contágio, mas a sensibilidade aumenta<br />

bastante a partir do início dos sintomas e pode se<br />

prolongar até em torno de 14 dias da infecção. A coleta é<br />

feita por meio de swab de oro e nasofaringe, devendo ser<br />

realizada por pessoal devidamente treinado, para evitar o<br />

risco de ocorrência de resultados falsos negativos.<br />

Já os exames chamados “sorológicos” detectam a<br />

presença dos anticorpos anti SARS-CoV-2 na circulação,<br />

e podem ser realizados por diferentes tecnologias<br />

incluindo ELISA, Quimioluminescência (CLIA), Eletroquimioluminescência<br />

(ECLIA), dentre outras. Os exames<br />

conhecidos como “testes rápidos” também realizam a<br />

detecção dos anticorpos, mas em geral empregam o<br />

método de Imunocromatografia. Todos os exames que<br />

avaliam a presença de anticorpos são classificados como<br />

exames indiretos, já que fazem a detecção da resposta<br />

imune ao vírus, e não da presença do vírus no organismo.<br />

A presença do vírus é feita pelo teste de PCR descrito<br />

anteriormente.<br />

dos sintomas, a pesquisa de anticorpos IgA, IgM ou de<br />

anticorpos totais pode auxiliar na definição da exposição<br />

recente ao SARS-CoV-2. Os anticorpos totais e o IgA começam<br />

a mostrar positividade a partir do 7º dia do início<br />

dos sintomas, e a sensibilidade aumenta a partir do 15º<br />

dia. O IgM pode apresentar o mesmo perfil, mas tende a<br />

mostrar sensibilidade discretamente menor, e em algumas<br />

situações pode nem mesmo positivar. As concentrações<br />

tanto de IgA quanto IgM tendem a decair logo nas<br />

primeiras semanas após a resolução do quadro. Em boa<br />

parte dos casos se tornam negativas ao final do primeiro<br />

mês, embora ainda não esteja completamente estabelecido<br />

o seu perfil de evolução na doença. Os anticorpos<br />

totais, por outro lado, devem permanecem positivos por<br />

longo prazo pelo fato de detectarem também a presença<br />

das imunoglobulinas IgG, de memória. Por este motivo,<br />

ambos têm aplicação principalmente na investigação da<br />

exposição pregressa ao SARS-CoV-2.<br />

Recente no mercado, o exame Ig Total permite a detecção<br />

dos anticorpos totais (incluindo IgM e IgG) no soro.<br />

Quando realizado pelo método de eletroquimioluminescência<br />

(ECLIA) emprega a técnica de duplo antígeno,<br />

mostrando elevada especificidade (em torno de 99,8%)<br />

deste modo diminuindo muito o risco de resultados<br />

falsos positivos como aqueles causados por anticorpos<br />

dirigidos a outros coronavírus e outros vírus respiratórios<br />

causadores de gripe comum. Em relação à sensibilidade,<br />

pode chegar a 100% quando a amostra for obtida a partir<br />

do 15º dia de início dos sintomas. A amostra é obtida<br />

por coleta de sangue venoso e separação do soro, e o exame<br />

é capaz de apresentar resultados em até 18 minutos.<br />

A principal indicação do teste é para avaliar a exposição<br />

pregressa ao SARS-CoV-2, em pessoas assintomáticas ou<br />

que apresentaram quadro clínico sugestivo de COVID-19<br />

há pelo menos 15 dias atrás. Deste modo permitindo<br />

uma avaliação epidemiológica e auxiliando a sociedade<br />

na elaboração de estratégias que garantam a segurança<br />

no momento da reabertura do mercado.<br />

O DB é referência em apoio laboratorial e disponibiliza<br />

para os mais de cinco mil laboratórios parceiros em<br />

todo o país vários tipos de exames para a detecção da<br />

Covid-19, garantindo confiabilidade nos resultados, segurança<br />

nas amostras e agilidade nos prazos.<br />

Existem no mercado diversos kits diagnósticos que<br />

permitem a detecção dos anticorpos totais ou das diferentes<br />

classes de imunoglobulinas, como IgM, IgA e IgG.<br />

Apesar de ter aplicação limitada no diagnóstico do quadro<br />

agudo devido ao período de “janela imunológica” da<br />

doença, que pode durar até duas semanas após o início<br />

Diagnósticos do Brasil<br />

Rua Manoel Ribas, 245<br />

São José dos Pinhais - PR - 83010-030<br />

www.diagnosticosdobrasil.com.br<br />

0 90<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020

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