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edição de 28 de março de 2022

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mercado<br />

Li<strong>de</strong> avalia impacto da evolução<br />

digital na jornada do consumidor<br />

Tema foi <strong>de</strong>batido por executivos e CEOS <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas durante<br />

o 10º Fórum do Varejo e Marketing realizado no Guarujá, no litoral <strong>de</strong> SP<br />

Vinícius noVaes<br />

Uma das consequências da<br />

pan<strong>de</strong>mia, a evolução digital<br />

acelerou o que hoje po<strong>de</strong>-se<br />

chamar <strong>de</strong> nova forma <strong>de</strong> consumo.<br />

E, com isso, o impacto<br />

no varejo foi algo inevitável.<br />

Se antes a compra passava, na<br />

maior parte das vezes, pela ida<br />

a uma loja física, agora, não<br />

mais necessariamente.<br />

O online ganhou protagonismo<br />

ao mesmo tempo em que<br />

novas tecnologias, tal qual o<br />

metaverso, por exemplo, ganham<br />

terreno e, assim, chegam<br />

para impactar <strong>de</strong> alguma forma<br />

a jornada do consumidor. Esse,<br />

aliás, foi um dos temas da décima<br />

edição do Fórum do Varejo<br />

e Marketing, organizado pelo<br />

Li<strong>de</strong>, que foi realizado no Hotel<br />

Sofitel Jequitimar, no Guarujá<br />

(SP), no último dia 19 <strong>de</strong> março.<br />

Fabricio Garcia, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> operações do Magalu,<br />

citou a própria empresa como um<br />

exemplo <strong>de</strong> companhia que nasceu<br />

analógica e se tornou digital.<br />

O executivo contou que, durante<br />

a pan<strong>de</strong>mia, os consumidores<br />

precisaram recorrer aos canais<br />

digitais para fazer compras e<br />

contratar serviços, o que levou a<br />

investirem nesse mercado. “Nos<br />

últimos anos, o Magalu triplicou<br />

o tamanho online. Nosso marketplace<br />

faturou R$ 13 bilhões no<br />

ano passado, são 25 milhões <strong>de</strong><br />

pedidos online por ano”, disse.<br />

Pedidos esses, inclusive, que<br />

passam, na maioria das vezes,<br />

pelas re<strong>de</strong>s sociais, que conectam<br />

marcas e consumidores,<br />

além <strong>de</strong> reverberarem a mensagem.<br />

O TikTok é um exemplo.<br />

Gabriela Comazzetto, head<br />

global <strong>de</strong> business solutions do<br />

TikTok no Brasil, explica que a<br />

plataforma possui atualmente<br />

mais <strong>de</strong> um bilhão <strong>de</strong> usuários,<br />

que passam cada vez mais tempo<br />

nela. “A hashtag tiktokma<strong>de</strong>mebuyit<br />

mostra esse po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

influência <strong>de</strong> compra. As pessoas<br />

consomem on<strong>de</strong> e quando<br />

elas se sentem felizes, e o<br />

Diversos painéis contaram com a participação <strong>de</strong> executivos <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> varejo e também <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais, como o TikTok<br />

TikTok é um lugar em que as<br />

pessoas entram para se sentir<br />

leves, entretidas”, afirmou.<br />

Outra linha abordada durante<br />

o encontro, o encantamento<br />

foi levantado pelo CMO global<br />

da JBS, Sergio Valente, como<br />

um dos gran<strong>de</strong>s pontos do varejo.<br />

Segundo o executivo, é<br />

preciso criar a conversa entre<br />

as duas partes para gerar conexão,<br />

relacionamento e, por fim,<br />

o encantamento. “Não estamos<br />

falando apenas sobre ven<strong>de</strong>r”,<br />

disse. “Estamos falando sobre<br />

ven<strong>de</strong>r, sobre encantar e sobre<br />

ser importante para as pessoas”,<br />

afirmou Valente.<br />

Em um dos painéis, o tema<br />

central foram as transformações<br />

culturais nos hábitos <strong>de</strong><br />

consumo <strong>de</strong>pois da pan<strong>de</strong>mia.<br />

Elio França e Silva, diretor-executivo<br />

da Riachuelo, afirmou<br />

que a empresa precisou revisar<br />

os valores. “Estamos na segunda<br />

geração da Riachuelo, ainda<br />

temos muito da cultura inicial,<br />

“Estamos falando<br />

sobrE vEndEr,<br />

sobrE Encantar<br />

E sobrE sEr<br />

importantE para<br />

as pEssoas”<br />

mas revisamos o que precisou se<br />

mo<strong>de</strong>rnizar. Em 2020, tudo mudou,<br />

e fomos uma das empresas<br />

que mais ven<strong>de</strong>ram pijamas e<br />

pantufas. Neste momento <strong>de</strong><br />

retomada, o foco é o sonho das<br />

pessoas, já que muitas per<strong>de</strong>ram<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sonhar”, disse.<br />

Já Antonio Carlos Pipponzi,<br />

presi<strong>de</strong>nte do Conselho Administrativo<br />

da RD, afirmou que se foi<br />

o tempo em que as empresas precisavam<br />

apenas gerar lucro aos<br />

acionistas. Hoje, segundo ele, é<br />

preciso dar resultados à socieda<strong>de</strong>.<br />

Como exemplo, o executivo<br />

contou que a empresa criou um<br />

ecossistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para pro-<br />

Divulgação<br />

mover o bem-estar, tais como<br />

prevenção e nutrição, entre outros<br />

benefícios para os clientes.<br />

“Entendi que se eu não participar<br />

da comunida<strong>de</strong>, se não tivermos<br />

um plano <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>,<br />

não sobreviveremos”, finalizou.<br />

O último painel <strong>de</strong>bateu o<br />

futuro do Brasil e entraves dos<br />

pontos <strong>de</strong> vista econômico e tributário.<br />

Juliano Ohta, CEO da Telhanorte,<br />

relembrou os últimos<br />

boons que o país teve para afirmar<br />

que não resta outro caminho<br />

a não ser investir em produtivida<strong>de</strong>.<br />

“A bala <strong>de</strong> prata do varejo<br />

seria investirmos no ensino profissionalizante,<br />

pois no Brasil só<br />

10% dos alunos estão neste segmento<br />

da educação, enquanto na<br />

OCDE esse número chega a 40%”,<br />

disse. Outro ponto criticado foi a<br />

tributação. “O nosso sistema <strong>de</strong><br />

impostos é injusto, baseado no<br />

consumo, penalizando quem ganha<br />

menos. Nos países <strong>de</strong>senvolvidos,<br />

a tributação acontece pela<br />

renda, por exemplo”.<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> março <strong>de</strong> <strong>2022</strong> 23

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