SCMedia News | Revista | Setembro 2023

SCM Supply Chain Magazine 11
concluiu e os lead times previstos para a
entrega.
“Quando recebemos uma viatura por
transporte marítimo e é descarregada no
Porto de Setúbal, é conferida, e no caso de
não existir ainda uma encomenda de cliente
final, a mesma é parqueada na SIVA|PHS. Caso
já tenha cliente final, a viatura é encaminhada
para a área de preparação e dá-se início ao
plano de preparação”, explica Paulo Filipe. A
preparação inclui a atualização de software,
limpeza e remoção dos plásticos. Caso exista
um pedido de transporte, os movimentadores
entregam a viatura na respetiva zona do
parque, pronta a ser transportada pelo
parceiro logístico.
RECUPERAÇÃO DO SETOR
Devido aos atrasos associados à supply chain
da indústria automotiva nos últimos anos, a
SIVA|PHS também sofreu alguns impactos,
dos quais está a recuperar. “Estamos em plena
ascensão, em fase de entrega de viaturas
que foram encomendadas, algumas delas,
já há alguns meses. Estamos a falar de um
período já um pouco alargado, e o cliente
mais exigente não está disposto a esperar
muito tempo. A situação está a melhorar e a
estabilizar, e já atingimos resultados próximos
dos prazos de pré-pandemia”.
A guerra da Ucrânia teve um impacto ao
nível do fornecimento de peças para as
fábricas da Volkswagen, como foi o caso
das cabelagens, e foi necessário reagir
rapidamente e encontrar alternativas. O
departamento de compras da Volkswagen
reagiu e encontrou soluções, mas foi
necessário um período de dois a três meses
de adaptação, o que causou transtornos e
dificuldade em satisfazer as encomendas
dos clientes. “O conceito habitual de
abastecimento de peças e componentes é
o Just In Time (JIT), ultimamente conclui-se
em manter algum stock” que permite reagir
a imprevistos na cadeia de abastecimento,
refere o responsável. “Ao nível de stock de
automóveis, devido à procura elevada, existe
um stock reduzido. Praticamente o que nos é
fornecido já tem um cliente final à espera, e a
prioridade é entregar as viaturas aos clientes
e satisfazer a carteira de encomendas”.
A ENTREGA AO CLIENTE
É A PRIORIDADE
Neste momento, deu-se uma estabilização
do mercado no que toca à disponibilidade
do produto. “Estamos a fazer entregas
muito acima daquilo que estava previsto.
Ascenderam a 3 mil viaturas por mês. O
desafio neste momento é entregar a viatura
rapidamente ao cliente, que na maioria dos
casos já está à espera há algum tempo”,
revela Paulo Filipe.
O processo logístico prevê que em dois a
três dias se consegue descarregar, conferir
e transportar perto de 500 viaturas de
um navio até às instalações da Azambuja,
a 70 quilómetros do Porto de Setúbal.
Porém, o diretor de logística conta que no
primeiro semestre o processo estava mais
demorado, em virtude da elevada carteira
de encomendas. “Neste momento estamos
praticamente a cumprir o KPI de entrega de
dois dias uteis, após a conclusão do PDI até a
viatura chegar ao concessionário”, revela.
Os processos de transformação, atualização
e reparação dos veículos, tanto à chegada
como no pós-venda, são feitos na SIVA TEC,
um espaço de oficina que se encontra nas
instalações da Azambuja. Em termos de
materiais, o diretor explica que a SIVA|PHS