SCMedia News | Revista | Setembro 2023

SCM Supply Chain Magazine 27
em termos de emissões carbónicas. Há cerca
de três anos iniciaram com a entrega de
certificados de transporte sustentável aos seus
clientes, apresentando as reduções de emissões
carbónicas que estes conquistaram ao adotar o
transporte ferroviário, face ao que emitiriam ao
utilizar o transporte rodoviário.
Sucesso depende das pessoas
Quase a terminar o dia, Diana Ramos Queiroz,
senior manager na Randstad Portugal, apresentou
o estudo da Randstad “Employer brand research
2023”. Com o tema “Estudo: o sucesso da indústria
automóvel irá depender da sua força de trabalho”,
a responsável apontou alguns dos problemas e
das tendências pelos quais o setor automotive
está a passar, o seu estado de saúde, quais as
expectativas dos profissionais do setor, e como
atrair e reter talento.
Dentro dos setores do estudo, o automóvel
é o 7º mais atrativo para trabalhar, sendo as
principais empresas o Grupo Salvador Caetano, a
PSA Peugeot Citroën e a Volkswagen Autoeuropa.
Diana Ramos Queiroz aponta ainda que,
segundo um estudo da McKinsey, até 2030, 25%
da força de trabalho terá de ser requalificada, e
enquanto irão desaparecer cerca de 1,1 milhões
de postos de trabalho, poderão ser criados entre
600 mil e 1,1 milhões de novos empregos.
Riscos também se abatem
A terminar o dia, Rui Baptista, plant logistics
business manager da Volkswagen Autoeuropa,
Fausto Figueiredo, Supply Chain SME da Visteon,
e Carlos Pereira, corporate production manager
da Coindu, reuniram-se numa mesa-redonda
com o tema da conferência: “Automotive supply
chains: na estrada da recuperação”. Responsável
pela moderação do painel, Pedro Oliveira da
Silva, managing director da OPCO, conduziu
a conversa dos responsáveis da indústria
automóvel.
Entre os temas debatidos destacou-se
muito o risco das cadeias de abastecimento.
Ainda com o tema da paragem temporária da
Autoeuropa muito dentro das agendas, Rui
Baptista explicou que este tipo de problemas
nem sempre são facilmente colmatados, e que
requerem medidas adicionais.
Os responsáveis expuseram as suas
dificuldades, e debateram algumas soluções
alternativas possíveis. O Just-in-time e o
nearshoring também foram igualmente temas
de destaque, devido às questões dos lead
times e à maior agilidade no abastecimento,
que muitas vezes causam entraves nas supply
chains.
Na incerteza de como serão os próximos
capítulos, a única garantia é de que a ‘máquina’
não irá parar, e novos desafios e novos temas
irão ocupar as agendas. Sejam eles positivos
ou negativos, uma nova edição do Automotive
Portugal irá acompanhar os desenvolvimentos e
ajudar o setor a encontrar as melhores soluções
para os desafios que o mundo da supply chain
lhe coloca. •