72 SETEMBRO <strong>2023</strong> O ESG é na essência bom whishful thinking. Mas na essência. Depois temos máscaras e máscaras de ESG. Somos muito amigos do ambiente mas no dia-a-dia pouco ligamos ao ambiente. Somos muito preocupados com sustentabilidade mas no dia-a-dia pouco ligamos à sustentabilidade. E a governance, que talvez em empresas seja o pilar que poderia colocar os dois outros a funcionar, também não se lhe dá a devida importância. É um facto que são aspetos importantes. Mas, e sublinho, mas, enquanto as empresas não estiverem dispostas a monetizar à séria a formação das suas pessoas em ESG nada de muito diferente do que conhecemos irá suceder. Só para termos uma ideia com resíduos. Vamos ao Algarve e nas praias multiplicamse as garrafas de plástico, não há ecopontos suficientes, as pessoas são selváticas na forma como despejam o lixo, não há triagem. E não precisamos ir ao Algarve. Precisamos de olhar para o que se faz na nossa rua e nas nossas casas. E porque nos queixamos muito, mas nas coisas mais simples não mudamos ou damos exemplos concretos, independentemente do que outros façam. Mas sim, custos, resiliência e ESG são críticos para a supply chain. Muito impulsionada e mediatizada pelo ChatGPT, a Inteligência Artificial (IA) está na ordem do dia e promete revolucionar o mundo das empresas e também as cadeias de abastecimento. Como é que olha para esta nova realidade? Há mais prós ou mais contras para a supply chain? > Há muitos bots e não apenas o ChatGPT. Os chatbots e o prompt engineering e a forma de termos à mão, em self service, inteligência artificial é fantástica. Como é óbvio, vejo com bons olhos. Temos de nos adaptar, temos de mudar de novo e incorporar tudo isto no nosso dia a dia. Muita coisa é divergente. Mas para lhe dar exemplos, posso dizer-lhe que já dei aulas com chatbots e que os alunos gostaram. E posso dizer-lhe que já estou a orientar teses com inteligência artificial generativa e os alunos ficam meio atónitos por ser eu a propor o tema e não eles. É o que é. É preciso mudar? Temos novas oportunidades? Vamos a elas. Não aproveitar seria um desperdício. Pessoalmente consigo ver muitos prós. Alguns contras. Mas o determinante para a supply chain neste momento é tirarmos o melhor partido destas ferramentas e olharmos para os prós. Já. Amanhã será tarde. E isto significa que temos de andar depressa dada a quantidade de informação e soluções estruturadas e produzidas por IA que já são possíveis e o número de qualidade dos chatbots que temos à disposição. E ao nível do ensino, que desafios coloca? Como se equilibra a balança? Conseguiremos olhar para a IA numa lógica colaborativa e não tanto numa perspetiva de duelo Humanos vs. Máquinas? > Duelo? Não. O homem é e será sempre o homem. Não é substituível. O homem, como sempre, irá dominar a “máquina” e aproveitá-la para o melhor uso. Sempre foi assim em todas as revoluções. Basta olhar para a história. Acho que é um debate que não faz sentido. A IA está cá e é preciso usá-la em força. O homem é o homem. Sentimentos, coração, empatia, compaixão, amor, lágrimas, esforço, tudo continuará a fazer parte do homem. À “máquina” o que é da “máquina” e ao homem o que é do homem. E que saibamos tirar o melhor partido da “máquina” (da IA). Claro que há desafios mas, caramba, se o homem não tiver desafios e não se desafiar, que raio de vida quer ter? Apenas passar pela vida sentado num sofá? Nada nas aulas me assusta. Se tiver IA via chatbots para dar aulas ficaria preocupado se não a utilizasse. Impensável. Vamos em frente. E vamos continuar a ter aulas e boas aulas que é o que é preciso. E proximidade entre humanos, para tirarmos o melhor partido da IA. •
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