SCMedia News | Revista | Setembro 2023
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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SETEMBRO <strong>2023</strong><br />
DIÁRIO DE BORDO<br />
Bruno Cunha<br />
Diretor de Suporte (Administrativo, Financeiro<br />
e Operacional) | Hospital de Santa Maria<br />
“FOI SEMPRE ASSIM<br />
QUE FIZEMOS”<br />
(É)ra a frase que mais me incomodava: “Foi sempre assim que fizemos”.<br />
Mas reconheço que muitas vezes é mal compreendida.<br />
Embora seja verdade que a inovação<br />
e a mudança são fundamentais para<br />
o progresso, também é importante<br />
reconhecer o valor da experiência e da<br />
tradição.<br />
Ao longo dos anos, as organizações e as<br />
sociedades desenvolveram maneiras de<br />
fazer as coisas, que vão sendo melhoradas<br />
ao longo do tempo. Essas práticas<br />
representam a sabedoria coletiva de<br />
gerações passadas e são frequentemente<br />
baseadas em conhecimento profundo e<br />
experiência acumulada. É importante<br />
reconhecer que, às vezes, o que é<br />
considerado “antigo” pode ser valioso e<br />
eficaz.<br />
Mas também, “foi sempre assim que<br />
fizemos”, é usada muitas vezes para<br />
defender a continuação de uma prática ou<br />
abordagem existente. Pode ser visto como<br />
uma resistência à mudança ou refletir uma<br />
compreensão sólida do que funciona bem.<br />
Na supply chain, a estabilidade e a<br />
continuidade podem ser fundamentais.<br />
Em setores onde a previsibilidade<br />
(exato! Em que sectores é que há essa<br />
previsibilidade, não é?) e a consistência<br />
são essenciais, seguir práticas instituídas é<br />
crucial para garantir a entrega de produtos<br />
e serviços. Além disso, a experiência<br />
acumulada ao longo do tempo não deve ser<br />
subestimada. As práticas que resistiram ao<br />
teste do tempo muitas vezes incorporam<br />
lições aprendidas com erros anteriores e<br />
refinamentos ao longo dos anos.<br />
No entanto, essa abordagem tradicional<br />
deve ser equilibrada com proatividade. A<br />
capacidade de reconhecer quando a “tradição”<br />
não está mais alinhada com as necessidades<br />
ou exigências atuais, e estar disposto (ter<br />
a coragem?) de explorar novas abordagens<br />
é fundamental. E na supply chain esta<br />
mentalidade também se aplica à eficiência<br />
operacional e à gestão de riscos. A resistência<br />
à mudança pode ser benéfica quando se<br />
trata de processos bem estabelecidos, mas é<br />
importante ser proativo na identificação de<br />
novos riscos e oportunidades de melhoria.