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ESPÉCIE<br />
do plantio de araucária e demais espécies para recuperação<br />
de passivos ambientais, mas que o produtor<br />
rural veja que também é possível gerar renda. “Por isso,<br />
reunimos instituições como IDR Paraná e o IAT para discutir<br />
a viabilidade de modelos, tanto no aspecto técnico<br />
quanto de atendimento à legislação”, afirma Erich.<br />
Ives Goulart, da Embrapa Florestas, que coordenou<br />
a implantação das URTs, explica que a ideia é que estas<br />
áreas sejam vitrines e mostrem a viabilidade do plantio<br />
da araucária como recuperação ambiental e geração<br />
de renda, junto com outras espécies que compõem seu<br />
ecossistema. Durante os dois anos de implantação do<br />
projeto, foram realizados trabalhos para a escolha das<br />
áreas em 12 municípios, definições dos modelos de recuperação<br />
ambiental, orientações e capacitação de produtores<br />
e técnicos extensionistas, redação de manual<br />
de recomendações, visitas e reuniões técnicas. No total,<br />
foram plantadas 25.400 mudas. “Como todo trabalho<br />
em área rural, enfrentamos algumas dificuldades por<br />
conta da estiagem em 2020 e 2021. Isso foi sanado com<br />
o decorrer do tempo, especialmente com apoio dos viveiros<br />
do IAT, e hoje todas as unidades estão com bom<br />
andamento”, relata Ives.<br />
Durante esse período, cerca de 60 pessoas, entre<br />
produtores rurais e técnicos extensionistas, foram capacitados<br />
no entendimento dos modelos de recuperação:<br />
1) araucária, erva-mate e bracatinga; 2) araucária, erva-<br />
-mate, mais seis espécies florestais nativas e 3) araucária,<br />
bracatinga e bracatinga arapoti.<br />
MODELOS DE APRENDIZADO<br />
Ives explica que diretamente, são onze famílias beneficiadas<br />
pelo projeto, entretanto, os extensionistas do<br />
IDR (PR) já estão difundindo os modelos em outras propriedades<br />
e isso amplia o impacto que o projeto tem<br />
não só nas famílias participantes, mas em toda a região<br />
de floresta com araucárias. “Destes novos produtores,<br />
muitos implantaram em áreas de cultivo, mesmo podendo<br />
cultivar ou produzir outras coisas, demonstrando<br />
o interesse e viabilidade dos modelos”, completa Ives.<br />
Segundo Jonas Bianchin, engenheiro florestal do<br />
IDR (PR), é por meio destas vitrines que a gente conse-<br />
Os produtores vêem com muito bons olhos esse tipo de<br />
ação porque entendem a importância da manutenção de<br />
áreas produtivas e a restauração de áreas degradadas com<br />
espécies que eles possam também utilizar economicamente<br />
Jonas Bianchin, engenheiro florestal do IDR (PR)<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br