COMUNICAÇÕES 248 - VIRGÍNIA DIGNUM: IA RESPONSÁVEL PRECISA DE "REGRAS DE TRÂNSITO"
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a abrir<br />
8<br />
SOUND BITES :-b<br />
“Um dos problemas que detetamos<br />
na <strong>IA</strong> é que estas tecnologias<br />
mudam tão depressa, que<br />
é difícil pensá-las e ainda mais<br />
regulamentá-las. Parceiros com<br />
preocupações semelhantes, em<br />
todo o mundo, ciosos da democracia,<br />
liberdade de expressão e<br />
confiança na informação devem<br />
unir-se para estabelecer regras e<br />
diretrizes claras contra a desinformação<br />
nas plataformas”<br />
Randi Charno Levine, Expresso,<br />
2023/12/15<br />
“A novela que assaltou o setor<br />
da <strong>IA</strong> (demissão e readmissão<br />
de Sam Altman da OpenAI)<br />
nasce deste confronto entre<br />
uma oportunidade de negócio<br />
gigantesca e o risco de criar um<br />
monstro incontrolável, a possibilidade<br />
de prevenir e tratar<br />
doenças hoje incuráveis, ou levar<br />
à extinção da raça humana”<br />
André Veríssimo, ECO,<br />
2023/11/25<br />
“Digo há anos que a Europa precisa<br />
de construir um fundo de<br />
100 mil milhões para a <strong>IA</strong>, ou vai<br />
perder o comboio. (…) A Europa<br />
não tem escala para fazer testes<br />
nos mercados locais. Ou se<br />
junta realmente, com uma estratégia<br />
coletiva, para não ficar<br />
dependente de tecnologia estrangeira,<br />
ou não vai acontecer”<br />
Daniela Braga, Jornal de<br />
Negócios, 2023/11/20<br />
“Temos uma janela de oportunidade<br />
de talvez um ano para<br />
chegarmos a acordo sobre como<br />
regular estes sistemas (de <strong>IA</strong>).<br />
Tenho medo de que se prolongue<br />
além disso, porque as empresas<br />
já terão demasiado poder<br />
económico e não conseguiremos<br />
regular”<br />
Stuart Russell, Expresso,<br />
2023/11/15<br />
RESILIÊNC<strong>IA</strong> CIBERNÉTICA:<br />
OS ERROS COMUNS<br />
O MAIOR desafio que as organizações enfrentam ao lidar<br />
com o impacto de um incidente cibernético é a recuperação<br />
de sistemas e dados a partir de um backup limpo. Este é um<br />
desafio que supera outros obstáculos, como manterem-se<br />
atualizadas sobre ameaças emergentes ou ajustarem-se a<br />
regulamentações em constante mudança. A conclusão é de<br />
um estudo da Kyndryl, que indica os três erros comuns nas<br />
empresas em matéria de resiliência cibernética: frequentemente<br />
negligenciam a capacidade de recuperar rapidamente<br />
os processos de negócios essenciais, o que pode resultar<br />
em tempo de inatividade operacional, multas regulatórias<br />
ou danos à reputação da marca e perda de receita. Assim,<br />
é crucial que as empresas tenham planos e processos de<br />
recuperação de incidentes cibernéticos. O trabalho diz que<br />
um dos principais motivos que colocam em causa a construção<br />
de uma estratégia robusta de resiliência cibernética<br />
é desconhecer a diferença entre recuperação de incidentes<br />
cibernéticos e recuperação de desastres.•<br />
CEO <strong>DE</strong>SCONF<strong>IA</strong>M DA<br />
CAPACIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>FESA <strong>DE</strong><br />
CIBERATAQUES<br />
A GENERALIDA<strong>DE</strong> dos CEO, apesar de considerarem o tema da<br />
cibersegurança vital, não mostram confiança na capacidade de<br />
se protegerem de ciberataques. A conclusão é da Accenture,<br />
num estudo em que recomenda cinco ações a tomar: integrar<br />
a ciber-resiliência na estratégia empresarial desde o início;<br />
definir a responsabilidade partilhada pela cibersegurança em<br />
toda a organização; proteger o núcleo digital no centro da<br />
organização; alargar a ciber-resiliência para além das fronteiras<br />
e dos silos organizacionais; e adotar a ciber-resiliência<br />
contínua para se manter numa posição estratégica face ao<br />
mercado. Denominado “The Cyber-Resilient CEO”, o relatório<br />
baseia-se num inquérito a mil CEO de grandes organizações<br />
a nível global e aponta para a forma reativa como tratam a<br />
cibersegurança, o que resulta num maior risco de ataques e<br />
em custos mais elevados para responder e atuar perante estes<br />
incidentes. Apesar de 96% dos CEO afirmarem que a cibersegurança<br />
é fundamental para o crescimento dos seus negócios,<br />
o trabalho demonstra que 74% revelam preocupações com a<br />
capacidade das suas organizações em evitar ou minimizar os<br />
danos causados por um possível ciberataque. •<br />
Para assegurar a<br />
resiliência cibernética<br />
também<br />
é importante<br />
ter processos<br />
empresariais<br />
protegidos contra<br />
ciberataques<br />
ILUSTRAÇÃO VECTORJUICE/FREEPIK<br />
Cerca de 60% dos<br />
CEO admitem<br />
que as suas<br />
organizações não<br />
incorporam a<br />
cibersegurança<br />
nas estratégias de<br />
negócio