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02_TRATAMENTO DO IAM COM SUPRADESNIVEL DO SEGMENTO ST

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V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento doInfarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento <strong>ST</strong>DiretrizesCentrais de monitorização com algoritmo parareconhecimento de arritmias e capacidade de gravaçãocontínua do registro são úteis na detecção e na revisão dasarritmias e dos episódios de isquemia miocárdica assintomática.2.6.1. Detecção de arritmias cardíacasA possibilidade de surgimento de arritmias ventricularessúbitas e fatais no <strong>IAM</strong> recomenda que todos pacientessejam monitorizados com ECG contínuo na admissãohospitalar, a qual deve ser mantida durante o período deinvestigação diagnóstica e suspensa entre 12 a 24 horas apósa estabilização clínica.2.6.2. Confirmação diagnóstica, avaliação eacompanhamento prognósticoECG, de baixo custo e com ampla disponibilidade,é fundamental na avaliação de pacientes com dortorácica compatível com isquemia miocárdica, tantopara a confirmação diagnóstica como para estratificaçãoprognóstica 88,89 . No entanto, o supradesnivelamento de <strong>ST</strong>apresenta sensibilidade de apenas 45 a 60% para diagnósticode <strong>IAM</strong>, e cerca de 50% dos pacientes apresentam-se comECG normal ou não diagnóstico. A baixa sensibilidadedo ECG admissional e a natureza dinâmica do processodo trombo oclusivo coronariano, presente nas síndromesagudas, podem ser mais bem avaliados por ECG seriados epela monitorização contínua do segmento <strong>ST</strong>, que permitea identificação de novos episódios de isquemia, tantosintomáticos como assintomáticos. A presença de flutuaçõesdo segmento <strong>ST</strong> é um fator prognóstico de eventos adversos,como óbito, infarto do miocárdio não fatal e necessidade derevascularização urgente 90,91 .Procedimento: monitorização eletrocardiográficana fase agudaClasseNível deevidênciaDetecção de arritmias I AMonitorização convencional do segmento <strong>ST</strong> I AMonitorização contínua com análise de tendência dodesvio do segmento <strong>ST</strong>3. Procedimentos especiais para estratificaçãode risco e avaliação3.1. Eletrocardiografia de alta resoluçãoPacientes com <strong>IAM</strong>C<strong>ST</strong> têm alto risco para mortesúbita, secundária a arritmias ventriculares malignas,notadamente no curso dos 2 primeiros anos. A adequadaestratificação de risco desses pacientes continua umdesafio. Vários métodos têm sido utilizados: EstudoEletrofisiológico (EEF), Holter, medidas da dispersãodo QT, variabilidade do intervalo RR, sensibilidadebarorreflexa e a Eletrocardiografia de Alta Resolução(ECG-Ar). Nenhum desses métodos tem se mostradosuficientemente robusto para recomendar seu uso rotineirona prática clínica, por seu baixo valor preditivo positivoIIbC(geralmente < 30%). Persiste incerteza considerável sobreas implicações terapêuticas de quaisquer dessas avaliaçõesde instabilidade elétrica em pacientes assintomáticos 92 .A ECG-Ar é um método propedêutico não invasivo,baseado na promediação de centenas de complexos QRS,captados na superfície corpórea, ampliados e filtrados.A ampliação dos QRS permite a identificação de potenciaiselétricos de baixa amplitude e alta frequência, oriundos dezonas lesadas do miocárdio ventricular (zonas de isquemiaou cicatriz) 93,94 .Tais potenciais, não registráveis pela eletrocardiografiaconvencional, ocorrem como consequência de umdesarranjo na estrutura do miocárdio isquêmico ouinfartado. A separação e a perda de orientação dasfibras miocárdicas comprometem a condução tecidual,produzindo condução lenta regional, expressa peloaparecimento desses potenciais de baixa amplitude,registráveis no final dos complexos QRS ampliados 95 .A presença da condução lenta e fragmentada favoreceos mecanismos de reentrada, que constituem a baseeletrofisiológica para o desencadeamento de arritmiasventriculares. Assim, o ECG-Ar, juntamente de outrasformas de avaliação da função ventricular e da isquemia,permite a estratificação de risco para os pacientespós‐infarto do miocárdio.Procedimento: ECG-ArNo pós-infarto do miocárdio (após o sétimo dia deevolução) com síncope de etiologia não esclarecidaClasseNível deevidênciaRotina III C3.2. Eletrocardiografia dinâmica3.2.1. Sistema HolterA eletrocardiografia ambulatorial pelo sistema Holter,graças à evolução tecnológica na última década, permite aavaliação prolongada dos padrões eletrocardiográficos depacientes, com a possibilidade da detecção, classificação equantificação dos vários tipos de arritmias (especialmenteas ventriculares); e detecção e quantificação das elevaçõese depressões do segmento <strong>ST</strong> – fornecendo dados sobre aexistência de isquemia espontânea e carga isquêmica total.Assim, o Holter, exame não invasivo, de fácil execuçãoe de baixo custo, permite uma avaliação da existência deisquemia residual e informa sobre o substrato arritmogênico,duas das condições que, associadas ao grau de disfunçãoventricular esquerda, representam os pilares determinantesdo prognóstico futuro para os pacientes pós-infarto 96 .3.2.2. Arritmias ventricularesOs pacientes sobreviventes, após um infarto domiocárdio, apresentam risco aumentado de morte súbita,com maior incidência no primeiro ano após o evento 97 .As principais causas de morte súbita nesses pacientesIIbC8Arq Bras Cardiol. 2015; 105(2):1-105

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