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02_TRATAMENTO DO IAM COM SUPRADESNIVEL DO SEGMENTO ST

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V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento doInfarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento <strong>ST</strong>Diretrizespopulação estudada, demonstrando-se uma reduçãosignificativa da mortalidade total: 5,9% vs. 7,7%; HR: 0,75(Intervalo de Confiança de 95% − IC 95%: 0,58‐0,97;p = 0,03) 235 .4.4.5. Medicações e doses a serem utilizadasHNF: bólus de 60 U/kg, com máximo de 4.000 U, seguidode uma infusão de 12 U/kg por 48 horas, com dose máximainicial de 1.000 U/h; ajustar a dose para manter o KPTT (kaolinactivated partial tromboplastin time) de 50 a 70 segundos.Caso a terapia seja prolongada além das 48 horas porindicação clínica, haverá aumento do risco de plaquetopeniainduzida por heparina 206 .Enoxaparina para pacientes com menos de 75 anosde idade: 30 mg EV em bólus seguido por 1,0 mg/kg SCcada 12 horas; para pacientes com mais de 75 anos nãoutilizar o bólus inicial e reduzir a dose para 0,75 mg/kg SCcada 12 horas. Caso o clearance da creatinina estimadoseja < 30 ml/minuto, utilizar a dose de 1,0 mg/kg a cada24 horas. Manter o tratamento durante o período deinternação ou até 8 dias 206 .Procedimento: uso de anticoagulantes empacientes com <strong>IAM</strong>C<strong>ST</strong>HNF 60 Ul/kg EV (ataque), máximo 4.000 UI,seguido por infusão contínua de 12 Ui/kg/hora,máximo de 1.000 Ul/hora, inicialmente. Manter porum período mínimo de 48 horas com ajustes nainfusão para que o TTPa permaneça entre 1,5 e 2,0vezes o controleEnoxaparina 30 mg EV em bolus, seguida de1 mg/kg SC a cada 12 horas durante 8 diasou até a alta hospitalar em pacientes commenos de 75 anos. Não administrar a doseEV em pacientes acima de 75 anos e manterenoxaparina 0,75 mg/kg SC a cada 12 horas.Utilizar 1 mg/kg ao dia com depuração decreatinina ≤ 30 mL/minFondaparinux 2,5 mg EV seguido de 2,5 mg SC umavez ao dia durante 8 dias ou até a alta hospitalarSubmetidos à ICP primáriaHNF ajustada pelo TCA durante a ICP primária,associada ou não a inibidores da GP IIb/IIIaEnoxaparina 0,5 mg/kg EV (ataque) associada ounão a inibidores da GP IIb/IIIa em substituição àHNF. Manter enoxaparina 1,0 mg/kg SC a cada12 horas após a ICP primária a critério clínicoFondaparinux isoladamente durante ICP primáriapelo risco de trombose de cateter4.5. Anticoagulantes oraisClasseIIIIaNível deevidênciaAs evidências iniciais sobre o uso dos anticoagulantesorais em pacientes com <strong>IAM</strong> datam das décadas de 1960 e1970, quando a varfarina, administrada em doses moderadas(Relação Normatizada Internacional – RNI: entre 1,5 e2,5), mostrou-se efetiva na prevenção de AVC e emboliapulmonar 236 . A eficácia dos anticoagulantes orais empacientes com <strong>IAM</strong> foi analisada também em três estudosIIIaIIIACBCBBclínicos randomizados; em dois desses estudos, observou‐seredução significativa do risco de AVC, sem impacto namortalidade; entretanto, no outro estudo, houve reduçãoda mortalidade 237-239 .Em pacientes idosos, o estudo europeu Sixty PlusReinfarction Study 240 avaliou pacientes com mais de 60 anos deidade que receberam terapia anticoagulante oral no pós-<strong>IAM</strong>por, pelo menos, 6 meses. Os indivíduos foram distribuídosaleatoriamente em dois grupos, de maneira duplo-cega, sendoo primeiro tratado com anticoagulante oral (RNI: 2,7-4,5)e o segundo com placebo. As menores taxas de reinfarto eAVC foram observadas nos pacientes que receberam terapiaanticoagulante oral.Adicionalmente, a anticoagulação oral, com varfarinaisolada ou em associação ao AAS, foi testada em diferentesestudos 240 como alternativa efetiva na prevenção secundáriapara tratamento de pacientes após <strong>IAM</strong>.O uso da dupla antiagregação plaquetária com AAS e umantagonista do receptor P2Y12 tornou-se a terapia padrãopara a prevenção secundária de pacientes infartados. A terapiatripla, envolvendo antagonista da vitamina K, aspirina e uminibidor do receptor P2Y12 no pós-<strong>IAM</strong> deve ficar restrita asituações clínicas específicas, nas quais o risco de fenômenostromboembólicos esperado seria maior do que o risco desangramento. O tempo de uso do antagonista da vitamina Kpode ser limitada a 3 meses em pacientes com trombo emVE ou nos casos de alto risco de formação de trombo, comopacientes com acinesia ou discinesia anteroapical após oinfarto. Para os pacientes submetidos à ICP primária querequerem anticoagulação (como, por exemplo, portadores defibrilação atrial), deve-se evitar o uso de stents farmacológicos.Quando necessária a terapia tripla, deve-se manter o RNI,preferencialmente entre 2,0 e 2,5. Em pacientes comescore CHADS2 entre zero e 1, deve-se ponderar o risco desangramento, em relação a eventual benefício, antes de seindicar tratamento anticoagulante oral.O surgimento de novos anticoagulantes orais (inibidoresdo fator Xa, inibidores da trombina e antagonistas doreceptor PAR 1) despertou o interesse sobre o papel dessesmedicamentos nas síndromes coronarianas agudas.Dois inibidores orais do fator Xa (apixabana e rivaroxabana)foram testados em estudos de fase 3, em adição à duplaagregação plaquetária, no contexto da coronariopatiaaguda. O estudo Apixaban for Prevention of Acute IschemicEvents 2 (APPRAISE-2) 241 randomizou 7.392 pacientes, emmédia 6 dias após o início de sintomas compatíveis comSCA, para uso de apixabana (5 mg a cada 12 horas) ouplacebo; 39,8% (1.474) dos pacientes no grupo apixabane 39,4% (1.453) no grupo placebo eram pacientes com<strong>IAM</strong>C<strong>ST</strong>. O estudo foi prematuramente interrompido porimportante aumento de sangramentos maiores pelo critérioTIMI (HR = 2,59; p = 0,001), sem benefício significativoem termos de eventos isquêmicos. A dose da apixabanautilizada foi a mesma testada no contexto da fibrilaçãoatrial, o que explicaria o excesso de sangramentos graves 241 .Já o emprego da rivaroxabana em população semelhante(em média 4,7 dias após um evento isquêmico agudo) foiavaliado no estudo Anti-Xa Therapy to Lower Cardiovascular20Arq Bras Cardiol. 2015; 105(2):1-105

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