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02_TRATAMENTO DO IAM COM SUPRADESNIVEL DO SEGMENTO ST

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V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento doInfarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento <strong>ST</strong>DiretrizesA análise do grupo de estudos do FTT (Fibrinolytic TherapyTrialists) 20 demonstrou que, entre os pacientes que tinhamdor com até 6 horas do início dos sintomas e elevação dosegmento <strong>ST</strong>, ou bloqueio de ramo no ECG, aproximadamente30 mortes eram evitadas por mil pacientes tratados; se fosseentre 7 e 12 horas, esse número era de 20 mortes evitadas pormil pacientes tratados. Nos pacientes com mais de 75 anos deidade e tratados até 24 horas do início dos sintomas, o FTTdemonstrou pequeno benefício na sobrevida, porém nãoestatisticamente significativo. Em reanálise do FTT, os pacientescom mais de 75 anos e com sintomas até 12 horas de seuinício apresentaram taxas de mortalidade significantementemenores quando tratados com fibrinolíticos 308 . Em pacientesidosos com mais de 75 anos existe benefício demonstradona utilização de fibrinolíticos, não sendo a idade um fatorlimitante da utilização desse tipo de terapia de reperfusão 308 .5.1.3. Tempo de tratamentoO maior benefício do uso dos fibrinolíticos é vistonos pacientes tratados nas primeiras horas do <strong>IAM</strong>C<strong>ST</strong>.Desse modo, quanto mais rápido o início do fibrinolítico,maior será o benefício, em relação à preservação dafunção ventricular e da redução da mortalidade. O inícioda administração de terapia de reperfusão deve ser o maisprecoce possível. Aguardar o resultado de marcadoresde necrose miocárdica para o início do tratamento éabsolutamente contraindicado, pois retarda o tratamento,implicando em piores desfechos clínicos. O estudoGrampian Region Early Anistreplase Trial (GREAT) jámostrava, desde a década de 1990, que a cada minuto quese retarda a instituição da terapia de reperfusão, reduz‐sea expectativa de vida em 11 dias 309 . Comparando‐seo tratamento fibrinolítico na primeira hora, em que65 vidas são salvas por mil pacientes tratados, com ospacientes tratados entre 6 e 12 horas, em que apenas dezvidas são salvas por mil pacientes tratados, verifica-se anecessidade de estratégias específicas para o início precocedo fibrinolítico 173 .5.1.4. SegurançaUma lista detalhada das contraindicações e precauçõespara o uso dos fibrinolíticos é apresentada no quadro 10.Dentro deste cenário, vale ressaltar que pacientes que foramsubmetidos à ressucitação cardiopulmonar com retorno àcirculação espontânea e que apresentem indicação de terapiade reperfusão devem ser considerados para fibrinólise quandoda ausência de disponibilidade de ICP. O uso de fibrinolíticosdurante o atendimento de PCR não é recomendado 67 .5.1.5. Complicações com o uso de fibrinolíticosOs fibrinolíticos podem causar algumas complicações,como excesso de 3,9 AVC por mil pacientes tratados.São considerados preditores independentes para AVCpós‐fibrinolíticos: idosos, baixo peso, sexo feminino,antecedente de doença cerebrovascular e hipertensão arterialtanto sistólica como diastólica na admissão. Sangramentosmaiores não cerebrais (complicações hemorrágicas quenecessitam de transfusão) podem ocorrer entre 4 e 13%, sendoque os preditores independentes são: idosos, baixo peso esexo feminino 20 . A utilização de SK pode estar associada ahipotensão, que deve ser tratada com interrupção de suaadministração e, se necessário, com a reposição de volume.As reações alérgicas são infrequentes e a administração derotina de corticoides não é indicada.5.1.6. Comparação entre os fibrinolíticosOs estudos GISSI-2 310 e o ISIS-3 219 não encontraramdiferenças na mortalidade entre o uso de SK e Alteplase (tPA).Quadro 10 – Contraindicações aos fibrinolíticosContraindicações absolutasQualquer sangramento intracraniano prévioAVC isquêmico nos últimos 3 mesesDano ou neoplasia no sistema nervoso centralTrauma significante na cabeça ou rosto nos últimos 3 mesesSangramento ativo ou diátese hemorrágica (exceto menstruação)Qualquer lesão vascular cerebral conhecida (malformação arteriovenosa)Dissecção agudade aortaDiscrasia sanguíneaAVC: acidente vascular cerebral; INR: International Normalized Ratio.Contraindicações relativasHistória de AVC isquêmico > 3 meses ou doenças intracranianasnão listadas nas contraindicações absolutasGravidezUso atual de antagonistas da vitamina K: quanto maioro INR maior o risco de sangramentoSangramento interno recente < 2-4 semanasResssuscitação cardiopulmonar traumática e prolongadaou cirurgia de grande porte < 3 semanasHipertensão arterial não controlada (pressão arterialsistólica > 180 mmHg ou diastólica > 110 mmHg)Punções não compressíveisHistória de hipertensão arterial crônica importante e não controladaÚlcera péptica ativaExposição prévia à estreptoquinase (somente para estreptoquinase)28Arq Bras Cardiol. 2015; 105(2):1-105

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