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02_TRATAMENTO DO IAM COM SUPRADESNIVEL DO SEGMENTO ST

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V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento doInfarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento <strong>ST</strong>DiretrizesA recomendação é de que o método seja ofertado emserviços aptos em regime contínuo, 24 horas por dia, 7 diaspor semana. A criação de redes de tratamento dedicadas ainfartados é encorajada nos municípios brasileiros.A integração das duas modalidades de tratamento no <strong>IAM</strong>,fibrinolíticos e ICP primária (estratégia fármaco-invasiva), é ométodo que pode promover uma ampliação da submissãoà reperfusão coronária com segurança e eficácia elevadaao maior número de infartados no Brasil (pacientes comapresentação do <strong>IAM</strong> < 3 horas e incapazes de seremsubmetidos à ICP primária < 60 minutos) 322-327 .5.2.1.5. Intervenção coronária percutânea apósa fibrinóliseDiversos ensaios controlados cotejaram diferentestemporalidades para a aplicação da ICP após afibrinólise intravenosa.A transferência para um centro terciário apto para aaplicação da ICP primária é recomendada a todos pacientesapós a fibrinólise 327 .Em pacientes que persistem com sintomas, evidênciasde isquemia miocárdica ou que não reduziram ematé 50% a elevação do segmento <strong>ST</strong> do ECG, deve-seproceder de imediato à ICP de resgate 328 . Nos demais,que exibem estabilidade clínica após a submissão àfibrinólise intravenosa, recomenda-se a efetivação decinecoronariografia de 6 até 24 horas 329,330 .A estratégia de revascularização do miocárdio a serprescrita está relacionada ao resultado da cinecoronariografiae do cateterismo cardíaco esquerdo.5.2.1.6. Estratégias na abordagem na doençacoronária múltiplaNas múltiplas casuísticas já apresentadas ao longo dosúltimos 25 anos, em média 50% dos pacientes infartadosexibem estenoses > 50% em outros vasos coronários,adicionais ao vaso-alvo infartado 331 .A recomendação é da abordagem dedicada ao vaso‐alvoinfartado. Somente se devem efetivar procedimentosadicionais, com a revascularização de múltiplos vasos,diante da instabilidade hemodinâmica persistente (choquecardiogênico) ou de evidências de isquemia miocárdica nãocontrolada (dor e alteração do ECG) 331 .Consideramos razoável o tratamento de estenose grave demenor complexidade localizada no mesmo sistema coronáriorelacionado ao vaso infartado a critério do operador e diantede criteriosa avaliação da situação clínica e hemodinâmicado paciente, inclusive da carga de contraste já recebida paraefetivação da ICP primária do vaso-culpado 332 .Por outro lado, é de concordância que esses pacientes,portadores de doença multivascular coronária, exibammaior propensão a ocorrência de novos eventos coronários,no período de 1 ano, em oposição àqueles uniarteriais 331 .As estenoses coronárias graves (>70%) não relacionadasdiretamente ao procedimento índice devem ser abordadasem um segundo tempo (procedimento estagiado).O método a ser escolhido, seja percutâneo ou cirúrgico,deve ser deliberado com o devido esclarecimento econsentimento do paciente.Estenoses coronárias duvidosas devem ser aferidas por meiode prova funcional de imagem ou do cálculo de reserva defluxo fracionada intracoronário 333 .Novos ensaios dedicados estão em andamento,confrontando a estratégia de abordagem imediatamultiarterial vs. estagiada em pacientes infartados submetidosà ICP primária.5.2.1.7. Técnica e dispositivos – stent coronárioA ICP primária foi fundamentada na utilização do cateterbalão. A experiência reunida durante uma década demonstroudeficiências capitais do método, sendo as principais areoclusão do vaso-alvo e o consequente reinfarto precoce(< 30 dias após o evento índice), com impacto na mortalidadeimediata e tardia, e durabilidade tardia reduzida do resultadoinicialmente obtido, com a ocorrência de reestenose 334,335O implante de stent coronário é considerado o dispositivopreferencial para finalização da ICP primária. Sua utilizaçãoreduziu significativamente as taxas de reoclusão imediatae também a necessidade de repetição de uma novarevascularização do vaso-alvo tardia, quando comparadacom a aplicação do cateter balão (reestenose), elevandosignificativamente a segurança e eficácia da ICP primária 334-336 .Os stents coronários farmacológicos avançaram emfornecer resultados significativamente superiores vs. aosseus congênere não farmacológicos, quais sejam, elevandoo patamar de durabilidade tardia em taxas > 70% (reduçãoda reestenose coronária – repetição de nova revascularizaçãoda lesão-alvo). A aplicação dos stents farmacológicos tambémse estende com evidências consistentes nos pacientesabordados por meio da ICP primária no <strong>IAM</strong> 337,338 .A maior ocorrência de trombose muita tardia verificadacom as endopróteses de primeira geração (sirolimus epaclitaxel) foi suplantada com evidências consistente como advento dos dispositivos de segunda geração (everolimus,biolimus e zotarolimus). A recomendação para sua utilizaçãoé preferencial e com resultados superiores ao congênerenão-farmacológico. Recomenda-se que os pacientes estejamaptos à aderência a dupla antiagregação plaquetária por umperíodo mínimo de 6 meses 339,340 .5.2.1.8. Via de acesso arterialMetanálise reunindo os dois maiores ensaios randomizadosrealizados até o momento demonstrou que a técnica radialse associa a uma redução de risco de sangramento gravee de mortalidade de 49 e 45%, respectivamente, quandocomparada à técnica femoral. Há uma clara interação entre aexperiência do operador e os benefícios advindos da técnica,justificando treinamento e proficiência para sua adoçãorotineira nesse cenário 341-344 .De acordo com recomendações de consensosinternacionais, operadores interessados em ofertar a técnicatransradial em pacientes acometidos de <strong>IAM</strong> e submetidos àICP primária devem ter experiência de cem procedimentos32Arq Bras Cardiol. 2015; 105(2):1-105

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