Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
fundamental no sentido de orientar o segurado. Tudo isso deve ser
feito em parceria com as seguradoras. Mais do que nunca, o trabalho
conjunto é uma necessidade.
“Para 2021 e os próximos anos, o desafio do corretor será
manter-se alerta às tendências e transformações e conectado aos
principais riscos e novas tecnologias para ser capaz de oferecer a
consultoria mais precisa a seus clientes, atuando como peça chave
na gestão de riscos, contingência e continuidade do negócio”, afirma
Rodrigo Valadares, responsável pela área Comercial da AIG.
A economia sofrerá os impactos da pandemia e, além disso,
2021 será a continuidade das restrições sociais pelo tempo que a
vacina ainda vai demorar para ser testada, aprovada, produzida e
distribuída. “Acho que repensar e desenhar a nova forma de trabalho
será o divisor de águas de prosperidade para muitos segmentos,
empresas e empreendedores. Realmente um período, em que pese
a tragédia da pandemia, absolutamente instigante”, reflete Ramon
Gomez, vice-presidente Employee Benefits, da Metlife.
A sociedade passou por transformações que foram acompanhadas
pelo setor de seguros. A Covid-19 colocou em nova perspectiva
linhas que antes eram tratadas com menos foco ou entusiasmo
pelos corretores, como o seguro de vida. Gomez ressalta que
“as linhas relacionadas a saúde, previdência e vida certamente saem
ainda mais fortalecidas, porque todo esse processo acelerou sua
necessidade essas linhas já vinham recebendo. Mas também vejo
como desafiantes todas as linhas relacionadas a atividade econômica
que estarão mais nervosas (Garantia, Prestamista, Desemprego,
Transportes etc)”.
Outros setores que cresceram independente da pandemia,
como o agronegócio, também viram o setor de seguros despontar.
Se antes o mercado tinha concentração de mais de 80% em apenas
uma seguradora, hoje este número já está na casa de 50%, e caindo.
Em rural, 14 empresas já operam o seguro que tem na subvenção ao
prêmio seu grande atrativo. “Antes, os produtores rurais compravam
o seguro numa venda casada com o financiamento. Esta realidade
está mudando e o corretor de seguros está cada vez mais presente
e necessário nas negociações”, explica Rodrigo Motroni, vice-presidente
comercial e de sinistros da Newe Seguros.
À medida que o mercado nacional evolui e que situações de
esfera global atingem o mercado, algumas carteiras mais específicas
e direcionadas a riscos complexos geram mais demandas, contrapondo-se
à estagnação de produtos já saturados, como seguros
massificados. “Neste ponto, seguros de responsabilidade e outros
ligados à cobertura de situações de instabilidade, erros de gestão e
danos a terceiros podem ser essenciais à continuidade de um negócio,
logo, uma oportunidade de desenvolvimento de negócios aos
corretores”, evidencia Valadares.
“O corretor soube sair da crise de 2020, encontrando os seus
caminhos com o desafio de se manter bem informado, com produtividade
e, depois da crise, encontrará um grupo de consumidores
mais exigentes e conhecedores das suas necessidades”, prevê Alexandre
Vilardi, diretor comercial da Icatu Seguros. Para enfrentar
estes desafios, o corretor precisará impulsionar seu conhecimento
técnico.
RAMON GOMEZ,
da Metlife
CONSUMIDORES MAIS EXIGENTES
Conhecimento nunca é demais e,
agora, ele é muito necessário. Vilardi ressalta
que o consumidor agora está mais
familiarizado com os produtos do seguro,
o que requer a interface com um corretor
de seguros ainda mais bem preparado.
Do seu lado, as seguradoras digitalizaram
o atendimento ao cliente e ampliaram as
plataformas para atender e treinar o corretor
de seguros.
Rodrigo Valadares, da AIG, diz que
o corretor tem um papel consultivo fundamental
de apoio a seus clientes. Por
isso é importante que ele esteja sempre
RODRIGO MOTRONI,
da Newe
25