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des e, essencialmente, às novas demandas do consumidor de um
“novo normal” que emerge. “Nossa importância será cada vez mais
consolidada como agentes de transformação social. Temos um futuro
promissor, e o novo normal exigirá muita sensibilidade de todos
nós”, pondera Cristina.
Para o advogado Ilan Goldberg, professor-tutor do curso Direito
do Seguro e Resseguro da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a
corretagem de seguros está inserida na economia de maneira geral,
e a economia, indiscutivelmente, enfatiza ele, vem sofrendo sérias
mudanças antes mesmo de a pandemia eclodir. Para explicar esse
contexto, Goldberg recorre à tese do economista austríaco Joseph
Alois Schumpeter, cujas análises no campo da modernização tecnológica
como propulsora do capitalismo renderam-lhe notoriedade
ao longo do século passado: “Quando se fala em ‘uberização’ da economia,
penso que se está a efetivar, por meio de inovação destrutiva
(onde ele recorre aos conceitos de Schumpeter), mudanças importantes
no status quo, o que gera, consequentemente, necessidade
de adaptação. Cito, a título de exemplo, o que vem sendo observado
nos seguintes segmentos: transportes (Uber), hotelaria (Airbnb),
televisão aberta (Netflix), shopping center (comércio eletrônico
- Amazon), educação (plataformas 100% digitais) etc. As mudanças
também impactarão o setor de seguros, sem dúvida, e, com efeito, o
cotidiano dos corretores de seguros. Toda mudança gera desconforto,
mas, observando os demais setores citados, penso que os efeitos
foram muito positivos à sociedade em
geral e também deverão ser ao setor de
seguros”, analisa o professor da FGV.
Com 20 anos de atuação no mercado
de seguros, ora como securitário atendendo
corretores das seguradoras em que
trabalhou, ora como corretor, Eduardo
Gama, conheceu os mais variados perfis
de corretor de seguros. A vasta experiência
proporcionou a ele a segurança para
afirmar que a “cultura do seguro”, embora
ainda distante de ser uma realidade absoluta
no Brasil país, deve ter como um de
seus principais pilares uma indispensável
palavra nos dias atuais: empatia.
“A humanização do setor de seguros
só é alcançada quando o corretor
deixa de se comportar como um simples
‘vendedor’ ou ‘emissor de pedidos’ e se
compromete de fato com a proteção patrimonial
que pretende oferecer. Para os
profissionais realmente interessados em
evoluir. Entender a importância econômica,
social e acima de tudo humana da profissão
de corretagem de seguros e a sua
própria importância enquanto consultor,
neste momento de transição do modelo
de vida humana e das organizações em
decorrência da pandemia, fará com que o
discurso de abordagem, identificação de
oportunidades e a citada catálise aconteça
com padrões muito mais elevados”,
avalia Gama, também professor da Escola
Nacional de Seguros (ENS).
CRISTINA COSTA,
da Seguros do Brasil
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