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Revista Apólice #259

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des e, essencialmente, às novas demandas do consumidor de um

“novo normal” que emerge. “Nossa importância será cada vez mais

consolidada como agentes de transformação social. Temos um futuro

promissor, e o novo normal exigirá muita sensibilidade de todos

nós”, pondera Cristina.

Para o advogado Ilan Goldberg, professor-tutor do curso Direito

do Seguro e Resseguro da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a

corretagem de seguros está inserida na economia de maneira geral,

e a economia, indiscutivelmente, enfatiza ele, vem sofrendo sérias

mudanças antes mesmo de a pandemia eclodir. Para explicar esse

contexto, Goldberg recorre à tese do economista austríaco Joseph

Alois Schumpeter, cujas análises no campo da modernização tecnológica

como propulsora do capitalismo renderam-lhe notoriedade

ao longo do século passado: “Quando se fala em ‘uberização’ da economia,

penso que se está a efetivar, por meio de inovação destrutiva

(onde ele recorre aos conceitos de Schumpeter), mudanças importantes

no status quo, o que gera, consequentemente, necessidade

de adaptação. Cito, a título de exemplo, o que vem sendo observado

nos seguintes segmentos: transportes (Uber), hotelaria (Airbnb),

televisão aberta (Netflix), shopping center (comércio eletrônico

- Amazon), educação (plataformas 100% digitais) etc. As mudanças

também impactarão o setor de seguros, sem dúvida, e, com efeito, o

cotidiano dos corretores de seguros. Toda mudança gera desconforto,

mas, observando os demais setores citados, penso que os efeitos

foram muito positivos à sociedade em

geral e também deverão ser ao setor de

seguros”, analisa o professor da FGV.

Com 20 anos de atuação no mercado

de seguros, ora como securitário atendendo

corretores das seguradoras em que

trabalhou, ora como corretor, Eduardo

Gama, conheceu os mais variados perfis

de corretor de seguros. A vasta experiência

proporcionou a ele a segurança para

afirmar que a “cultura do seguro”, embora

ainda distante de ser uma realidade absoluta

no Brasil país, deve ter como um de

seus principais pilares uma indispensável

palavra nos dias atuais: empatia.

“A humanização do setor de seguros

só é alcançada quando o corretor

deixa de se comportar como um simples

‘vendedor’ ou ‘emissor de pedidos’ e se

compromete de fato com a proteção patrimonial

que pretende oferecer. Para os

profissionais realmente interessados em

evoluir. Entender a importância econômica,

social e acima de tudo humana da profissão

de corretagem de seguros e a sua

própria importância enquanto consultor,

neste momento de transição do modelo

de vida humana e das organizações em

decorrência da pandemia, fará com que o

discurso de abordagem, identificação de

oportunidades e a citada catálise aconteça

com padrões muito mais elevados”,

avalia Gama, também professor da Escola

Nacional de Seguros (ENS).

CRISTINA COSTA,

da Seguros do Brasil

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