22.10.2020 Views

Revista Apólice #259

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Já no início da atividade, o primeiro desafio: pandemia. Nesse

momento, o suporte de uma seguradora foi decisivo. ”Como nós

estávamos começando, esse apoio foi fundamental. A Capemisa,

por exemplo, fez um treinamento com a gente e trouxe o Rodrigo

Maia, um coach especializado em marketing, que me deixou bastante

motivado sobre como trabalhar, como me comportar, nesse

cenário de pandemia”, comenta Odair.

Com a sólida base conseguida pelas parcerias com as seguradoras,

Odair montou um portfólio variado que abrange vida, previdência,

capitalização, automóveis e outros ramos e já começa a

expandir. O escritório em que está com a corretora e a contabilidade

ficou pequeno e neste mês de outubro ele inaugura um outro escritório,

dedicado exclusivamente para a corretora de seguros. “Vamos

contratar mais colaboradores também porque a demanda está crescente,

principalmente para o Vida Empresarial”, informa.

A história de Odair mostra que a atividade de corretor de

seguros é resiliente e consegue se adaptar a cenários complexos,

como o que enfrentamos em 2020. Mas, como em todo projeto de

empreendedorismo, é preciso preparo, estudo, planejamento, coragem

e atualização constante. Diferentemente de outras profissões,

para iniciar como corretor de seguros não é preciso muito dinheiro

e, atualmente, nem é obrigatório ter um espaço físico.

Seriedade, credibilidade e organização são alguns dos atributos

apontados pelo consultor do Sebrae-SP, Nelson Endrigo Junior,

para quem quer se aventurar na corretagem de seguros. Além

de facilidade de relacionamento, ter habilidade de tratar com cliente

e demonstrar conhecimento sobre o assunto. “Nessa profissão,

só saberemos se o seguro foi adequado ao cliente quando ocorrer

o sinistro. É o momento de pôr a prova os conhecimentos do

corretor e saber se ele ofereceu o produto adequado ao cliente. O

seguro não se resume somente à venda. É importante ter um relacionamento

para fidelizar o segurado. Muitos só conversam com

o cliente no momento da renovação da apólice. Se você não demonstra

valor para o cliente, ele vai entender e pensar somente no

preço do seguro.”

O Sebrae-SP também orienta uma mudança de mindset – de

funcionário para empresário –, pois, apesar de a atividade permitir

conciliar o dia a dia pessoal com o da empresa, é preciso que o empreendedor

se reconheça como pessoa jurídica. “Lembrar que uma

empresa tem que progredir e não só pagar o próprio salário. É um

mercado competitivo em que se aprende todos os dias. É muito comum,

por exemplo, o empresário misturar as finanças da física com

as da jurídica, e o corretor não fica longe deste erro. O importante é

ter uma boa gestão financeira para saber o resultado da corretora,

se ela está tendo lucro e, com isto, é possível reinvestir e crescer.”

O especialista destaca que um plano de negócios bem estruturado

faz toda a diferença para o sucesso do empreendimento.

Além disso, os custos iniciais envolvem o valor do curso de corretor

de seguros, um notebook, internet, celular e conta de telefone. “É

começar pequeno, mas pensar grande”, resume.

Entendendo que o conhecimento necessário ao corretor vai

além do produto em si, as seguradoras ampliaram seus programas

de treinamento para capacitar o parceiro a gerir o próprio negócio.

ODAIR PAULO RUBAS,

corretor de seguros

NELSON ENDRIGO JUNIOR,

do Sebrae-SP

LEONARDO DE FREITAS,

da Bradesco Seguros

39

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!