centro universitário senac curso de mestrado, moda, cultura e arte ...
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P<strong>arte</strong>-se do pressuposto que o vestuário é um referencial na evolução sócio-<br />
<strong>cultura</strong>l, percebendo-se que várias áreas (tais como a antropologia, sociologia e<br />
filosofia) questionam o procedimento do indivíduo quanto a seu comportamento e<br />
que, consi<strong>de</strong>rado sadio ou não, sofre discriminações.<br />
Consi<strong>de</strong>rar a <strong>moda</strong> como uma forma <strong>de</strong> comunicação rápida levanta questões<br />
relativas à educação. Quando se trata <strong>de</strong> inclusão social, a criação <strong>de</strong> novas<br />
técnicas <strong>de</strong> confecção (que visem melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do indivíduo) implica<br />
em <strong>de</strong>senvolverem-se métodos <strong>de</strong> fixação que favoreçam não só a aceitação, mas<br />
como também a aplicação.<br />
A maior preocupação com a <strong>moda</strong> e o “fashion” <strong>de</strong>ve ser a visão <strong>de</strong> inclusão<br />
como uma regra da socieda<strong>de</strong> em todos os campos. Isto porque a confecção <strong>de</strong><br />
roupas com técnicas <strong>de</strong>talhadas e apropriadas para faixas segmentadas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ficiência física aten<strong>de</strong> o conhecimento, fortalece o mercado, educa a socieda<strong>de</strong>,<br />
propicia a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e cria novas bibliografias, que hoje são praticamente<br />
inexistentes no mercado.<br />
A preocupação não é somente com o <strong>de</strong>sign, mas com a união <strong>de</strong><br />
conhecimentos profundos da fisiologia e, conseqüentemente, da anatomia no<br />
respeito à patologia, seqüelas e a hereditarieda<strong>de</strong>, fechando-se um elo entre o<br />
psicológico e o físico.<br />
A dificulda<strong>de</strong> em encontrar roupas prontas para o <strong>de</strong>ficiente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do<br />
seu estilo, é gran<strong>de</strong>, pois o mercado carece <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra qualificada na<br />
confecção <strong>de</strong> tais peças. Acredita-se que não há mercado e que as <strong>de</strong>ficiências<br />
<strong>de</strong>vem ser tratadas isoladamente.<br />
No <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>ste estudo, percebe-se que as roupas po<strong>de</strong>m ser direcionadas<br />
a cada tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, respeitando-se suas seqüelas patológicas ou hereditárias.<br />
Agrupando-se conforme ida<strong>de</strong>, sexo, biotipo, planos <strong>de</strong> corpo, características e<br />
necessida<strong>de</strong>s da <strong>de</strong>ficiência, formam-se subgrupos <strong>de</strong> vestimentas, com estudo<br />
direcionado à frente e costas do corpo, esquerdo e direito, p<strong>arte</strong> superior e p<strong>arte</strong><br />
abdominal, respeitando-se os planos estudados pela anatomia em qualquer região<br />
do corpo que necessite ser vestida, trabalhando a topologia e confeccionando-se<br />
agrupamentos <strong>de</strong> peças.<br />
Neste contexto, o consumidor <strong>de</strong>ficiente tem a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> montar seu<br />
vestuário voltado ao lado que está plégico e sadio, simultaneamente, pois, <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong>sta patologia, a angulação das alturas das peças está sempre <strong>de</strong>ntro da mesma