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2.3.2 Espasticida<strong>de</strong>.<br />
A Espasticida<strong>de</strong> é uma força variável encontrada em todos os pacientes com<br />
hemiplegia, <strong>de</strong>senvolvendo-se <strong>de</strong> forma gradual em um período <strong>de</strong> 12 a 18 meses,<br />
aproximadamente, após a instalação da hemiplegia. Apresenta distribuição <strong>de</strong><br />
espasticida<strong>de</strong> nas p<strong>arte</strong>s afetadas e modificadas com reflexos tônicos.<br />
Em um primeiro estágio, o hemiplégico passa pelo estado da flaci<strong>de</strong>z<br />
muscular, po<strong>de</strong>ndo apresentar movimentos pela espasticida<strong>de</strong> leve a mo<strong>de</strong>rada, já<br />
que esta torna o movimento inoperante e,portanto, impossível.<br />
Segundo Botelho:<br />
50<br />
Nos pacientes hemiplégicos, a espasticida<strong>de</strong> apresenta-se em geral por<br />
lesões corticais e da cápsula interna. Clinicamente, hipertônica predomina<br />
nos músculos antigravitacionais, resultando no padrão flexor do membro<br />
inferior. Sua intensida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser variável <strong>de</strong> acordo com uma série <strong>de</strong><br />
fatores, como variação <strong>de</strong> temperatura, estado <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e dor. A<br />
espasticida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> encobrir a ativida<strong>de</strong> motora voluntária e a força<br />
muscular. Uma das conseqüências da espasticida<strong>de</strong> é a perda da<br />
movimentação seletiva, que afeta principalmente o membro superior.<br />
Depen<strong>de</strong>ndo da intensida<strong>de</strong> da lesão, o paciente hemiplégico não realiza<br />
isoladamente a movimentação <strong>de</strong> mão, punho e cotovelo, em graus<br />
variáveis. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar movimentos seletivos também está<br />
comprometida no membro inferior (1999, p.78).<br />
Neste contexto, enten<strong>de</strong>-se hipertonia como um aumento do estado <strong>de</strong><br />
relativa tensão que o músculo normal <strong>de</strong>ve apresentar em repouso.<br />
Para tanto, Bobath aponta que:<br />
O braço do paciente po<strong>de</strong>-se tornar fixo em flexão e sua perna em<br />
extensão. Se a espasticida<strong>de</strong> for mo<strong>de</strong>rada, po<strong>de</strong> ser possível uma<br />
varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> limitada <strong>de</strong> movimento. Entretanto, os movimentos<br />
são realizados <strong>de</strong>ntro dos padrões totais <strong>de</strong> sinergia <strong>de</strong> reflexos e tônicos,<br />
e um esforço excessivo é utilizado para a realização <strong>de</strong> movimentos<br />
pequenos e eficazes (1978, p.5).<br />
Nos casos <strong>de</strong> hemiplegia, é possível dizer que a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong><br />
ocorra menos no movimento dos pés e pernas, já que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo utilizamos estes<br />
membros para o mesmo fim. Fato que não acontece com as mãos, que apresentam<br />
mais dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> movimento. Existe a inter-relação entre o fato do tato próximo<br />
às áreas do membro inferior plégico estimular a recuperação sensitiva, justamente<br />
pelo ato do ficar em pé e andar.