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centro universitário senac curso de mestrado, moda, cultura e arte ...

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sua maioria, da Europa, em busca <strong>de</strong> uma nova vida. Este fato ocasionou um<br />

crescimento populacional rápido, resultando em uma população com mais <strong>de</strong> 25<br />

milhões <strong>de</strong> norte-americanos concentrados em áreas urbanas no final do século XIX.<br />

E, em conseqüência, surgiu a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se oferecer alternativas <strong>de</strong> lazer que<br />

fossem mais interessantes, como parques públicos e divertimentos populares com<br />

apresentações <strong>de</strong> espetáculos diferenciados. E a exibição <strong>de</strong> portadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ficiências era entretenimento que causava o maior impacto. Ao custo <strong>de</strong> uma<br />

moeda <strong>de</strong> prata, era possível assistir a exibição <strong>de</strong> pessoas extremamente magras<br />

ou extremamente gordas, pessoas com pele <strong>de</strong> cobra, com cara <strong>de</strong> cão, com a<br />

cabeça pontiaguda e pessoas gigantes. Esta forma <strong>de</strong> distração cativou muita gente<br />

durante muito tempo. Alguns <strong>de</strong>stes portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência física eram usados<br />

pelos empresários, mas outros chegaram mesmo a enriquecer às custas da própria<br />

<strong>de</strong>ficiência.<br />

Segundo Naruyama, um dos significados da palavra “freak” é multifacetado,<br />

mas este termo também abre um leque <strong>de</strong> significados específicos que são<br />

utilizados no submundo norte-americano, uma sub<strong>cultura</strong> marcada pelo consumo e<br />

pela inexistência <strong>de</strong> regras pré-estabelecidas. A anormalida<strong>de</strong> difere da<br />

normalida<strong>de</strong>. A gran<strong>de</strong> verda<strong>de</strong> é que, mais <strong>de</strong> meio século <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> especulações,<br />

as anormalida<strong>de</strong>s representadas por <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s físicas ainda constituem um tabu.<br />

Fiedler (1999) Apud Naruyama faz referências a esta problemática como sendo um<br />

fato folclórico e cita a história médica, a <strong>cultura</strong> e a socieda<strong>de</strong> como agentes<br />

participativos em tal situação e com ela coniventes durante um bom período. E vai<br />

além: compara a aceitação <strong>de</strong> grupos como hippies, heróis da banda ou mesmo<br />

cantores <strong>de</strong> rock ou jogadores e atletas da nossa <strong>cultura</strong>, ainda hoje tratados com o<br />

maior respeito e importância, “(...) ao fato das pessoas ”normais“ mudarem <strong>de</strong><br />

opinião acerca do que é “normal” assim que entram em contacto com as aberrações.<br />

A sua aparência na esfera “normal” dá vazão a sentimentos <strong>de</strong> medo e <strong>de</strong><br />

repugnância, em que o medo não é causado pelas <strong>de</strong>ficiências em si, sendo assim<br />

p<strong>arte</strong> integral da estrutura social”.<br />

Completa falando que: “(...) quaisquer <strong>de</strong>monstrações da história social,<br />

étnica e física da realida<strong>de</strong> unem-se para favorecer a imagem e que tudo é uma<br />

questão <strong>de</strong> convivência”.<br />

E ainda acrescenta:<br />

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