centro universitário senac curso de mestrado, moda, cultura e arte ...
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Os ombros conferem aos membros superiores a posição apendicular, agindo<br />
como um pêndulo, respon<strong>de</strong>ndo or<strong>de</strong>ns naturais, em um gingado sincronizado,<br />
atuando como alavanca junto aos membros superiores.<br />
Bobath afirma que, em qualquer condição, o corpo ajusta-se, a<strong>de</strong>quando seu<br />
<strong>centro</strong> às mudanças <strong>de</strong> postura e, sendo assim, sua posição mantém-se com<br />
tendência vertical, mesmo inclinada, sempre como uma proteção à força <strong>de</strong><br />
gravida<strong>de</strong>.<br />
Na pessoa normal, este mecanismo <strong>de</strong> reflexo postural controla o peso <strong>de</strong> um<br />
membro durante movimentos na direção da gravida<strong>de</strong>. Este mecanismo po<strong>de</strong> ser<br />
chamado “adaptação postural contra a gravida<strong>de</strong>”. Beevor (1904) fez as seguintes<br />
observações:<br />
62<br />
Em todo movimento vagaroso e sem resistência que é realizado em<br />
direção à gravida<strong>de</strong>, os músculos que agem na direção do movimento são<br />
relaxados ao passo que seus antagonistas se contraem e suportam os<br />
membros, e se o movimento continuar estes últimos, gradualmente se<br />
relaxam totalmente (1978, p.14).<br />
Os movimentos do corpo, e até mesmo a ausência <strong>de</strong> movimentos, são <strong>de</strong> tal<br />
forma relevantes em qualquer ativida<strong>de</strong>, que Laban (1910) <strong>de</strong>dicou-se a estudar a<br />
relação do corpo e da mente com o movimento. Ele acreditava que o domínio do<br />
movimento era tão importante como o domínio da escrita. Assim, apresentou uma<br />
nova proposta <strong>de</strong> dança que se preocupava com a leveza e a beleza do movimento,<br />
possibilitando ao homem uma auto-suficiência no próprio corpo, afirmando:<br />
(...) um professor diante dos alunos sentados em sua c<strong>arte</strong>ira po<strong>de</strong> através<br />
da compreensão, fazer tanto para ajudar toda classe e cada criança<br />
individualmente como o professor <strong>de</strong> dança ou <strong>de</strong> ginástica cujo interesse<br />
pelo movimento é mais imediato. O docente que ensina matéria do tipo<br />
acadêmico <strong>de</strong>ve apreciar os esforços expressados por meio do movimento,<br />
assim como o professor <strong>de</strong> dança que tem que se dar conta <strong>de</strong> que há um<br />
esforço mental implícito em toda ativida<strong>de</strong>. (1990, p.102).<br />
A simples observação do movimento do corpo não nos permite ver todo o<br />
mecanismo existente por trás <strong>de</strong>le quando da sua geração e que atua para mostrar<br />
sua significância física ou psicológica. Um olhar po<strong>de</strong> falar tanto quanto os<br />
movimentos, uma interpretação <strong>de</strong> sentimentos que implicitamente nos traduz seu<br />
significado, como mágica. Por outro lado, um movimento estritamente físico