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centro universitário senac curso de mestrado, moda, cultura e arte ...

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(...) muito provável teriam a mesma largura <strong>de</strong> ombros, um tamanho <strong>de</strong><br />

cintura similar, uma mesma largura <strong>de</strong> ombros, uma distância do meio das<br />

costas entre o pescoço e a cintura semelhante, e medidas iguais para os<br />

braços e as pernas (1996, p.136).<br />

“Estas roupas foram as primeiras roupas prontas para o uso realmente<br />

similares, aquelas usadas nos níveis mais altos da <strong>moda</strong>” (1996, p.137).<br />

Seguindo a mesma lógica, produziam-se as roupas femininas, <strong>de</strong> caráter mais<br />

simples tais como mantos, capas curtas ou longas e saias, enquanto confecções<br />

mais sofisticadas seguiam a individualida<strong>de</strong> e o trabalho <strong>arte</strong>sanal, tratado com<br />

atenção que é o caso da alta costura.<br />

À época, a <strong>moda</strong> obteve a atenção dos veículos <strong>de</strong> comunicação e os<br />

médicos, como principais opositores, apontavam o uso <strong>de</strong> roupas ina<strong>de</strong>quadas ao<br />

corpo como causadoras <strong>de</strong> doenças, <strong>de</strong> alterações na saú<strong>de</strong> (conforme dados<br />

históricos, disponíveis já a partir do século XVIII, assim o indicam).<br />

Segundo Roche apud Rainho:<br />

(...) na França, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XVIII, os médicos vinham <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo a<br />

liberda<strong>de</strong> do corpo. Na Encyclopedie, por exemplo, os verbetes<br />

relacionados ao vestuário – redigidos por médicos assim como por Di<strong>de</strong>rot<br />

– já faziam uma análise das conseqüências nefastas advindas do uso <strong>de</strong><br />

algumas vestimentas (2002, p.111).<br />

A atenção <strong>de</strong>dicada às roupas em citações médicas começa a fazer p<strong>arte</strong> da<br />

Socieda<strong>de</strong> Real <strong>de</strong> Medicina. Ainda na visão <strong>de</strong> Rainho:<br />

(...) A Encyclopedie méthodique publicada entre 1787/1794. Neste, um<br />

artigo <strong>de</strong> 1792 proclamava: “Devemos fazer nos nossos modos, costumes<br />

e vestimenta as mesmas mudanças que fazemos atualmente na nossa<br />

Constituição e nas nossas leis” (2002, p.112, grifo do autor).<br />

As implicações da <strong>moda</strong> sem preocupação com danos à saú<strong>de</strong>, diante da<br />

posição econômica e política, chegaram a níveis tão altos <strong>de</strong> questionamento que se<br />

chegou a consi<strong>de</strong>rar que o homem <strong>de</strong>veria andar nu.<br />

Por séculos, vestir-se ou <strong>de</strong>spir-se era uma tarefa difícil <strong>de</strong> ser executada<br />

dada a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> peças que compunham um mo<strong>de</strong>lo volumoso, confeccionadas<br />

em tecidos pesados, com corte e confecção rústicos. O corpo, sem opção, era

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